— mantenha a postura firme, Bakugou. – S/n.
Tento arrumar a postura dele.
— isso ajuda em quê? – Bakugou.
— você so um iniciante, vai por mim, a postura é importante. Quando ja souber tocar, pode ficar do jeito que quiser.
— ta, e agora? O que eu faço?
Ele toca umas cordas aleatórias que fez um barulho irritante de se ouvir.
— não precisa botar tanta força assim nos dedos. So deixe eles firmes. – S/n.
Ele concorda com a cabeça e tenta de novo. Novamente, o toque sem rumo foi feito, e, mesmo assim, ele não fez o que eu disse.
— vê só. – vou até ele e seguro suas mãos, as ajudando a fazer um som bom. — usa os dedos direto. – S/n.
— eu sei usar meus dedos!
O se sabe...
— então usa. – S/n.
Saio de perto dele e o vejo tocar novamente, o mesmo toque que eu acabei de mostrar a ele. Com aquilo eu abri um pequeno sorriso.
— você aprende rápido. Por mais que seja chato. – S/n.
— chato o caralho. – Bakugou. Tira a guitarra do seu colo e a coloca de lado.
— não quer mais aprender?
— não. Em vez disso, me responde uma coisa. – cruza os braços e me encara.
— o quê?
— DBSN.
(SN é a primeira e última letra do seu nome).
.
Essas letras. Eu sabia o que ele ia perguntar.
— o que tem? – S/n.
— o que significam? Tão na sua guitarra. – Bakugou.
Cruzo os braços e me sento de frente pra ele.
Eu deveria responder mesmo?— são as minhas iniciais e a do... Dabi.
— Dabi? É aquele cara que apareceu no acampamento, né?
— é...
— você me contou a história de vocês dois. Por que ainda tem isso com você? Aquele cara não te fez mau?
— por mais que ele tenha me dado diversos traumas, eu não consigo me desfazer de coisas que ele me deu. Ou pelo menos so essa guitarra.
— guarda coisas de ex não me parece saudável. – vira o rosto e faz um pequeno bico.
Aquilo foi fofo de se ver.
— eu so tenho essa guitarra dele. O resto eu quebrei ou rasguei. A guitarra foi a única coisa que eu não consegui me desfazer.
— não dói?
— o quê?
— tocar nela. Você não se lembra de tudo que aconteceu entre os dois?
— eu tenho ótimas memórias com essa guitarra. Foi a minha primeira e a qual eu aprendi a tocar. Quem me ensinou foi ele. A gente tocava, depois tinha nosso momento juntos. Eu me sentia feliz.
Meu coração apertar quando me lembro dos momentos bons que tive com ele e com essa guitarra. As vezes eu sinto falta, as vezes eu até choro. Eu não deveria sentir mais nada, ja se faz um ano. Mas, eu não falo de amor, e sim, de raiva. Eu não superei o que ele fez comigo, mas eu superei o meu amor por ele.
Eu não o amo mais. Agora, eu amo outro. E, esse outro não me ama.
Ah, eu so me fodo com esse negócio de amor, hein.
— eu não amo mais o Dabi, sinto raiva e muito nojo. A guitarra é bonita e é um desperdício a jogar fora. Eu não ligo pro que passei com o antigo dono dela. – S/n.
— se você fala.
Ele se levanta da cadeira e se aproxima de mim. Meu coração ja começou a acelerar a cada passo que ele dava pra ficar perto de mim. O que caralhos ele tava fazendo?
— mas, minhas perguntas ainda não acabaram. – Bakugou.
— o que você quer agora? – S/n. Pergunto sem paciência.
Mas na verdade o que tava sentindo era vergonha, não raiva. Ele tão perto de mim me deixava envergonhada.
— esses dias eu tava conversando com o Yuki, ele acabou deixando algo interessante escapar. – Bakugou.
Naquele exato momento eu ja não conseguia sentir minhas pernas.
O que meu irmão disse!?
— e o que seria? – S/n.
Katsuki tava cara a cara comigo. Mais um pouco e seu rosto beijaria o meu.
— S/n, você gosta de mim? – Bakugou.
Que porra!?