Império

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 Nota da Autora

Olá me chamo Luny, e estou escrevendo essa história desde 2020. foram tantos dias imaginando e escrevendo. 

Espero que vocês amem...odeiem...chorem..

Boa leitura meus queridos leitores.  



Um Império 

Há muito tempo, existia um reino governado por duas grandiosas famílias: Sol e Lua. Nenhum outro reino ousaria tentar destruir aquela nação, pois ambos eram prósperos em magia, riqueza e poder. Mas a ambição foi sua principal inimiga. Apesar do reino ser próspero, um dos líderes desejava mais; a ambição e o desejo de poder foram seus principais pecados. Cego pela ganância, o líder de uma das famílias encurralou a outra pelas costas, fazendo com que o reino fosse dividido em dois.

Lua e Sol, reinos irmãos que se odiavam mais do que qualquer coisa. Cresceram e prosperaram desejando mais do que o outro, o que gerou um ódio que passou de geração em geração. O ódio estava presente há tanto tempo que os atuais reis daquela época nem lembravam o motivo pelo qual ele surgiu. Então, para consertar os erros do passado, o Rei do Sol, junto com o Rei da Lua, prometeram seus dois filhos em casamento, para que unissem os dois reinos através do matrimônio e assim acabassem com o pecado de seus antepassados.

Assim, o príncipe Felipe da Lua casou-se com a princesa do Sol, Alice, e do amor deles surgiu o Império do Eclipse. 

"me apaixonei por quem deveria odiar"

" amei quem deveria odiar"

"encontrei a felicidade em quem deveria destruir"

"amei o mundo que deveria odiar"

"isso tudo por você"

"só por você"

'"minha querida, Rainha dos Cabelos Amarelos"

"meu querido Rei, dos olhos azuis"

A união dos dois jovens amantes foi o motivo de duas nações que se odiavam se unirem. Apesar de o casamento deles ser arranjado e ambos serem prometidos um ao outro, era como se fosse destino; o amor prevaleceu entre eles, e o amor salvou aquele império.

Mas a felicidade que os rodeava não durou muito. Onde existe luz, também existem trevas. No dia do nascimento da criança fruto desse amor, o Império foi atacado. Soldados inimigos, pela qual ninguém sabia sobre o motivo, invadiram a capital sob a cobertura da noite. Famílias foram destruídas, lares queimados. O som de aço contra aço ecoava pelas ruas, e gritos de desespero cortavam o ar. Enquanto o Imperador Felipe tentava salvar os feridos os quais clamavam por ajuda, a Imperatriz Alice estava dando à luz. Felipe acreditava que o castelo era seguro; nada poderia acontecer com sua amada.

Mas a luta foi implacável. O império conseguiu se manter de pé, apesar de muitas perdas. Ferido, com um corte profundo no abdômen, Felipe caminhou em direção ao castelo. Ao atravessar o jardim circular, agora devastado , deparou-se com cavaleiros que protegiam ela Mortos no chão, com a pele branca e sem respirar. Havia sangue por toda parte e ninguém estava vivo. O Imperador arregalou os olhos e olhou rapidamente para a cama onde sua esposa estava deitada. Por conta da distância em que estava, ele não conseguiu ver se ela estava bem, pois o dossel branco apenas permitia ver a sombra dela.

Então, com passos lentos, ele foi até a direção da cama, segurando sua barriga que havia sido perfurada pouco tempo antes, enquanto o sangue descrevia seu caminho. Com a mão trêmula, abriu o dossel, e Alice estava com os olhos fundos e cansados, mas levemente abertos. Sua boca escorria sangue pelos lábios. Ao ver sua esposa daquela forma, Felipe esqueceu completamente da ferida em sua barriga e correu para socorrê-la.

- Alice! - chamou ele, segurando os ombros dela. - Alice, por favor, fique comigo!

Ao olhar atentamente para ela, Felipe percebeu que no pescoço dela cresciam algo parecido com galhos de árvores pretos, que se estendiam mais e mais a cada respiração que ela dava e que consequentemente ficava mais lenta.

- Magia negra? - Se perguntou 

Ao notar isso, o coração de Felipe acelerou. Sem saber o que fazer, uma raiva contínua cresceu. Ele olhava para todos os lados da cama e percebia que a cama, antes branca, estava repleta de sangue. Apesar de estar extremamente fraca, Alice juntou suas últimas forças e, com sua mão fina, tocou no rosto de Felipe, concentrando sua atenção totalmente nela. Alice olhava atentamente para os olhos azuis dele e então disse:

- Obrigada...Obrigada Felipe...eu fui realmente feliz, obrigada por seu meu único amor...obrigada por ser o pai de uma criança tão linda.

Depois de sua declaração, a mão da imperatriz escorregou do rosto do imperador, que arregalou os olhos ao perceber que ela estava sem vida. Então, com todo o seu desespero, olhou ao redor procurando pelo berço onde deveria estar a criança, mas não encontrou. Naquele dia, o imperador perdeu as duas coisas mais importantes.

Dias depois, a criança não foi encontrada. Felipe, secretamente, a procurava, pois o império estava lentamente se dividindo. Muitos acreditavam que Felipe havia se casado com Alice apenas pelo trono. Então, o imperador sentiu-se obrigado a adotar uma criança para manter seu trono e evitar que algo acontecesse. E essa criança se chamava Gilbert. Gilbert era um menino lindo, de olhos verdes e cabelos pretos; por conta da semelhança entre eles, ele foi a melhor escolha para Felipe.

Enquanto isso, uma menina de cabelos amarelos e olhos azuis crescia em uma mansão perto da floresta.

Uma pequena criança que provava a existência do amor de dois amantes.

Continua....

Continua

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Eclipse: Quem é você?Onde histórias criam vida. Descubra agora