ELIZABETH

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"você está bem?"

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Uma hora Antes 

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Uma menina de cabelos dourados e olhos azuis brincava alegremente com um cachorro amarelo no campo da mansão. Risos ecoavam enquanto a amizade florescia entre eles. 

- Pegue Peludinho - gritou a menina  lançando um galho pelo ar. O cachorro amarelo pulou animado, pegando o galho no ar com agilidade. A cena era um retrato de doçura e alegria. Enquanto eles se divertiam, uma mulher de cabelos longos e rosto encantador chamou a garota para o almoço.

- Está na hora Elizabeth.

Elizabeth sorriu, deixando o cachorro peludo para se juntar à refeição. A mesa estava posta com carinho, os pratos deliciosos dispostos de forma tentadora, enquanto o aroma reconfortante das especiarias enchia o ar.

- Feliz aniversario minha doce Elizabeth - disse a mulher, sorrindo calorosamente. Ao lado dela, estava outra criança, um menino de cabelos castanhos. A cena se transformou, revelando um bolo iluminado por velas enquanto todos cantavam "Parabéns". Um homem idoso se aproximou, segurando uma pequena caixa vermelha.

- Esse presente foi deixado por sua mãe, era o colar favorito dela.

A curiosidade brilhou nos olhos de Elizabeth enquanto ela abria a caixa. Dentro, havia um colar azul deslumbrante que brilhava como uma estrela.

-Um presente de minha mãe.. - sussurrou ela, admirando a linda joia deixada por alguém que ela nunca conheceu pessoalmente, mas que amava desesperadamente. Elizabeth docemente sorriu para o homem e disse:

- Obrigada, vovô.

Todos naquela imensa mansão estavam felizes, comemorando o aniversário da pequena menina, presenteando-a com presentes e palavras amorosas.

- Esse é meu presente para você - disse a mulher de cabelos longos  - Eu sei que você gosta muito da floresta, então esse livro será especial para você - A mulher sentou ao lado de Elizabeth e abriu o livro em uma página marcada por uma flor já murcha - Esta vendo essa flor? era a favorita de sua mãe - A flor que ela demostrava era azul, azul como a joia que recebeu.

- é azul como o colar!

Isso mesmo. Sua mãe amava a cor azul. Ela me disse uma vez que a cor a lembrava dos olhos do seu amado... Olhando para você, vejo que o desejo dela se realizou, pois você possui os olhos dele.

- Tia eu tenho os olhos do meu pai?

- sim, seus olhos foram a sua herança deixada por ele - disse ela, sorrindo afetuosamente

Elizabeth sempre ficava curiosa sobre quem eram seus pais. "Olhos azuis como os dele" e "cabelos amarelos como os dela" eram as únicas pistas que ela possuía, mas, ao tentar se aprofundar no assunto, sempre recebia a mesma resposta: "Eles não possuíam nenhuma pintura". Assim, a única coisa que restava era acreditar nessas palavras.

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Elizabeth estava muito curiosa sobre a flor que sua mãe amava, então ela correu para o seu quarto, colocou um vestido de linho azul que destacava a tonalidade de seus cabelos dourados, e um laço vermelho sobre seu cabelo, acentuando ainda mais sua beleza radiante. Com determinação nos olhos e um brilho de empolgação, ela saiu da mansão.

- Vamos, Peludinho! - Gritou ela, enquanto seu fiel companheiro canino a seguia

Adentrando a vasta floresta, Elizabeth observou meticulosamente cada planta em busca da flor que sua mãe tanto amava. Apesar de encontrar diversas flores, nenhuma delas se comparava à beleza singular da flor que ela procurava, mesmo estando murcha. A aura de encanto que envolvia aquela flor era incomparável.

Com determinação renovada, ela avançou pela floresta, os passos suaves ecoando entre as árvores enquanto ela seguia em frente. Mas, apesar de sua busca persistente, a flor desejada parecia estar esquiva naquele dia.

Frustrada, Elizabeth estava prestes a desistir e retornar à mansão quando seus ouvidos captaram um som distante. "Que barulho é esse?" questionou-se ela, intrigada. Movendo-se na direção do som, que parecia ser de alguém chorando, ela se aproximou cautelosamente até avistar uma figura solitária sentada sobre um tronco caído. Era um menino de cabelos negros  seus olhos verdes pareciam refletir uma tristeza encomparavel.

- Eu nunca tinha visto outra criança a não ser o meu irmão, Você está bem? - perguntou ela, sua voz suave ecoando entre as árvores.

O menino ergueu sua cabeça e Elizabeth se espantou com sua beleza. Seus cabelos negros caíam em suaves ondas sobre sua testa, e seus olhos verdes brilhavam com uma mistura de tristeza e curiosidade.

E naquele momento, a neve que traria sua sorte começou a cair.

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continua

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continua....

Eclipse: Quem é você?Onde histórias criam vida. Descubra agora