Somebody • Larry Stylinson

Uma segunda Chance

Louis ainda estava tentando entender o que estava acontecendo ali. Quando o mais velho entrou no carro, não esperava que viria o cantor ainda naquele dia, o estacionamento estaria vazio se não fosse pelo seu carro ali. Claro, ele estava feliz porque o esverdeado de alguma forma queria o ver, mas ainda não entendia completamente a situação.

Seus olhos focavam-se no perfil do mais novo, o nariz arrebitado, os cachos molhados caindo sobre seu rosto enquanto tentava arruma-los e enxugava as mãos na roupa que praticamente inundava seu carro e ao ouvir um espirro do garoto, saiu dos seus devaneios, escondendo o sorriso que crescia em seu rosto e se esticou no banco de trás para pegar um moletom seu e olhou para o cantor.

— Meu Deus Harry, você vai ficar doente desse jeito, toma, tenta se secar, deixa eu ligar o carro e ligar o aquecedor do seu banco. — falou preocupado, entregando a roupa para o mais alto e então tratou logo de deixar o menino ao máximo aquecido. — Onde está seu carro? Porque não ficou dentro? Ou melhor, porque você me esperou? — perguntou ajustando a temperatura do aquecedor e viu o homem relaxar com o calor que recebia.

— Eu vim no carro do Jeff hoje, quando ele foi embora ainda não estava chovendo, e quando eu vi, começou a chover e você não saía de jeito nenhum, eu até tentei entrar, mas tava trancado e só abria por dentro a porta principal do estacionamento. — falou com a voz ainda trêmula pelo frio e Louis negou com o rosto pelo rapaz te-lo esperado do lado de fora, mesmo que um tanto feliz. — E eu queria te esperar porque eu precisava falar com você.. — falou a última parte quase que inaudível, fazendo Louis forçar a audição e sentiu seu corpo tremer com aquela frase.

— Você podia ter me mandado uma mensagem ou me ligado.. agora está todo ensopado e pode ficar doente. — Louis comentou, abaixando o freio de mão e Harry o olhou confuso, quando viu o carro andando.

— Para onde estamos indo? E eu achei que você fosse gostar de eu ter te esperado. — soltou o final da frase sem pensar, mordendo os lábios um pouco nervoso, reparando pelo canto dos olhos que o mais baixo lhe olhava em surpresa e um pouco confuso. — Não que eu tivesse fazendo algo para que você gostasse ou que eu pense no que você gosta ou deixa de gostar.. ah você me entendeu, achei que fosse ser bom conversamos pessoalmente. — falou um pouco atrapalhado, gaguejando algumas vezes, o que arrancou um sorriso do jogador e respirou fundo.

— Eu acho que entendi o que você quis dizer sim, mas mesmo assim, poderíamos ter marcado por celular, mas não vou mais tocar nesse assunto, e eu vou te levar pra casa, Harry, olha seu estado. — falou como se fosse óbvio, virando mais algumas ruas e pegou a avenida que iria em direção a casa do cantor, que ainda estava encolhido.

Harry não tinha percebido, mas quando recebeu o moletom de Tomlinson, o mais novo automaticamente o levou para perto do rosto, respirando o perfume da peça de roupa, ele estava com saudades daquele cheiro, do abraço do jogador, e de passar um tempo daquela forma ao seu lado. Era a primeira vez que finalmente ficavam no mesmo lugar sozinhos depois de toda aquela briga, primeira vez em semanas que se dirigiam a palavra como se fossem amigos, e os dois tentavam não pensar no beijo, mas era impossível, principalmente para Harry que estava cheirando aquela roupa e revivendo aquele momento, e para Louis, que o olhava de relance pelo caminho.

Depois que Louis respondeu o mais novo e ficaram cada um em seus devaneios, o silêncio dominou todo o carro, nenhum se atrevia a falar o que estava pensando, Harry que o procurou, agora estava se arrependendo, não tinha como falar alguma coisa. O cacheado travava uma batalha interna, ele tinha passado aquela tarde inteira pensando sobre o que o Louis disse durante o programa, reparou muito bem na forma que o mais velho interagia e tratava seus fãs, e ele já era encantado pelo de olhos azuis, e agora pareceu que tudo tinha aumentado.