PRÓLOGO

613 87 23
                                    

 PRÓLOGO, GOODBYE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

PRÓLOGO, GOODBYE.

O sol está baixo, a maré está alta
Sob o céu da lua vermelha
Foi quando você disse adeus.
- cannons

── Já pensou em parar de fumar?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


── Já pensou em parar de fumar?

── Depende ── a mulher manteve-se reta, soprando a fumaça enquanto tentava não sorrir ao reconhecer a voz grave ── Você já pensou em parar de beber?

── Todos os dias ── Hector resmungou impaciente ── Mas tenho motivos, menina. Perder a perna não é para qualquer um.

── Eu quase explodi em uma colina ── ela fez questão de lembrar do maldito acontecimento que rondava todas as noites a mente do homem. Não importa o que fizesse para esquecer; afundando suas lágrimas em uma lata de Heineken ou em uma vodka de origem duvidosa comprada em alguma loja de conveniência de estrada, Hector sempre lembraria do que quase matou a própria filha. Ou melhor, se lembraria da forma que ela quase se matou. ── Sei que odeia quando falo disso, mas é meu trabalho.

── Eu sei que é seu trabalho, o meu é semelhante. Só que eu tomo mais cuidado que você.

── Não é a toa que perdeu a perna, certo?

── Ok, você me pegou.

Era sexta-feira à noite. Ginger raramente saia de sua casa para fazer alguma coisa fora o trabalho, mas aquele motivo era especial o bastante para que ela dirigisse até a casa de seus pais, com intuito de avisá-los que havia sido convocada para uma missão, e em questão de pouquíssimas horas, estaria na Califórnia, aprendendo e praticando tudo o que conseguirá para fazer parte de um plano o qual ainda não sabia sobre o que se tratava.

── Ginger ── a chamou ── Já pensou em, sei lá, dar um break?

── Não.

── Você trabalha sem parar.

── É ── ela pegou outro cigarro de dentro da caixinha, levando até seus lábios secos que já exalavam o puro cheiro da nicotina ── Faço de propósito, e você sabe muito bem disso.

── Você precisa superar em algum momento.

Superar. Fácil de falar, difícil de fazer. Quando você passa por uma situação um tanto quanto complicada, podendo nomear até mesmo como "traumática", tenha certeza que a única coisa que o ser humano vítima daquilo não vai fazer, é superar a situação que mais lhe aterrorizou.

Mas, existem estratégias para mascarar o processo de dor, e Ginger utiliza uma das diversas que existem para continuar seguindo em frente. Além de trabalhar como uma maluca, aceitando todas as propostas que surgem em seu caminho, a Ryker fuma. O gosto da nicotina ── que é ruim pra caramba ── acabou virando uma distração mínima para fugir dos pensamentos torturantes. Dessa forma, uma cartela se transforma facilmente em duas, ou 3 maços rapidamente se tornam 6. Depende do seu ponto de vista, e depende da intensidade de sua dor.

── Eu superei ── mentiu, fugindo do olhar preocupado de Hector ── O que? É sério, Hector. Eu tô bem! Não recebi uma proposta boa hoje? Então! Isso significa que sou uma das melhores.

── Você é a melhor das melhores, menina ── um riso escapou ── Eu só me preocupo, Ginger. Eu quero te ver feliz de novo.

── Eram tempos diferentes. A felicidade acaba se moldando à medida que evoluímos.

Ela definitivamente não estava feliz. Aquela palavra nem existia mais em seu glossário.

── Me prometa algo.

── Hum?

── Depois dessa missão, seja lá qual for, você precisa me prometer que realmente vai tentar seguir em frente, Ginger ── ela engoliu em seco ── Eu preciso saber que você está bem, porque enquanto eu não sentir isso, não consigo viver dessa forma. Você é importante demais para mim, então me prometa que assim que retornar para cá, tentará esquecer dele.

Era um pedido para esquecer que um dia seu nome quase foi "Ginger Bradshaw". Não é como se fosse simples apagar nove anos de relacionamento, principalmente um que fora regado de tantas experiências e sentimentos. Era difícil para ela escutar aquelas palavras saindo da boca de Hector, mas em partes, ele estava certo. Acabou, evaporou. Embora o amasse mais do que qualquer coisa naquele mundo medíocre e cinza, nada valia o amar. O amor é temporário. Ginger fez uma escolha, e agora ela precisava sustentar o peso de tê-la feito há 4 anos atrás.

── Certo ── disse por um fio, tentando não mostrar-se impactada pelo assunto ── Tudo bem. Prometo esquecer dele, assim que eu voltar para Boston.

Oie primas, sejam bem vindas a um surto que tive nas férias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Oie primas, sejam bem vindas a um surto que tive nas férias. Esse é o prólogo, bastante curtinho, eu sei. Essa obra é especial, e eu meio que tô fazendo uma analogia ela a um amor de verão. O amor de verão é curto, mas marcante o suficiente para permanecer na sua cabeça por um longo tempo, certo? Firefall é assim. Capítulos curtos, história relativamente curta, mas que expressa um sentimento bastante especial :)

Esqueci de avisar que alguns acontecimentos serão diferente do filme, e essas mudanças foram feitas para fazer um melhor encaixe da Ginger na obra. Eu estou achando mais fácil escrever assim.

Novamente, essa obra foi inspirada em várias músicas da banda Cannons. Eu vou estar deixando sempre no início a música que representa aquele capítulo, e sinta-se livre para ouvi-la ou não. Gosto muito da banda, e eu fiquei vidrada o quão o estilo combina com o Brad.

FIREFALL, bradley bradshawOnde histórias criam vida. Descubra agora