Epílogo

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—  2 anos antes dos acontecimentos do primeiro capítulo 

— O que está fazendo ai estas horas da noite, mana?

A mestiça faltou por revirar os olhos ao notar que não se encontrava sozinha na grande mansão de seu pai.

A mesma nem sequer sabia responder quando que havia sentido o prazer de se ver em um momento de solitude por ali. 

— Luka. — O olhou, com desdém. 

Não conseguia se agradar da presença de seu meio-irmão. E o motivo se fazia muito presente.

Herança. Mais especificamente...

Três grandes empresas, que seu pai de forma alguma dividiria igualmente. 

Talvez o mesmo gostasse de toda essa briga. Talvez o agradasse que seus filhos quase se matassem diariamente por capacitação de herança. 

Bom, a mestiça não sabia dizer, afinal.

— Eu me pergunto se você me odeia porque sou filho da nova mulher do papai ou... — Pegou um pouco de água, ficando ao lado de sua irmã — É por medo do papai passar tudo para mim. Poderia me ajudar com essa dúvida, mana?

A mestiça se segurou para não revirar os olhos. 

— Bom, acho que é mais pela primeira opção, mano. Mas se quer saber, não me importa com quem o meu pai esteja. — Disse, sem encara-lo —  Meu problema mesmo é somente com você. E você é fruto de uma traição. Isto é motivo de orgulho?

— É impressionante como você consegue ser ácida, Marinette. — Disse, parando de sorrir — Que foi? É tão difícil de aceitar que meu pai escolheu a minha mãe ao invés da sua? Que ele descobriu que tinha um filho que ele teve bem antes de você dar sinal de vida  e resolveu assumir a responsabilidade? Nossa, você é bem imatura.

— Nunca vai entrar na minha cabeça que ele decidiu se divorciar da minha mãe só porque descobriu você, Luka. — Finalmente se virou a ele, mais nervosa do que antes — E para a sua informação, você nasceu quando meus pais já namoravam a cinco anos. Como que ele te teve bem antes da minha mãe conhecer o meu pai?!

— Bom, se a minha mãe diz que não foi uma traição e que ela conhecia o NOSSO pai bem antes da sua mãe aparecer, eu acredito nela. 

— A única coisa que a sua mãe fez, foi te esconder até o momento que fosse oportuno para ela. — Disse — E agora, vejo que você é bem igual a ela. 

Luka fechou seus punhos.

— Você claramente é bem insegura, mana. Mas eu te entendo. — Voltou a sorrir, ficando de frente a mesma — Você é só uma adolescente se formando no ensino médio. Enquanto que eu, 2 anos mais velho que você, já estou assumindo como CEO de uma das três empresas de nosso pai. Por isso você me odeia e me ataca assim. Você sabe que eu já ganhei de você nessa de herança antes mesmo de você começar a andar. 

— Como é?!

— Isto mesmo. — Com uma risada irônica, Luka se vira uma última vez para sua meia-irmã — É uma pena que nosso pai ache que dividir as empresas igualmente vá falir seu grande império. E é uma pena que ele tenha que escolher somente um de seus dois filhos por conta disto. Claramente isto faz de você uma deserdada, mas não se preocupe. — Sorriu — Eu prometo te dar uma casinha para viver, se casar, e ser uma dona de casa com 4 filhos. Eu jamais deixaria minha irmãzinha desamparada. 

— Ora, seu...

—  Você iria me agradecer, não é? Poxa, mana! não precisa me agradecer por agora. Me agradeça quando nosso pai me nomear o oficial herdeiro dos impérios Dupain. Agora, se me der licença, preciso dormir. Amanhã é meu primeiro dia como o CEO da Gina Music. Boa aula no Ensino Médio amanhã, mana. 

Enquanto Luka se afastava, Marinette se via apertando fortemente seu delicado copo de plástico dentre seus delicados dedos.

E dando uma última olhada em seu irmão, a mestiça fazia um contrato consiga mesma naquele momento. 

Um contrato que marcaria uma nova era em sua vida.

— Luka Couffaine Dupain. Eu não vou permitir que você herde o que me pertence. — Disse, respirando pesadamente — É guerra? Certo, é guerra. 

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