Capítulo 7 Piscina

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-Posso te fazer uma pergunta pessoal?

- Claro. Manda. – Tentei descontrair porque achei que o clima tinha mudado.

- Você não pensa mesmo no seu ex? Tem pouco tempo que ele foi embora. – Que pergunta é essa, meu Deus?! O que ela quer com isso? Será?

- Às vezes eu penso nele. Mas acho que na maioria é tipo carência, sabe? Queria um carinho, um abraço apertado. Ele era um fofo. Super carinhoso. Sinto falta disso. Mas amor mesmo, não era. Consegui explicar direito? Meio confuso.

- Conseguiu. – Disse sorrindo. – Vou indo. A gente se fala por aí ou se não, até segunda.

- Tchau!! – Disse e ela me abraçou. Sorri e a abracei rápido.

- Beijos Bia!! – Gritou Joca do carro.

Huuumm, fiquei com o perfume dela na roupa. Gostoso, né? Gostei. Amo gente cheirosa. Essa menina é diferente. Tem um olhar diferente que me faz sentir estranha.

Xo ir dormir que já são 3h da manhã, mas graças a God vou dormir tudo o que há pra dormir.

Sábado 13h: Aaaah como é bom acordar tarde. Queria encontrar um emprego que pudesse trabalhar de madrugada e dormir a manhã toda.

E ontem, hein? Joca, Ana, Ana, Joca. Esses irmão tão me deixando doidinha. Mas será que Joca quer mesmo alguma coisa comigo ou só tava jogando seu charme, como pra Laura?! Mas ele "fugiu" dela na primeira oportunidade e veio puxar papo comigo. Isso significa alguma coisa? Ele me pareceu sério quando se aproximou. Mas ele parece mesmo uma pessoa machucada, como a Ana falou. Ele parece que criou essa máscara de galã pra não se entregar e sofrer de novo. Agora eu fiquei curiosa. Quero ver esse cara por trás da máscara. Quero conhecer o João, como a Ana o chama. Qualquer dia desses eu puxo pra uma conversa.

Hoje é dia de almoço em família. Meu pai que nunca tá em casa nesse horário faz questão de comermos juntos todos os fins de semana. Não reclamo não. Não quero estar fora cama antes da 1 da tarde mesmo.

Minha família é legal. Meu pai é meio cabeça dura. Foi criado na fazenda, tem uma educação mais conservadora. Reclama todos os dias na frente da televisão dos aumentos de preço, corrupção, blablabla. Até parece que alguém tá ouvindo a bronca e vai obedecê-lo. Minha mãe é um doce. Ela é bem calma. Às vezes é desorganizada, como vimos no incidente do médico. Ela é professora e trabalha só à tarde numa escola pública do estado. Acho que por conviver com crianças e adolescentes de classe, às vezes (muitas vezes), mais baixa que a nossa, ela tem a cabeça mais aberta. Respeita mais as diferenças. Na escola, ela diz, que já viu de tudo. Conversamos muito, mas não sou daquelas que conta até o que faz com o namorado pra mãe. Nunca que conseguiria contar essas coisas pra minha.

O almoço foi tranquilo. Ajudei a lavar a louça. Sou uma ótima filha. Depois vou pro meu quarto pra ver alguma série ou ler um livro.

Tô lá na minha cama, gostosinha, já que não me dei ao trabalho de arrumá-la depois que acordei, quando:

Ana: "Hey, stanger.

Tá a fim de cair na piscina?

Eu e Joca estamos indo pra lá.

Vamos?"

Piscina?! Seriously?! Sou muito fã não. Acho que na piscina desse condomínio eu só fui umas 2 vezes na vida. Uma porque tinha alguma festa qualquer e outra porque o Beto me jogou de roupa e tudo quando a gente tava dando uns amassos lá perto. Mas o que dizer pra esses loiros lindos? O que?!

Bia: "Hey stranger.

Piscina, sério?!

Deixa eu ver aqui os prós e contras:

Live and let liveOnde histórias criam vida. Descubra agora