𝟐𝟖. 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

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𝐐𝐮𝐚𝐬𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐚́ 𝐞𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨, 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨║Eu já sabia que a ilha não seria tão horrenda assim pela descrição de Percy, mas sinceramente esperava algo... diferente.

A ilha de Polifemo podia ser confundida com um paraíso no Caribe. A única coisa realmente preocupante era uma ponte de corda sobre um precipício, como um aviso: ALGUMA COISA DE RUIM VAI ACONTECER. Sempre que tem uma ponte de corda assim alguma merda acontece. Mas o resto...

Lindos campos verdes, árvores de frutas tropicais e praias com a areia tão branca quanto as pérolas do meu anel. Um ar perfumado vinha da ilha, e me senti um pouco menos pior.

- O Velocino - disse Annabeth cheirando o ar perfumado.

Percy assentiu. Fechei os olhos, conseguia sentir a energia do velocino como ela fosse feita do próprio sol. Quase conseguia sentir algo - parecia uma espécie de fio - me atraindo magneticamente para a direção de onde o poder vinha.

Percy perguntou:

- Se nós o levarmos embora, a ilha vai morrer?

Annabeth sacudiu a cabeça.

- Ela vai se esgotar. Voltar ao que seria normalmente, o que quer que fosse.

Era um pouco ruim arruinar aquele paraíso, mas não tínhamos escolha. Entre salvar a árvore de Thalia e uma ilha de um ciclope, escolhia Thalia sem nem precisar parar pra pensar.

Na base da ravina vários carneiros andavam em círculos. Eles pareciam ser bastante calmos e pacíficos, e eram enormes, mas com base em estarmos no mar de monstros, considerei a possibilidade deles serem monstros disfarçados.
Logo depois dos carneiros tinha um caminho que levava as montanhas. No topo do caminho, à beira do precipício estava um grandioso carvalho, com algo dourado pendurado em seus galhos. O velocino.

Algo estava errado. Isso é simples demais.

- Isso está fácil demais – disse Percy – Podemos simplesmente subir até lá e pegá-lo?

Os olhos de Annabeth se estreitaram. Eu neguei com a cabeça.

- Deveria haver um guardião. Um dragão ou...

Foi quando um cervo emergiu dos arbustos. Ele trotou para a campina, provavelmente em busca de grama para comer, quando os carneiros baliram todos de uma vez e assustaram o animal.

Aconteceu tão depressa que eu demorei um tempo para entender o que tinha acontecido. Todos os carneiros foram na direção do cervo, e grama e tufos de pelo voaram pelo ar.
Um segundo depois, quando os carneiros se afastaram, não havia mais nenhum cervo, somente uma pilha de ossos limpos e brancos. Engoli em seco.

- Essa é a maldita dificuldade - resmunguei.

- Eles são como piranhas – disse Annabeth.

- Piranhas com lã. Como é que nós...

- Deuses! – arfou Annabeth, agarrando meu braço e de Percy. – Olhem.

Ela apontou para a praia, logo abaixo da campina dos carneiros, onde um pequeno bote fora arrastado para a terra... o outro bote salva-vidas do Birmingham.

Ou era Clarisse, ou era... Tyson.

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Chegamos a conclusão de que não tinha como passar pelos carneiros canibais. Annabeth sugeriu ir invisível pelo caminho e pegar o velocino, mas nem eu nem Percy concordamos. Era muito perigoso. Os carneiros podiam perceber algo. Podia ter outro guardião. Se qualquer coisa acontecesse, estaríamos longe de mais pra ajudar.

𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐒𝐔𝐍 || ᵖᵉʳᶜʸ  ʲᵃᶜᵏˢᵒⁿ  ᵃⁿᵈ  ᵗʰᵉ  ᵒˡʸᵐᵖⁱᵃⁿˢOnde histórias criam vida. Descubra agora