𝟔𝟑. 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗𝐓𝐘 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄

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𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐨 𝐫𝐚𝐧𝐜𝐡𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐡𝐨𝐫𝐫𝐨𝐫𝐞𝐬║Não tinha como se saber se era realmente manhã, mas uma vez que todos acordaram e comeram o requintado café da manhã de barras de granola e suco de caixinha, continuamos a andar.

Não houve muita conversa. Pela primeira vez em meses não tinha tido nenhum sonho, e se Annabeth ou Percy haviam sonhado com algo, eles não disseram nada.

Como de costume, os túneis do labirinto não faziam sentido algum. Os túneis de pedra foram para sujeira com vigas de cedro, parecendo uma mina de ouro. Annabeth estava começando a ficar irritada.

- Isso não está certo. - disse ela. - Deveria ser pedra ainda.

Entramos em uma caverna onde estalactites pendiam do teto, uma ameaça constante de nos partir ao meio. No centro da sala, um buraco retangular que lembrava um túmulo um pouco demais para ser uma coisa boa. O sentimento ruim e estranho tomou conta de mim de novo.

- Aqui cheira como o Mundo Inferior. - apontou Grover.

Eu olhei em volta, sentindo a sensação de que estávamos sendo observados. Não me era mais uma sensação tão estranha assim, mas fiquei alerta de qualquer jeito. Não havia ninguém.

Percy iluminou a cova e um papel embrulho reluziu. Um cheeseburger meio comido flutuava na imundice.

- Nico. - disse Percy. - Ele estava convocando os mortos de novo.

Tyson choramingou.

- Fantasmas estiveram aqui. Eu não gosto de fantasmas.

Será que era isso que estava sentindo? Haviam mortos nos observando? Um tremor passou por mim.

- Nós temos que encontrá-lo.

Havia uma certa urgência na voz de Percy, o que só me deixou ainda mais desconfortável com tudo aquilo.

- Precisamos sair daqui. - agarrei o braço de Annabeth. - Eu estou com uma sensação ruim.

Percy começou a correr. Eu choraminguei. Estava com uma sensação muito ruim sobre tudo aquilo. Ele só estava correndo na direção do perigo.

- Percy! - Annabeth gritou.

Ele correu para um dos túneis e nós não tivemos escolha a não ser segui-lo. Quando o alcançamos, ele estava olhando para a luz do dia por um conjunto de barras de ferro acima de nossas cabeças.

Normalmente, eu estaria feliz de ver o sol, mas sentia que algo estava muito errado. Tínhamos de ir embora dali.

- Onde estamos? - perguntou Percy.

- Vamos embora. - agarrei o braço de Percy na tentativa de fazê-lo voltar para o labirinto. - Eu não estou com um pressentimento bom.

Annabeth me lançou um olhar confuso, mas antes que qualquer um de nós pudesse falar algo, uma sombra passou pela grade e uma vaca nos encarou. Uma vaca vermelha cereja. O rebanho sagrado de meu pai. A vaca mugiu, raspou uma pata na grade e foi embora.

Eu estava atônita demais para sugerir que fugíssemos de novo. O que o rebanho sagrado de Apolo estava fazendo ali? Onde estávamos?

𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐒𝐔𝐍 || ᵖᵉʳᶜʸ  ʲᵃᶜᵏˢᵒⁿ  ᵃⁿᵈ  ᵗʰᵉ  ᵒˡʸᵐᵖⁱᵃⁿˢOnde histórias criam vida. Descubra agora