Quando eu era pequenino,
Com meu avô eu fui plantar,
Um pé de goiaba em um potinho,
Numa história de encantar.Sorridente ele me guiou,
Até a frente de nossa casa,
Com mãos trêmulas segurou,
Minhas mãos frágeis sem pressa.Juntos enterramos na terra tenra,
A semente do nosso sonho,
Todos os dias, como regra,
Conversando, regando, risonho.Os anos passaram, lentamente,
Verões e primaveras assim se seguiu,
Até que, em um inverno envolvente,
Meu avô para longe partiu.No outono, voltando para casa,
A infância ficou na lembrança,
A delicada planta, agora robusta,
Cresceu, mostrando sua bonança.Uma frondosa árvore se ergueu,
Garbosa, com tronco forte,
Carregada de frutos que deu,
Em memória ao passado, de sorte.Pego e provo a goiaba adocicada,
Sinto o sorriso da infância na alma,
É como se a história fosse narrada,
A natureza eterniza essa calma.
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Sob a Luz do Farol e Outras Solidões Iluminadas
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