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Era esquisito acordar e ver que estava na mesma casa que antes novamente. Ela não havia se acostumado com o fato de que estava de volta pra cidade depois de tantos anos.

Tantas coisas passavam pela cabeça dela, como Han Seo-jun. Ele era seu melhor amigo na época, que infelizmente tiveram que se afastar já que ela teve que mudar de cidade.

— Está ansiosa pro primeiro dia, querida? — A avó dela perguntou, enquanto colocava sopa pra ela tomar no café da manhã.

— Sopa, avó? Eu estou doente por acaso?! — Ela perguntou, olhando pra sopa que a avó à ofereceu.

— Mas você tá tão feinha hoje, achei que estivesse. — Ela começa à analisar a neta. — Acordou tão magrinha, tão branca...

— Vó, eu já entendi que estou feia. — A garota toma um pouco da sopa. — Hm, eu quero trabalhar também.

— Trabalhar, Angel, pra que? — Sua avó pergunta, encostando ao lado dela. — Você já tem tudo aqui.

— Não, eu quero trabalhar também. Quero ganhar meu próprio dinheiro. — Ela diz, tomando a sopa. — Aí eu fico com o meu dinheiro e o seu, só vejo lucro.

— Se você começar à trabalhar, pode ter certeza que do meu dinheiro você não vai mais precisar. — A avó dela pega a bolsa e anda até a porta. — Vou fazer as compras. Acorda seu irmão pra ir deixar você no colégio.

— Ele deveria acordar comigo logo de uma vez pra eu não precisar nunca mais acordar ele. — A mais velha riu.— Tchau, vó!

— Tchau, querida! — Ela saiu.

Angel acabou sua sopa e subiu as escadas para chamar seu irmão, ela bate na porta dele e ninguém atende.

— Eu vou abrir, se você tiver pelado eu jogo a primeira coisa que eu vê na minha frente em você e mato todos os seus futuros filhos. — Ela disse, enquanto abria a porta. O garoto já estava acordado, e estava arrumando o cabelo.

— Você é um saco. — Ele olha pra ela, com deboche. — Me espera no carro.

— Não quero, quero esperar aqui olhando pra você. — Ela encostou na porta e ficou olhando pra ele.

— Eu deveria deixar você ir de ônibus pro colégio, sua imunda. — Ele jogou um desodorante na direção dela.

— Deveria se mudar de casa, sabia?! — Ela joga o desodorante de volta pra ele. — Você já tá velho e ainda mora com a avó! Que vergonha, Park Choong.

— E você deveria caçar logo um emprego. — Ele passa ao lado dela e desce as escadas.

— Saiba que eu vou sim, tá bom? Hoje depois do colégio eu vou andar por toda essa cidade procurando um emprego! — Ela seguiu ele.

Eles entraram no carro e ele deu partida.

— Olha, a vovó não deve ter te dado regras, mas eu vou dar... — Ele começa. — Nada de encrenca; se mexerem com você, fala pra alguém; se alguém zoar você, não dá moral; não fala com ninguém do sexo masculino, isso é importante e... Por favor, fica bem.

— Eu queria muito saber porque não falar com garotos está nessa lista de regras. — Ela perguntou, deitando a cabeça no vidro. — Sabe, eu estava pensando, será que o Han Seo-jun ainda moral por aqui?

— Eu tava me perguntando a mesma coisa, mas acho que sim. — Ele respondeu. — Talvez se você ver ele nem vá lembrar, foram sete anos.

— Tenho certeza que vou lembrar, meu mano! — Ela disse, com sarcasmo.

𝐌𝐄𝐌Ó𝐑𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐈𝐃𝐀𝐒 | Han Seo-Jun.Onde histórias criam vida. Descubra agora