Eighteen | BeomJun

01 | O que me torna impuro?

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Olá, leitores!! Bem vindos ao primeiro capítulo de eighteen, espero que gostem. Esse capítulo contém cenas +18 e violência, se não for do seu conforto recomendo que não leia. Boa leitura!!!

Os fios acobreados cobriam os olhos do garoto deitado sobre o lençol preto. O Choi ainda lutava contra o sono para finalmente levantar da cama de casal completamente bagunçada. Infelizmente o tempo era curto e o garoto teria que enfrentar sua preguiça matinal para ir à escola.

Duas batidas foram ecoadas no quarto espaçoso, a porta estava trancada como sempre, o que significava que Beomgyu teria de levantar para averiguar o que o aguardava do outro lado da porta.

- Tsc... - Reclamou ao levantar da cama, sentindo a pressão baixar.

O quarto parecia estar inclinado por inteiro para o de fios longos, que caminhava tombando nos móveis a sua volta até alcançar a maçaneta com muito esforço.

Do outro lado o aguardava a governanta, senhora Lee, que cuidou dos progenitores do Senhor e Senhora Choi desde pequenos. Beomgyu e seus irmãos sempre tiveram muito afeto pela senhora, seu sorriso cativava qualquer um que tivesse a honra de o observar.

- Bom dia, senhor Choi. - Ela sorriu doce ao cumprimentá-lo com a reverência tradicional, arrancando um pequeno riso do maior, que retribuiu. Importante considerar que a senhora Lee tratava seus patrões com linguagem informal.

- Bom dia, senhora Lee. - O adolescente ainda tinha sua voz rouca pelo despertar recente. - Tá' na hora da escola né? - Fez uma careta engraçada, agora quem ria era a idosa.

- Isso mesmo! Se apronte antes que seu pai fique bravo com o senhor. - Desferiu dois tapinhas no ombro de Beomgyu.

- Pode deixar, senhora Lee. Vou entrar no banho. - Ele sorriu cansado, entrando no quarto novamente.

Era sexta-feira, a última coisa que o garoto estava interessado era em pisar naquele local contaminado pelo odor adolescente. Se ao menos pudesse faltar um diazinho se quer... Não! O Senhor Choi nunca permitiria um deslize vindo de seu progenitor, a cobrança em cima dos filhos era pesada, notas acima de 8 em todas as matérias eram apenas um dos requisitos. Nascer com o sobrenome "Choi" naquela casa significava perfeição suprema, nenhum erro era tolerado em um espaço avulto como a mansão Choi.

Mas Beomgyu era apenas um adolescente, tomado pelos hormônios e cheio de vontade de aproveitar aquele tempo que não duraria para sempre. Saia de casa as 22:00, seu toque de recolher - Ou seja, dormir. - estipulado pelo pai, e voltava apenas as 04:00, quando o sol começava a sair de sua toca. Bem, seu horário de sono não era tão regulado quanto o pai acreditava, porém, o adolescente dava seu jeito para dormir durante o dia.

[...]

Do outro lado da Coreia, na capital, a tão formosa Seul. Choi Yeonjun, no auge de sua maior idade - O menino em questão curtia dia e noite na rua - caminhava pelas ruas perto de seu condomínio. O rosto era familiar para os moradores da área, no qual o jovem já fez amizade com a maioria. Do outro lado da calçada avistou seu grande amigo de longa data, Hwang Hyunjin, seus longos fios pretos que, humildemente, pareciam ter saído direto de um comercial de xampu, não eram difíceis de reconhecer mesmo de longe - ainda sim, considerando o pequeno grau de miopia do Choi.

Yeonjun acenou para o amigo, que retribuiu da mesma forma. Olhou ao redor e quando percebeu que não vinham mais veículos em sua direção atravessou a rua - ato não comum na Coreia, porém estamos falando de um garoto com a mente fora dos eixos.