Nosso mestiço

04

O dia amanheceu e o Sol entrou pelas corridas abertos do quarto do novo hóspede.

Se remexendo devagar,ele estava engolido pelo calor das cobertas macias e colchão gostoso de se deitar.

Seu corpo dolorido parecia esta deitado em nuvens macias que o acolhiam com graça e alegria.

Abrindo seus olhos devagar,Harry encarou o teto devagar sentindo o sono ainda pesar em seus olhos.

Aquele teto branco do quarto em que dormiu. Nada era um sonho. Tudo aconteceu de verdade.

Ele saiu daquele lugar horrível e veio morar em um residência muito luxuosa.

Se sentando na cama,ele coçou o olho para logo se esticar.

Apesar da boa noite que teve,ele se recorda de ter acordado no meio da noite para jogar fora tudo que comeu no jantar.

Talvez tenha exagerado um pouco.

Saindo do conforto,firmou seus pés no chão sentindo a maciez do tapete.

Caminhando até o banheiro,Harry foi até o espelho vendo seus cabelos bagunçados porém viu algo de diferente.

Suas olheiras que eram mais proeminentes haviam sumido parcialmente e sua boca que estava meio pálida havia ganhado um pouquinho de rosa.

Talvez isso seja...

Negando com a cabeça,ele precisava arrumar um plano para sair daquele lugar.

Depois de fazer suas higienes, caminhou até a janela onde se deslumbrou com a visão que teve.

A floresta era magnífica. Seu verde brilhava com a luz solar e suas folhas de mexiam conforme a suavidade do vento.

Olhando para baixo,viu um belo jardim cheio de flores e plantas coloridas enfeitando ainda mais o verde.

Aquilo poderia ser até um paraíso,ele nunca tinha visto tantas cores assim em um só lugar.

Seus ouvidos podiam captar o barulho suave das árvores e até era possível ouvir o canto de alguns pássaros que voavam ao redor.

Um pequeno movimento dançou seus lábios.

Ele não sabia sorrir e nunca testou se sabia.

Seu passado nunca deixou ele praticar essa ação.

Graças a sua origem mestiça,ele não precisa de um anel de proteção para ficar ao Sol porém isso não significa que sua pele não fosse sensível aos raios.

Uma batida na porta chamou sua atenção.

Curioso e anestesiado,ele caminhou até ela a abrindo tomando um banho de realidade ao encontrar o loiro ali.

O puritano parecia mais confortável do que na noite passada e não sabia dizer se isso era bom ou ruim.

"Bom dia Harry." Cumprimentou Lucius." Está disposto a tomar café comigo antes da sua consulta ?"

"Tomar café?" Perguntou.

"Sim. Não quer?" Perguntou sorrindo.

"E-Eu ainda não me a-arrumei."

"Eu vejo,mas não se preocupe com isso por enquanto." Falou Lucius." Vem ou não?"

Assentindo devagar, Harry saiu do quarto fechando a porta ganhando um sorriso satisfeito do outro.

"Então vamos." Falou o loiro." Severus saiu para resolver um negócio e não pode me acompanhar infelizmente. "

Lucius era muito educado quando falava consigo e isso o deixava estranho.

Ninguém era educado consigo,por que ele estava sendo?

"Teve uma boa noite de sono?" Perguntou o puritano enquanto desciam as escadas devagar." Você parece melhor hoje."

"Eu dormir s-sim." Falou Harry. "M-Mas eu pa-pa-"

Ao tentar respirar para formular a frase,o menor acabou tropeçando o fazendo fechar os olhos por impulso.

Sentindo algo o circular seu nariz captar um aroma amadeirado floral.

Era delicioso de se sentir,diferente do outro que era mais forte e envolvente.

Abrindo um de seus olhos,ele sentiu os braços se firmarem em volta de si.

"O cheiro de mel combinou com você." Comentou Lucius." Não sei se isso foi uma tentativa de me fazer sentir seu cheiro,mas pelo visto minha escolha de shampoo foi boa."

Sentindo as bochechas queimarem, Harry se afastou rapidamente e negou com a cabeça.

"E-Eu tropecei-"

"Eu sei,estou brincando." Interrompeu. "Você é tão magrinho que acho que se apertar quebro no meio."

Olhando feio pata ele,o menor tentou se afastar porém não conseguiu.

Rindo do esforço do outro,Lucius o pegou no colo assustando ele que se agarrou em si.

"Vamos facilitar nossas vidas ok?" Sugeriu.

Usando sua velocidade,rapidamente chegaram na sala de jantar e ele se deslumbrou com o som de surpresa do menor apesar de ficar curioso sobre isso.

O menor nunca usou a própria velocidade ? Pelo que conhecia,mestiços também possuem suas velocidades até para poder caçar.

Pensando melhor o garoto podia ter um olhar afiado,mas no fundo se podia notar o grau de ingenuidade ali presente.

Seria possível se... Não,não era possível isso.

Colocando o menor no chão,Lucius observou  o brilho no esverdeado ao ver a comida na mesa.

"Vá lá, fique a vontade." Incentivou.

Vendo o menor lhe olhar,ele levantou as sobrancelhas ao vê-lo caminhar devagar até a mesa.

Havia algo errado. O relatório que receberam deste garoto antes de parar naquela casa de leilão dizia que já trabalhou nas casas de prostituição nos subúrbios da cidade e em outros lugares.

Pelo documento dizia que trabalhou em limpeza nesses lugares e sua Escolaridade era quase completa,fez o ensino médio todo apesar de já fazer trabalhos muito pesados.

Minerva com certeza fará uma bela avaliação nele e principalmente nessa forma dele falar.