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Harry encarava aqueles olhos avermelhados do puro a sua frente.

O cheiro do sangue dele era tentador demais e seu organismo pedia por aquilo desesperamente. A sede se implantou em sua garganta e a agonia que já sentiu por um tempo voltou a aparecer.

O vampiro a sua frente queria provar seus lábios,mas como se revela que não sabia o que era isso?

Ninguém nunca o perguntou algo do tipo e se isso aconteceu,não se lembrava.

O sorriso que cresceu nos lábios vermelho do outro o assustou,principalmente pela mão em seu rosto.

"Podemos te ensinar tudo o que esta na sua mente pequeno mestiço. " Falou Severus. "É só dizer sim que vamos te proporcionar algo que nunca sentiu."

Seria estranho dizer que seu coração batia desesperadamente e seus nervos estavam a flor da pele. O cheiro que o maior tinha o deixava esquisito e com medo.

Dificilmente sentia aquelas coisas estranhas que se passavam dentro de si  ao ponto de achar que era morto por dentro.

Talvez ele fosse morto por dentro e isso seja só o colapso de uma ilusão causada por aquelas pessoas.

Os produtos estranhos usado em si sempre o deixavam paranoico e com alucinações então.

Olhando para aquele sangue escorrendo,ele resolveu aproveitar a oportunidade que tinha antes que ela passasse

Esticando seu dedo,ele encostou naquele líquido vermelho e trouxe até sua língua.

Sua boca explodiu de saliva e um suspiro saiu de si com aquele gosto tão bom.

Sempre soube que independente da categoria,todos os vampiros precisam de sangue.

"Você quer tudo?" A voz Sussurrou ao seu ouvido." É só dizer sim ou acenar."

Um aceno foi tudo que ele pode dar. Não tinha palavras para descrever.

"Então pegue." Falou Severus satisfeito.

Sentindo as mãos quentes o tocarem com suavidade e levarem seu braço até a boca do menor que suspirou extasiado.

Severus conseguia sentir as presas quebradas tentarem o morder para ter mais e a cada minuto o menor sugava com mais vontade.

Encarando seu esposo, eles sorriram por ter dado certo.

Estalando os dedos, os empregados trouxeram o jantar para o menor que lambia os lábios pegando o sangue que ficou ali.

"Bom garoto." Disse Severus tocando no cabelo bagunçado." Agora coma seu jantar."

Quando Harry iria sair do colo dele,o Puro o segurou ali.

"Fique aqui."

"Mas eu..." Começou Harry. "Meu lugar..."

"Não me faça repetir." Disse.

Contraindo sua boca,Harry apenas desviou o olhar a comida que tinha um cheiro bom.

A carne estava deliciosa e o suco era de morango desta vez.

Diferente de ontem,Harry não queria jogar fora o que comeu então se controlou mais.

Ele se surpreendeu ao sentir uma mão em seu queixo o fazendo olhar para o puritano.

Engolindo em seco,Harry lambeu seus lábios com isso.

"E-Eu não sei fa-fazer isso que me p-p-pediu..." Murmurrou.

"Eu ensino." Declarou. "Eu tenho paciência para isso."

Harry ficou nervoso enquanto via o vampiro se aproximar cada vez mais e fechando os olhos por medo,ele apenas sentiu um vento em seu rosto e a risada do maior.

"Quanto medo." Zombou Severus rindo." Pode ir para seu quarto."

Confuso e atordoado, Harry se levantou cautelosamente e encarou Lucius por alguns instantes antes de sair correndo tropeçando nos próprios pés.

"Por que não o beijou?" Perguntou Lucius devagar.

"A expressão dele de nervoso foi deliciosa demais,isso já me satisfez." Falou Severus.

"Você é tão cruel." Comentou.

"Eu gosto de assustar." Falou com um sorriso." Mas mesmo assim eu tenho um problema para resolver contigo."















Era de madrugada e Harry não conseguia dormir.

O que aconteceu na cozinha não saia de sua mente o deixando agoniado.

Aquele vampiro era estranho.

Tomando um suspiro,ele resolveu ir até  para a cozinha tomar um pouco de água.

Água não satisfazia sua sede,mas sempre lhe disseram que era bom beber.

Saindo do quarto,ele foi agraciado pela escuridão da casa naquele horário.

Tomando coragem,caminhou em passos devagar de vez em quando acendendo uma luz para o guiar.

Desceu as escadas e demorou um tempinho para achar a cozinha,mas quando achou comemorou por sua vitória.

Os vampiros haviam o mostrado,mas tinha esquecido o caminho.

Bebendo sua água e voltando pelo caminho graças a luz ligada que deixou,Harry subiu as escadas e caminhou pelo corredor quando um barulho lhe chamou a atenção.

Curioso com isso,ele foi até a porta que estava entreaberta onde se chocou com o que viu.

"Oh! Severus!" Exclamou Lucius enquanto apertava o lençol.

Harry observou o moreno puxar o cabelo loiro com força.

Ambos estavam pelados e a pele pálida do loiro estava avermelhada principalmente nas suas nádegas.

Tampando sua boca,ele não conseguia desviar o olhar no que ambos estavam fazendo.

O que era aquilo? Por que o moreno estava dentro do loiro que fazia uma expressão que ele não sabia identificar.

A cada movimento que o moreno fazia e os barulhos no quarto o deixavam esquisito.

Harry abaixou o olhar e se assombrou o que viu.

Seu amiguinho estava em pé e doendo,ele nunca havia ficado assim.

Tocando com o dedo,ele sentiu um choque o atingir com isso e se assustou com a voz do loiro.

"Severus! Eu vou-"

Assustado, ele saiu correndo onde acabou batendo na parede que o deixou atordoado e esbarrou em um vaso que caiu fazendo um barulho alto.

O som de passos o desesperaram e ele entrou na primeira porta que viu ali.

"O vazo está quebrado." A voz de lucius.

"Eu vejo." Falou a voz do Severus que suspirou." Vem vamos voltar para o quarto."

O barulho de passos foram de distanciando e Harry esperou alguns minutos antes de sair.

Nenhum sinal. Sua sorte foi que não deixou nenhuma luz ligada por aquele corredor.

Seu quarto ficava no final dele e não pensou duas vezes antes de entrar ali.

O sentimento estranho ainda estava em si,mas a sensação de condenamento o tomou por completo.

Ele não se iludia que eles não devem ter notado que alguém estava acordado,um vaso não cairia sozinho assim do nada.

Se sentia um estúpido por se desesperar daquela forma.

Tinha que tentar aparecer normal perto daqueles dois.

E seu amiguinho estava doendo para sua infelicidade.

Talvez se tentasse dormir,a dor iria diminuir.


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