just sex - petar musa.

2.

acordo com uma dor de cabeça termenda, devido ao álcool que ingeri ontem á noite.
não me lembro de nada, apenas que alguém me veio levar a casa, estava exausta então acabei por ficar um pouco mais na cama, às 14h levantei me, com antónio a gritar.

— nunca mais me pregues um susto destes, caralho! - gritou, assustei me.

— que susto? eu estou bem. - virei me para ele.

— procurei te a noite inteira, tens noção do que fizeste? - gritou.

— paras de gritar se faz favor? - gritei.

ele suspirou, pondo as mãos á cabeça.

— com quem vieste? - perguntou num tom baixo.

— não me lembro. acho que foi com um dos teus amigos. - disse.

ele abraçou me.

— nunca mais voltes a fazer isso. - disse ainda no abraço.

— não queria estragar a tua noite. - disse.

— que parva! - disse a sair do abraço.

ambos rimo-nos.

— era alto, baixo..- ele perguntou.

— alto, isso. - lembrava me disso, foi o aspeto que mais achei atraente.

— foi o musa. - o antonio sorriu.

— isso é mau? - questionei.

— não, claro que não. - ele confortou.

— então porque é que te riste? - cruzei os braços.

antonio sorriu.

— não fizeram nada? - ele olhou para mim e eu franzi a sobrancelha.

— antonio eu tenho 18 anos. -acenou com a cabeça, beijou me a testa e saiu.

tomei um banho, fiz uma trança, vesti uma roupa confortável e fiquei por casa.
estou a vestir as minhas calças quando oiço a campainha tocar, presumo que seja antonio que se tenha esquecido de algo.
acabei de vestir as calças e fui abrir a porta, não era antonio mas aquela cara não me era estranha.

— o antonio não está em casa. - presumi que fosse um dos amigos dele.

vejo o a rir, a rir-se de mim.

— porque é que te estás aqui? - perguntei.

— levei te a casa ontem á noite, bebeste de mais, esqueceste-te do teu telemóvel. - ele esticou a mão com o meu telemóvel.

— obrigada mesmo. - agarrei no telemóvel.

— queres entrar? tá imenso frio. - reagi.

— se não incomodar. - ele entrou.

estou a tremer não sei se é do frio se é de estar numa situação destas.