JACK KACKSON: O solitário caçador de demônios - [Saga Do Destino]

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Terras sem lei

⚠️ESTE CAPÍTULO APRESENTA CENAS FORTES DE ESTUPRO, LEIA POR SUA CONTA E RISCO: 🚨Não recomendado a menores de 18⚠️

—Nanazu, 20 de Xiwis de 205
Exatamente 527 dias antes do fim

O tempo tinha passado bem rápido para o Jack, ainda mais depois que a sua tia permitiu que ele parasse de ir para o inferno, digo, escola.

Era o vigésimo dia do quarto mês, e ele não mais estava com a vontade constante de tirar a sua própria vida, tinha enfim cortado as suas unhas, e estava sempre tentando se colocar para cima, aumentar sua autoestima.

E, como se fosse um brinde, ele não mais tinha visto os demônios naqueles dias, o que lhe trazia imenso alívio e conforto… Mal sabia ele que isso estava prestes a chegar ao fim.

Para quem olhasse as vias deprimentes da rua 6, mesmo já acostumado, ainda era difícil ver toda aquela imundice e não se enojar.

O lixo espalhado para todos os lugares, as águas paradas que, misturadas com urina e diversos outros líquidos, criavam um cheiro nauseabundo que só aqueles que ali nasceram conseguiam suportar.

O lixo era tanto que muito daquele que cobria as estradas acabava sendo usado como lombas para obrigar quem passava por ali pilotando algum veículo a reduzir a velocidade.

A pobreza estava estampada naquela rua: as estradas degradadas, os edifícios que, mesmo sendo feitos de pedra, estavam caindo aos pedaços há cada dia que passava. Os diversos e imundos moradores de rua espalhados por todos os cantos eram também um comprovante da pobreza extrema, aquela era a rua mais pobre do país.

Tudo parecia calmo naquele dia e Jack meditava, já que ouviu que aquilo ajudava com a depressão, escorado a parede, sentado com as pernas cruzadas sobre sua cama já gasta há muito, que não mais tinha diferença com o chão duro.

Abriu os olhos depois de algum tempo, observando o seu quase vazio quarto, com as paredes cheias de rachaduras com algumas até permitiam a entrada de luz naquele pequeno quarto.

Se levantou e foi até uma pequena janela, onde se apoiou e ficou olhando para a rua, para o beco que estava justamente em frente a sua janela.

Não demorou a ver uma mulher passando por ali, ela vestia roupas  extravagantes que chegavam a brilhar em meio àquele tom sombrio.

A mini saia da mulher brilhava num intenso vermelho, cobrindo somente até abaixo das suas nádegas, deixando suas pernas e coxas pra fora e, por cima de um top de renda dourado, que deixava boa parte dos seus seios á vista, ela vestia um pequeno casaco laranja, com lantejoulas assim como suas outras peças de roupa, que caia só até abaixo dos seios, deixando sua barriga a mostra.

A mulher rebolava o seu corpo de forma tão sensual que parecia estar desfilando em uma passarela… Ela estava em busca do que comer naquele dia, vendendo seu corpo.

Jack já tinha visto aquela mulher diversas vezes e, de todas as vezes, sempre apareceram homens ricos em seus carrões caros para levá-la, gente que não era da rua seis. E o irónico era que todos consideravam as pessoas da rua seis como lixos, mas todos acabavam indo ali em busca de prazer.

Cerca de vinte minutos se passaram e a mulher ainda continuava desfilando por ali, coisa que nunca tinha acontecido, afinal, ela sempre era levada nos primeiros dois minutos que aparecia ali.

A mulher logo pareceu angustiada, e certamente ela devia estar se perguntando se os homens tinham se cansado dela por já ser antiga naquele ramo, ela não tinha ido ali nos passados dois dias e não teria nada para comer se nenhum homem a levasse dali.