Capítulo 01. Que mulher maravilhosa

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Quando cheguei a porta olhei meu reflexo na tela do celular antes de tocar o interfone

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Quando cheguei a porta olhei meu reflexo na tela do celular antes de tocar o interfone. Após tocá-lo uma mulher incrivelmente linda atendeu a porta com um sorriso mais lindo ainda. Muito bem vestida em jeans e um suéter vermelho vinho, acompanhados em um salto fino no mesmo tom vinho do suéter, ela era elegante,  seus cabelos longos bem ondulados caindo sobre os ombros davam um contraste nas sardas em seu rosto e o batom cor nude em seus lábios. Minha boca secou.

Que mulher maravilhosa.

— Você deve ser Luana.

— E você é a Evelyn, certo? — Disse estendendo minha mão, tal qual ela aceitou correspondendo o gesto.

— Bem, Luana, eu preciso de uma cuidadora para meu filho Miguel, ele é um bom garoto, só não gosta muito de contato com desconhecidos — eu a escutava atentamente enquanto andávamos pela casa dela. —, mas de acordo com o seu currículo, você tem muita capacidade e habilidade com crianças como meu Miguel.

— Certamente, senhora.

— Não sou casada. — Ela disse parando de caminhar e me olhando fixamente, mas eu não havia entendido qual o motivo dela estar me dizendo aquilo.

— Perdão?

— Você me chamou de "senhora". Mas eu não sou casada, por favor me chame de senhorita Evelyn.

— Claro,  como quiser, senh.. senhorita Evelyn.

— Ela sorriu e continuou a me mostrar os cômodos da casa.

— Eu não costumo dar regras absurdas ou excessivas,  só peço que não deixe Miguel sozinho por muito tempo, eles é um garotinho inteligente, e bastante curioso.

— Pode deixar comigo. E como vai funcionar?

— Os primeiros dois meses serão um teste, você vai receber por eles, se o Miguel e você se derem bem o emprego é seu.

— Até quando?

— Enquanto precisar dele. De uma maneira ou de outra você está começando a faculdade agora, estou certa? — Eu assenti rapidamente.

— Não quero que se prenda a este emprego, quando precisar partir, me avise antecipadamente e eu irei procurar outra cuidadora.

— Certo.
Pouco depois fomos até o quarto de Miguel, ele era uma cópia da mãe, o formato dos olhos, as sardas e até mesmo o tom dos fios de cabelo.

— Miguel, esta é Luana, sua nova cuidadora.

— Por que eu preciso de uma babá, mãe? Já tenho dez anos. — O garotinho perguntou se aproximando de nós duas.

— Já conversamos sobre isto, Miguel, eu faço viagens e você não pode ficar o tempo todo sozinho.

— Mas...

— Sem mas, Miguel — ela continuou calma, como se lesse um manual. —, espero não ter problemas com esta mesma questão outra vez.

— Tudo bem. — Ele concordou e depois se virou para mim, nós nos encaramos por um tempo, até que ele sorriu e me puxou pela mão, levando-me até um baú, tal qual abriu e começou a me mostrar uma variedade de brinquedos que estavam lá dentro.

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