Capítulo 07: Família

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Eu amava aquela mulher, não existiam dúvidas, talvez mais certezas depois daquele tão desejado, e ao mesmo tempo tão inesperado, beijo

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Eu amava aquela mulher, não existiam dúvidas, talvez mais certezas depois daquele tão desejado, e ao mesmo tempo tão inesperado, beijo.

Evelyn me empurrou contra a mesa do escritório me colocando em cima dela, ela me olhou com aquele típico olhar de luxúria parando instantâneamente após isso.

- O que foi? - Perguntei tentando recuperar o fôlego. - Algo errado?

- Não, é só que... Meu Deus eu senti falta disso, você não imagina o quanto.

- Então... - Toquei seu braço e levei minha outra mão a sua cintura. - Por que parou?

Ela sorriu e me beijou de novo, se encaixando entre as minhas pernas e tocando meu corpo onde suas mãos pudessem alcançar. Eu pude sentir aquele corpo outra vez, aquela boca outra vez, pudia senti-la outra vez, e era tão maravilhoso quanto a primeira vez.

Pele na boca, nosso gosto junto era ainda melhor, a voz rouca de Evelyn enquanto gemia, nossos corpos aquecidos e a intensidade de cada detalhe...

- Eu sempre me deitava com o ar de que faltava algo - Falei quando estávamos deitadas no chão de seu escritório. -, e agora, deitada com você, não sinto isso, me sinto completa, mesmo que não estejamos em uma cama.

- Você é romântica, Luana, eu aprecio isso.

- Me diz, por que voltou atrás?

- Eu não conseguia aguentar mais tê-la tão perto e não poder simplesmente te agarrar e te beijar, ou simplesmente te observar apaixonadamente, e admirar sua beleza.

- Eu que sou romântica? - Falei debochando, e ela riu. Eu amo esse sorriso, pensei.

Para ser sincera, eu amava tudo nela, o jeito que sorria, como seus olhos brilhavam quando estava com o filho, a forma que me olhava, a determinação que ela tinha, o esforço gigantesco que fazia sempre que queria alguma coisa, e até mesmo coisas naturais como a cor dos cabelos dela e as sardas que davam um detalhe a mais à sua beleza, ela era incrível, uma das mulheres mais incríveis que eu já havia conhecido, e eu tinha honra em dizer que a amava. Eu sabia de seus medos, sabia de seus defeitos, por mais que ela negasse tê-los, sabia de seus sonhos e ambições, e eu amava tudo aquilo, eu a amava por completo, cada detalhe, até seu cheiro e o toque macio e úmido de seus lábios.

Evelyn fez questão de que eu dormisse lá, avisei Lavínia por mensagem e disse que explicaria melhor no dia seguinte, tomámos um banho quente juntas e ela me emprestou um pijama, um tanto sugestivo, mas eu não me importei, eu estava com ela, esse era o ponto principal. Nós nos deitamos e Evelyn me abraçou, sua cama era enorme mas não ocupamos nem metade desta, nos entrelaçamos e eu nem me lembrei daquela sensação de solidão toda vez que ia dormir, sendo sincera, não a lembrava desde que estávamos deitadas naquele tapete do escritório de Evelyn, juntas.

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