𝟎𝟑

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       Abri meus olhos vendo um teto totalmente branco, a luz ali era tão forte que meus olhos doíam

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       Abri meus olhos vendo um teto totalmente branco, a luz ali era tão forte que meus olhos doíam.

Quando comecei a recuperar a memória totalmente, percebi que estava em um hospital.

Minha cabeça doía e parecia que meu corpo inteiro estava sendo esmagado.

Sentei na cama do quarto e comecei a lembrar da cena, meu pai morto ao meu lado, o contato visual que fiz com o assassino antes de tudo acontecer.

Lágrimas caíram por meu rosto sem que eu nem percebesse.

Como um dia perfeito com meu pai se tornou o pior da minha vida tão rápido.

Ouvi a porta do quarto abrir e rapidamente sequei as lágrimas.

Olhei para a porta vendo minha avó se aproximando e logo atrás dela um garoto, ele estava vestido com um terno preto e era alto.

— que bom que acordou liv.— minha avó falou e me abraçou.

Olhei para ela sem falar nada.

— não o enterramos ainda, quero que você esteja presente.— ela falou.

— quem é ele.— perguntei olhando para o garoto que me olhava sem expressão nenhuma.

— esse é Mason Thames, contratei ele para ser seu guarda costas.— ela falou e eu revirei os olhos

— isso é realmente preciso?— perguntei.

— claro que sim.— ela falou como se fosse óbvio.

— se meu pai está morto, porque eu precisaria de um guarda costas?— perguntei e ela se calou.

— ele não era o único alvo!— ela falou.

— espero que se recupere rápido.— ela me deu um beijo na testa e saiu deixando apenas eu e o garoto.

Suspirei e olhei para ele que continuava me olhando friamente.

— desculpa a falta de educação, eu só acho que não é necessário tudo isso.— falei com vergonha de ter falado aquilo na frente do garoto.

— eu não me importo com nada que você fala, ao menos que meu pagamento caia todo mês.— ele falou e saiu do quarto ficando na porta.

Fiquei paralisada com sua grosseria, sua voz era tão vazia que senti um arrepio por todo meu corpo.

Depois de tempos alguns médicos vieram e me examinaram, falaram que no fim do dia eu já podia ir para casa.

Judith me ajudou a arrumar tudo para voltar para casa, ela ficou falando que sente muito e que não imaginava o quanto eu estava mal.

Já estava sem a roupa do hospital e parecendo gente novamente, estava segurando a única bolsa na qual Judith tinha trago para mim.

— então, já podemos chamar o táxi né?— perguntei para o guarda costas grosso.

Ele nem sequer me respondeu apenas saiu andando em direção a recepção do hospital.

— a Liv Brown do quarto 506 já está indo embora.— ele falou para a recepcionista que o entregou um papel.

Ele novamente começou a andar na minha frente e eu o continuei o seguindo.

— pera, você é meu guarda costas mas eu que estou atrás de você.— falei e ele parou.

— se souber para onde eu estou indo, fique a vontade.— falou e cruzou os braços.

Dei de ombros.

— tudo bem, pode ir.— falei e ele revirou os olhos voltando a andar.

Ele parou quando chegamos em um carro, era preto e bem bonito pra falar a verdade, ele o destrancou e entrou no banco do motorista.

Ele tem idade para dirigir?

Fui até o banco de trás e fechei a porta olhando para o garoto.

Ele começou a dirigir e depois de longos minutos em silêncio pude perceber que aquele não era o caminho da minha casa.

— não sei se minha vó te passou a localização certa, mas esse não é o caminho da minha casa.— falei me aproximando do garoto.

— a senhora Kim achou que seria melhor você não ficar na sua casa antiga, ela sabia que não iria querer morar com ela e achou melhor comprar um apartamento para você.— ele falou sem deixar de olhar para a estrada.

— e eu vou poder morar sozinha?— falei feliz por um lado.

— claro que não, a sua babá Judith vai morar lá e eu também.— falou.

— a Judith não é minha babá, pera você?— perguntei.

Minha avó tá doida só pode.

Ele me ignorou por completo.

Mason parecia um IA, responde tudo formalmente e se for perguntas que ele não tá programado para responder ele só ignora, garoto estranho.

Pra falar a verdade é bem estranho um guarda costa da minha idade, mas se minha avó o contratou ele deve ser um dos melhores em seu trabalho.

Vou tentar continuar destruindo minha mente até o enterro, não gosto de chorar e nem de lembrar de coisas que me fazem chorar. Ver meu pai morrer na minha frente foi um trauma enorme certamente.

E sei que seu enterro vai ser o momento na qual todas aquelas lembranças virão a tona, e não sei se estou preparada para me despedir para sempre.

MY GUARD | MASON THAMESOnde histórias criam vida. Descubra agora