🔸️FINAL🔸️

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🔸️Eros

Já havia sentido a forte dor da morte de Azriel passar por meu coração, estava consumada a sua existência. Durante os anos miratis que lutei contra Morgorth nunca usei tanto poder, sem que no nosso mundo houvesse passado mais quw algumas horas. O ser maligno se alimentava cada vez mais de ambição e dor e eu sabia que estava fraco para derrotá-lo, sabia que os mortais estavam perecendo e caindo em derrota diante dos exércitos de Morgorth na terra. Por mais que os Olimpianos e semideuses houvessem vencido os generais de Morgorth, os seus exércitos eram muitos e os nossos estavam cansados, eu deveria vencer o senhor do escuro a todo custo e salvar o máximo de pessoas possíveis.

Parece cansado, sensei! Ele disse enquanto eu estava parado em um lugar do campo de batalha.

Nem um pouco. Eu falei enquanto buscava o máximo de ar possível e ele me olhava com desprezo sem igual.

Deu seu poder para os Olimpianos, entendo. Preferiu dar a eles e se matar aqui, não foi? Ele matou a charada em menos de minutos.

Minha morte não importa, morrerei aqui, mas levarei você junto a mim! Eu disse investindo contra ele com minha espada que foi barrada pela sua, nos encaramos por alguns segundos antes dele lançar uma enorme escuridão sobre mim e eu a repelir com uma bola de fogo.

Sensei! Eu não vim aqui para vê-lo tão frágil mesmo sendo jovem, onde está o grande criador com infinitas reservas de energia? Falou Morgorth em bom estado.

Hum, viver me cansou muito meu filho. Mas me deu muita sabedoria. Falei segurando minhas adagas com mais destreza.

Um velho em um corpo de um jovem, quantos mandou para a guerra, mandou para a morte? Disse aos semideuses que suas vidas seriam perdidas? Pobres jovens. Ele disse entre dentes.

Eles são uma nova geração, que busca a paz e vão superar os seus pais! Eu digo a você, eles morrerão de bom grado pelos filhos de seus filhos, pela sua liberdade! Não vai ganhar essa guerra sem que antes eles deixem seu legado! Eu gritei com ele.

Legado? Que legado eles vão deixar, uma luta em vão, lutar por amor é uma tolice. Ele falou sorrindo com deboche.

Tolo é você que pensa que pode viver sem o amor, nem sentido isso tem seu tolo, acha que vai sentar no Olimpo e governar para sempre, jamais, você não aprendeu nem a primeira lição aluno burro, nada é para sempre. Falei o provocando.

Cale-se! Ele gritou entre dentes, eu poderia estar mais frágil, mas eu sabia mexer com a cabeça dele e eu sabia muito bem disso.

Sua ambição vai acabar aqui hoje, vamos parar com essa conversa fiada. Falei enquanto bocejava.

Vai morrer aqui velho imundo. Ele disse passando a adaga em minha garganta e eu me desfiz em pó e logo apareci em cima dele lançando uma bola de fogo que consumiu tudo, quando ele saltou e me segurou no ar foi o momento propício de dar um soco na sua cara que o fez cair no chão e sair bolando.

Chegando perto dele vejo que ele está se levantando com seu rosto sangrando, então ele se despede de sua aura de um deus e se transforma em sua aparência real dando lugar a uma coisa horrenda. Agora estava feito, a luta de verdade iria dar início então logo mudo para minha aparência selestial, dando lugar a um ser de dez mil asas e feito luz, avançamos um contra o outro e o impacto faz com que as ondas de som destruam os desertos.

Grande foi a nossa peleja por aquele tempo, mas eu sabia que ele estava prestes a me vencer e se isso acontecer todos estaríamos condenados a escravidão e isso me fazia tremer de medo. Por isso enquanto nos atracamos em forma de bestas eu olho em seus olhos escuros e vejo o quão estragado ele está, e pensar que um dia ele foi um menino bom.

Vejo quando as suas trevas crescer cada vez mais criando criaturas poderosas que então imvade os mundos em hordas de destruição, vejo os deuses lutando junto aos seus povos enquanto que os exércitos de Morgorth os encurralando no Olimpo, as suas últimas esperanças. O mundo humano a lua virou sangue, as estrelas caíram dos céus e o sol escureceu.

Eu venci, agora morra! Falou Morgorth e eu sinto a suas trevas atravessarem a luz me cortando no centro de meu peito e a vida se esvair de meu peito, enquanto perco as forças ainda vejo a face de uma criança, o que um dia ele foi, quem ele amou e o quanto eu o amei como um filho meu, a dor de ver que falhei com ele me corrói, mas eu tenho que fazer o certo.

Assim em meu último suspiro de vida solto minha essência na forma de uma bela estrela que vai sumindo, brevemente eu olho por ela e vejo o meu corpo caído morto no chão e ele me pega com cuidado. O recolhe e o leva aos deuses que choram a morte, a minha morte, Apollo e Ares se desesperam, os seres temem a escravidão.

Mas enquanto os do mal festejam e colocam correntes, o mal de fato reinou por anos e ele se sentou no Olimpo, pelos domínios dele muitos foram mortos e sobreveio trevas nos mundos, mas eu recuperava as forças em secreto. Eles pegaram o meu corpo e o empeduraram nas portas do Olimpo em uma estaca alta onde davam risadas de deboche e escarneciam me chamando de o grande Rei, essas coisas duraram três mil anos.

Mas então eu senti que houve amor novamente na terra, no coração de um jovem rapaz de cabelos prateados e cuja curiosidade pelo fogo o fazia especial, ele era um escravo. Foi com a força daquele pequeno ser mortal que eu acordei do meu profundo sono e rompi os mundos em uma forte luz que estremeceu tudo. Surgi diante do Olimpo arrombando as suas portas e os terremotos fizeram jus a minha força.

Quando as portas foram ao chão vi a grande festa e do qual Morgorth sentava em seu trono, com seus olhos assustados os olhei no fundo e como o ser que eu era brandi, todos eles foram levados ao chão subjugados como serpentes reconhecendo a derrota, os destronei e os esmaguei sob meus pés.

Fui a Morgorth e o peguei o encarando com vitória e o joguei no estrado do tártaro, porém eu vi que aquele lugar não o poderia conter, era fraco de mais para o seu poder, pois então eu o lancei na terra e o fiz atado o seu espírito a um lugar imundo que reservava a sua alma e matei seu corpo físico. Aos seus Demônios eu os esmaguei com minha mão e os lancei nas serpentes da terra, os humilhando como eles deveriam ser, ali seria o seu tormento.

Peguei a chave dos calabouços e libertei todos os seres e os fiz livres de novo, a vitória do amor sobre o ódio foi consumada, a vida venceu a morte e a esperança venceu as trevas. A glória reinou em fim, juntei meus amados e fomos para a terra, jurando guardá-los de Morgorth e sua fúria, para todo o sempre a luz aprisionando o mal.

A ORIGEM DE EROS [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora