A revolta de Dois

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A revolta de Dois; por Yanmei Alam Mo.

Duração: sessenta dias.
Contagem oficial: 11.986 mortes.
Contagem estimada: 14.601 mortes.
Presos: 213.
Vitória: Império Gao.

A revolta de dois foi iniciada pela duquesa Misaki Saito e pelo principe Kaito Gao, irmão do Imperador Gao Guajun.

Durante a confraternização anual do Imeperio Gao a duquesa de Berldeng foi encontrada ao lado do corpo sem vida de um diplomata de Palgan Tib, e apesar das consistências de seu álibi, no momento em que o Grande Mago Merlim foi convocado para averiguar a situação, a farsa foi descoberta.

O Imperador ofertou uma rendição pacífica depois desse assassinato político, dando ordem de exílio para a duquesa e o próprio irmão. Porém os traidores não se demoraram muito e fugiram, dez dias depois, uma missiva chegou a Fortaleza, anunciando os termos e condições para um acordo entre os traidores e o Imperador. O conteúdo da mensagem só ficou entre o próprio imperador e seus conselheiros, mas foi o bastante para ele dar a ordem: Dos quatorze reinos, sete mandaram tropas com mil soldados imediatamente para as fronteiras de Berldeng Bundok, fazendo um cerco nas montanhas do Sul.

Porém dois exércitos com somatória de 20.000 soldados vindos de Haneul e Kasukalan cercaram as tropas do Imperador. Então ele mandou três de seus generais para negociar com os dois exércitos e fazê-los desistir de se aliar a traidores e arrastar suas casas e nomes para a ruína e desprezo social.

Entre os três generais estavam a princesa Hua, segunda filha do Imperador, o lorde Wei e a lendária guerreira Mulan. Ao final daquele dia, os exércitos permaneceram firmes e não mudaram suas posições. Na manhã seguinte uma batalha começou.

Três dias se seguiram com uma luta interminável, e mais duas casas se aliaram á causa dos traidores, o povo das montanhas de neve e o povo das savanas trazendo consigo 8.000 soldados. Um armistício de dois dias para retirar os mortos do campo de batalha e tratar os feridos começou, e novamente a princesa Hua tentou negociações, dessa vez, acompanha de seu dragão, a wyvern cinza de nome Lua, tão adulta quanto sua senhora e assustadora o suficiente para fazer o grupo traidor desistir da batalha.

Mas um dos lordes das montanhas de neve, revoltado com a audácia da princesa de aparecer com sua dragão, relembrou a lei 14 da constituição do império. Qualquer guerra entre o próprio povo não deve ter a participação de nenhum dragão, apenas quando o número de baixas em cinco meses tiver ultrapassado sessenta mil os dragões poderão entrar em batalha. A princesa Hua disse que apenas estava com sua dragão como transporte, não para guerra, mas as notícias já haviam chegado no príncipe traidor, e quatro dias depois, quando a guerra recomeçou, o dragão amarelo de Kaito Gao subiu aos céus, saindo das muralhas de Berldeng e queimando grande parte do exército de seu irmão.

A princesa Hua e sua montaria entraram em combate contra o traidor e seu dragão, mas depois de várias horas duelando, os dois dragões se afastaram, machucados e cansados, tal qual seus montadores e a guerra acabou por aquele dia.

Quando o relatório da batalha chegou nas mãos do imperador, ele mandou seus três filhos para ajudar a princesa, o príncipe Cam, a princesa Nao e o príncipe Ryu foram com seus dragões para a região de Berldeng. Os últimos dois reinos se juntaram a batalha, somando 19.000 soldados para o Império Gao. Apesar da desvantagem numérica, o poderio de fogo estava nas mãos do Império Gao.

O príncipe Kaito já havia lutado em batalhas antes, inclusas o período da Grande Queda, mas era apenas um cavaleiro de dragão contra quatro. A jovem realeza no entanto, apesar do árduo treinamento para batalhas, era inexperiente no quesito de guerra de dragões, e foram necessários dois para enfrentar o príncipe traidor.

Durante cinco dias, a batalha perdurou, o exército dos traidores foi dizimado pelo wyvern verde da princesa Nao, mas o príncipe Ryu, com seus treze anos, negociou a rendição das casas traidoras e evitou mais mortes. Nos céus, um grande borrão amarelo acompahado de dois borrões menores, um cinza e outro marrom lutavam incansavelmente. O verme amarelo de Kaito, Ybur abocanhou o pescoço da dragão Lua, enquanto arrancou o olho do dragão do príncipe Cam, que desceu acanhado para o chão.

Em um segundo, parecia que a batalha nos céus seria perdida, então a lateral esquerda do verme amarelo foi queimada pelo dragão vermelho do príncipe Ryu, a princesa aproveitou o momento para libertar sua montaria e a corajosa Lua abocanhou de volta o pescoço de Ybur, o príncipe Ryu continuou contornando e queimando o wyvern amarelo, permitindo que a irmã pulasse de um dragão para o outro e incapacitasse o tio.

A revolta de dois terminou naquele dia.

A duquesa Misaki morreu durante a batalha, enquanto liderava um dos flancos, mas o príncipe traidor foi levado a julgamento e julgado culpado, sendo executado cinco dias depois do final da batalha. As casas traidoras receberão punições de embargos econômicos de cinco anos, e os principais apoiadores foram presos.

Não se descobriu a real motivação da rebelião, mas acreditasse que inveja e insatisfação com o governo do Imperador tenham despertado a revolta.

Nenhum aerio foi convocado para a guerra.

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