Capítulo 2

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Capítulo 2

Moriel ainda estava a pensar na melhor estratégia para deixar Melkor mais calmo, quando o vala simplesmente se levantou e se preparou para sair.

- Eu vou achar Mairon, ou vou quebrar toda Arda outra vez! Ora se não vou!

- Acalme-se, meu pai! Vamos pensar numa solução.

- Eu não quero pensar em nada! Quero ir atrás do Mairon!

Enquanto o maia ainda tentava conter o pai, viu pela porta de casa já entreaberta uma turba vindo em direção à casa. Antes de averiguar o que era, decidiu tirar satisfações com o vala:

- Meu pai, por acaso andou aprontando alguma?

- Ahn... eu destruí os Niphredil da Lúthien. Mas só porque ela não quis cantar no meu casamento!

Moriel revirou os olhos novamente, como sempre fazia quando lidava com as trapalhadas do pai.

- Tem que se controlar mais.

- E como é que vou me controlar com esse povo me hostilizando?!

Antes que Moriel pudesse responder, a turba enfim chegou até eles. Nela estavam naturalmente Lúthien, Tulkas, Feanor e mais um pessoal aleatório que conseguiram juntar antes de ir ao encontro do vala baderneiro.

Moriel se ofereceu para intermediar a situaçãp, já que era bem mais calmo e racional que Melkor.

- Meus senhores, eu sei que-

Sem deixá-lo terminar de falar, Tulkas já foi tomando a palavra:

- Seu pai foi importunar Lúthien em seus jardins, sem ter sido convidado. Já nos é difícil ter aceitado que vocês foram perdoados e permitidos de viver em Valinor outra vez. Tê-los invadindo nossas residências é horrível!

Melkor fez cara feia e replicou:

- Pois se ela mesma invadiu minha fortaleza a fim de me roubar há séculos atrás...

Feanor, o qual mal se segurava, disse a ele quase gritando:

- Você que me roubou primeiro, seu traste!

Tulkas os interrompeu.

- Não falemos das águas passadas, pois sim? O problema é o agora. Melkor foi até os jardins de Lúthien e destruiu seus Niphredil. Acha que está certo isso, seu arruaceiro?! E você, Moriel, nem para deixar que seus pais se comportem ao menos de uma forma civilizada!

- Eu sou obrigado a conter meus pais?! Agora sou guardião deles?

Melkor interrompeu ao filho:

- Olha, o negócio é o seguinte: eu fui lá pedir pra ela cantar no meu casamento com Mairon. É, porque a gente se casou em Angband na primeira era, mas o sonho de Mairon era casar de dourado em Valinor. Então a gente ia confirmar os votos de casamento por esses dias. E ela se negou!

Tulkas retorquiu:

- E ela é obrigada agora? Só porque não quis ir cantar na porcaria do seu casamento, você tem que destruir os Niphredil dela?!

- É que ninguém me aceita nesse negócio! Oras, o próprio Ilúvatar me perdoou e eu tenho que ser rechaçado pelos demais! Por que não posso ter uma vida normal, como todo mundo?

Moriel olhou torto para o pai. E em seguida respondeu:

- Porque não se comporta de uma maneira minimamente decente?

Melkor respondeu de forma indignada:

- Até tu, Moriel, meu filho! Eu não sou indecente! Sou apenas... um pouco excêntrico!

Apertem os cintos: a Catitah sumiu!Onde histórias criam vida. Descubra agora