A não escolhida

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Na casa velha, piso velho, escutava passos vindo ao quarto; seria Algust ou Matthew? Não, era Margareth que estava acordada.

Ela agarra meu pulso.

- Me solta, se não eu vou gritar. - digo enquanto tento me soltar.

- Vá em frente, grite, rolê no piso de madeira velha. - Falou me arrastando para fora de quarto.- Mais claro do que eu havia deixado para você ficar longe das escadas só água, e mesmo assim me desobedece.

- Você não manda em mim. - Cravo as minhas unhas em sua mão.- Você obedece a mim, eu sou a dona disso daqui!

- Eu obedeço a senhor Miller. - abre a porta do escritório dele.- vamos ver o que ele acha sobre isso.

- O que aconteceu?- Dizia Algust, Matthew não estava mais lá.

- Me solta! - cravo com mais força a minha unha em sua pele.

- Temos uma intrusa senhor Miller.

Minhas unhas estão cravadas na pele de velha dela, estou colocando toda a minha força nela, mas nem se quer a faz abalar, Margareth nem liga, Algust percebe e me olha confuso, ele deixa de lado o papel que estava em sua mão e passa as mãos nos cabelos.

- Senhorita Margareth, está machucando a minha esposa!

- Não a irei soltar até que ela esteja em seu quarto já de olhos fechados suspirando e sonhando.

- SENHORITA MARGARETH- grita, e da um longo suspiro para se controlar.- Isso não foi um pedido, foi uma ordem.

- Senhor Miller...

- Não vejo o porquê de "senhor" se não me obedece; senhorita Margareth, está aqui pra cumprir ordens, não?

Ela saiu intimidada, Algust a intimida, sua voz rouca me deixa intimidada, queria ter esse poder, assim ninguém me machucaria.
Ela saiu, me deixou sozinha com Algust em sua sala.

Ele caminha em minha direção, pega na minha mão.

-Está tudo bem?- fala observando o meu pulso.

- Está tudo bem, eu tenho que descer e ir dormir.

- Aurora... por que deixa as pessoas entimidarem você?

- eu não sei... Não tenho culpa.

Ele me olha nos olhos

- Talvez seja por que tem esse olhar.

- Que olhar? - Desvio meus olhos dos dele, mas ele não faz o mesmo.

- Esse olhar de criança frágil e doce que não conheceu o mundo.

- Ela era linda...-tento mudar de assunto enquanto Algust chegava cada vez mais perto.

- Ela quem?

- Evangeline...

Algust me olha triste e feliz? Como pode estar triste e feliz ao mesmo tempo? Talvez esteja triste por ter perdido alguém que ama, ou feliz por terem vivido felizes juntos, mesmo que não tenha sido por muito tempo?

- Aurora... ela se foi a tanto tempo

- Eu também perdi alguém que eu amava muito...

- Ele?

-Sim... preciso dormir esta noite.

- Não vá.

- preciso dormir Algust, tenha uma boa noite.

Abro a porta.

- Quando conheci Simon e seu pai, eu já era homen feito, Simon e ele a guardavam as sete chaves como se fosse um baú cheio de jóias. Não sabia sobre sua existência, só soube de você quando o seu pai me trouxe a notícia de ele tinha partido. E que eu a desposaria, e claro que neguei você ainda era só uma criança e ao meu ver ainda continua sendo. Eu neguei com todas as minhas forças no túmulo de minha falecida amada de que de novo amaria...

Bloond Color RedOnde histórias criam vida. Descubra agora