Encontre-me em nosso lugar

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(19 anos atrás)

O verão em Inazuma é quente, não tão quente quanto Sumeru ou Natlan graças às diversas chuvas da estação, as famosas chuvas de verão. Nesta época Ei gostava de treinar nas florestas do monte yougou, perto do santuário narukami, pois ela gostava bastante de ficar sozinha e do som das árvores e das gotas de orvalho. Ei sempre teve uma força fora do normal, então gostava de atividades que a deixassem extravasar essa força, como o kendo e outras artes marciais. Em uma tarde calma, após suas horas de treino, ela foi com sua irmã até o monte yougou, encontrar sua amiga Saiguu, porém Ei preferiu ficar um pouco sozinha para descansar da atividade física exaustiva, se deitando na grama perto de árvores. Um passarinho pousa perto de seu rosto.
-Oi, passarinho- Ei diz. Ela não sabia o porquê dos pássaros e alguns animais gostavam tanto dela, ela acha que é porque ela era tão estoica e séria quanto uma planta, então eles não sentiam medo dela. Algo faz barulho na mato, então o pássaro voa para longe. -Hum?- Ei olha para a direção para de onde veio o barulho. Aquela região tinha muitos animais selvagens, como cervos, tanukis, gatos selvagens, javalis e até ursos. Ela ficou um pouco alerta, mas fica em silêncio. Então, algo se revela entre os arbustos. -Oh...- Uma... Pequena raposa, mas esta era diferente de qualquer outra que Ei já havia visto, parecia ser jovem, pelo tamanho. A pequena raposa percebe que a humana a notou, as duas se encaram levemente, mas logo a pequena raposa vira suas orelhas para trás e foge para dentro do mato novamente. Ei então se levanta, aquela de longe foi a maior surpresa de seu dia. Logo, ela voltou para encontrar sua irmã e Saiguu no santuário, ainda um pouco mexida pelo o que tinha a visto.
-Eei! Ei!- Era Makoto, sua irmã, a chamando.
-O que foi?- Ei pergunta, sua irmã parecia bem animada com alguma coisa.
-A Saiguu, não é a única!- Makoto diz. Ei de primeira não entende e fica confusa, mas logo sua irmã a puxa pela mão a levando até Saiguu.
-Oh, Ei, você está aí- Saiguu tinha achado que ela já tinha ido embora.
-O que tá acontecendo?- Ei questiona.
-Conta pra ela, Saiguu- Makoto pede.
-Bem, em uma dessas minhas caminhadas pala chuva, acabei descobrindo uma grande surpresa- Saiguu diz ascendendo seu kiseru. -Achei outra kitsune, como eu- Saiguu diz. Ei arregala os olhos.
-Que?! Mas, você disse que era a última, desde que as outras se tornaram pedra- Ei diz.
-Pois então- Saiguu se senta perto a frente delas. -Era o que eu pensava também- Ela diz, logo sentindo algo se agarrando em sua cauda. -Falando nela- Saiguu mostra sua descoberta.
-QUE GRACINHA!- Makoto diz ao ver a pequena menina kitsune. Ei liga os pontos em sua cabeça, a raposa que havia visto mais cedo, era aquela garotinha. A menina por sua vez, mostra desconfiança perante as duas.
-Qual o seu nome?- Makoto pergunta. A garotinha não a responde. -Ela sabe falar?- Makoto questiona Saiguu.
-Sabe sim...- Saiguu diz. A pequena Kitsune sai dali. -Mas é desconfiada e arisca como um gato de rua- Saiguu diz deixando a pequena ir embora. -Segundo ela, ela tem uns 5 anos- Saiguu continua a explicar a situação. -A encontrei perdida no monte yougou... E de cara soube que se tratava de outra kitsune- Ela ri. -Mas não foi apenas isso que me surpreendeu, ela também é do Clã Hakuchin, como eu- Saiguu diz.
-Como sabe disso?- Makoto pergunta.
-As kitsunes do Clã Hakuchin tem certas marcas e desenhos em sua pelagem- Saiguu diz as mostrando imagens de um livro, que ela tinha por perto. -Não sei ao certo nosso grau de parentesco, mas... Estou tão feliz por não estar mais sozinha- Saiguu diz com um sorriso de alívio.
-De onde ela veio?- Ei finalmente pergunta algo depois de processar tudo isso.
-Bem... Eu a perguntei sobre seus pais, ela disse que não os conhece, tudo que ela me disse é que estava me procurando e decidiu vir até o santuário, aparentemente quer ser uma grande kitsune como eu- Saiguu explica como a encontrou. -Mas ela sabe falar e é bem inteligente, então foi sim criada por alguém- Saiguu diz. -Tudo que sei agora, é que tenho o dever de a proteger e tutelar- Saiguu naquele momento assumiu aquela responsabilidade para si, como uma obrigação. -Estou tão feliz... Em saber que podem existir outros por aí- O maior medo de Saiguu sempre foi que o legado do Clã Hakuchin e da história das kitsunes acabasse com ela, agora ela tem esperança de que existam outros além dela e agora ela tem a oportunidade de passar o legado dos Hakuchin para frente.
-Qual é o nome dela?- Ei pergunta.
-Miko- Saiguu lhe diz. -Yae Miko- Ela complementa.

Vivendo o amor humano (Modern AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora