𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 Ⅰ

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O barulho da tempestade ecoava meus ouvidos fazendo eu sentir um enorme frio na barriga

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O barulho da tempestade ecoava meus ouvidos fazendo eu sentir um enorme frio na barriga. Os relâmpagos acompanhados de um vento forte, traziam dificuldade para os carros que habitavam a estrada. Um desses carros, era o da minha família.
Estávamos eu, minha mãe e meu pai indo passar o natal na casa da minha avó no interior. Mas naquela noite, a chuva nos surpreendeu. A tempestade estava tão forte quanto os batimentos cardíacos dentro do meu peito.

── Querido, vamos parar um pouco, a chuva está muito forte. ──  Minha mãe falava para o meu pai pela segunda vez.

── Já estamos perto, só mais um pouco. ──  Meu pai respondeu.

De repente, só ouvi um barulho enorme e meu corpo se chocar contra o banco da frente do carro.
Abro meus olhos e vejo uma ambulância e bombeiros colocando meus pais em uma maca. Meu corpo estava gélido, eu não conseguia me mexer. Não sentia minha perna direita. Não entendia o que estava acontecendo.

────   horas depois.

Eu acordei deitada sob uma cama de hospital. Sentia uma dor de cabeça e minha perna doía também. A primeira coisa que veio na minha mente foi: Cadê meus pais?
Chamo imediamente por minha mãe até uma enfermeira chegar.

── Calma, senhorita Jennie!──  A enfermeira me falava descobrindo minha perna que estava muito inchada.

── Cadê minha mãe e meu pai? Cadê eles? ── Questiono nervosa com a situação.

── Eles estão bem, estão em outro quarto, não se preocupe! Agora não se mexa, preciso cuidar da sua perna. ── A enfermeira afirma e eu sonolenta jogo minha cabeça na cama e acabo dormindo.

────  Dia seguinte

Os médicos me disseram que o acidente de carro fez com que eu quebrasse uma das pernas. No primeiro momento eu fiquei muito nervosa, pois o que eu mais amo fazer é dançar, e não iria mais poder fazer isso por algum tempo. Depois, eu fiquei mais calma, agradecendo por não ter acontecido coisa pior comigo e com a minha família.
Meu pai havia machucado as costas, mas já estava estável. Minha mãe bateu o rosto e teve alguns ferimentos, mas também estava estável. Eu não podia andar, então estava na cama internada no hospital até poder receber alta.

Olho para o outro lado do quarto, e vejo um garoto de cabelos escuros meio ondulados, magro e de pele um pouco pálida. Ele estava com fones de ouvido. A música estava tão alta que eu poderia ouvir a calma melodia de jazz.

── Você vai acabar ficando surdo. ──  Falo sozinha pensando que o mesmo não havia ouvido.

── Oi? Ah, surdo não! Jazz é terapia para os meus ouvidos.──  O garoto fala olhando pra mim sorrindo.

── Também gosto de jazz. ──  comento tentando me distrair da situação do hospital.

── É o melhor gênero musical, não é? ──  O garoto fala animado.

── Humm.. acho que eu ainda prefiro pop ou rap. ── Falo com um sorriso tímido.

Olho então para o garoto e percebo que ele não tem nenhuma mão ou perna, ou qualquer outra parte do corpo quebrada. O que será que ele faz aqui?
Ignoro esse pensamento e pego meu celular que não mexia desde o ocorrido. Vejo algumas mensagens e decido tirar uma foto na cama do hospital, somente para registrar.

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