Relatos - Terror Horror

Alycce

Alycce Dinsuy era uma garota de 11 anos quando sua mãe faleceu de câncer bacteriano. A partir daquele dia ela viveu com seu pai carinhoso em Idaho, Estados Unidos.
Seu pai era Marck Dinsuy, trabalhador de uma fábrica de móveis para casas, conhecido por sua gentileza e caridade.
Os anos se passaram e Alycce começou a estudar no ensino médio local de Idaho, com 16 anos, e também entrou para o curso de balé.
Em uma terça-feira dia 6 de março, Alycce estava em sua aula de português quando foi chamada na diretoria.
Ao chegar lá, Alycce recebeu a terrível notícia:

Seu pai havia falecido em um acidente com a máquina de triturar madeira.

Então ela se tornou órfã.

Alycce voltou para suas aulas, tentando controlar o choro, mas dava para ver em sua expressão, a tristeza e o desespero. Seus olhos azuis arregalados e vermelhos davam a sensação de que algo havia morrido dentro dela.
Assim que a escola acabou, Alycce voltou para casa para pegar suas coisas e ir para o orfanato em que foi colocada, pelo colégio.

O que aconteceu no orfanato é desconhecido

Dois dias se passaram desde que Alycce foi para o orfanato.
Naquele dia, ela teria uma apresentação do balé, no teatro local.
Ela se arrumou e foi até o teatro, de maneira nenhuma sua expressão havia mudado, ela continuava com a expressão de morte.
Ao chegar no teatro, foi levada aos bastidores, onde ficam os artistas.

O que aconteceu nos bastidores é desconhecido

Alycce então entrou no palco, mas seu rosto estava manchado de lágrimas.
Ela olhou para um certo assento, um lá no fundo, um que estava reservado para seu pai, e viu.... Seu pai estava lá.
Não o corpo, pois ela sabia que estava enterrado a 10 palmos a baixo da terra, mas a alma....
Os mesmos cabelos, o mesmo rosto....
Os mesmos olhos.....
Era seu pai....
A alma dele....
Alycce começou sua dança chorando mais e mais.
Piruetas, pliés, jetés, todos feitos envolvidos em lágrimas.
Alycce dançou até o meio do palco, e levantou os olhos para a alma de seu pai.
A alma havia sumido.
Ela parou no meio e olhou pela plateia procurando a alma dele.
A plateia estava aplaudindo ruidosamente. Mas então, um grito foi ouvido.
Uma senhora estava apontando e gritando para a cabeça de Alycce.
Alycce nem percebeu, ainda procurava desesperada por seu pai.
E então...
Um holofote caiu em cima de Alycce, prendendo ela ao chão.
Ela estava morta e todos sabiam.
A confusão foi feita, todos tentavam sair daquele local ao mesmo tempo, enquanto sangue escorria por de baixo do holofote.
O holofote era grande, cobriu o corpo inteiro de Alycce.
O sangue que escorria provavelmente era o da cabeça dela.
Todas as pessoas conseguiram sair do teatro, e uma ligou para a polícia.
O local foi rodeado de policiais.
Todos que estavam lá ainda, eram quem estava nos bastidores, nas coxias, na sala de máquinas e a vítima.
Entraram então no teatro.
Três policiais foram até os bastidores e coxias, dois até a sala de máquinas, e um policial foi até o palco.
O que foi no palco viu o holofote, e o sangue de Alycce. Ele parou vendo todo aquele sangue escorrer .
Então, chegou até ali os policiais que foram nos bastidores e nas coxias.

- senhor, ela não foi a única. Todos estão mortos. Nenhum sobrevivente nos bastidores e nas coxias. Foram mortos através disso.

Ele levantou um pedaço de vidro escuro e cheio de sangue.
Chegou também o que foi na sala das máquinas.

- senhor, ele foi morto também. Seus olhos e garganta foram perfurados com isso.

Ele mostrou um pedaço idêntico ao primeiro, também sujo de sangue.
Então o policial decidiu retirar o holofote de cima do corpo de Alycce.
Assim que retiraram, viram que Alycce...

Não

Estava

Mais

Lá.

O corpo havia sumido, mas o sangue continuava a escorrer.
Então se ouviu um choro amargo e depressivo no final do teatro.
Os policiais olharam para trás e viram...
Alycce estava lá.
Seu vestido rosa estava manchado de sangue, seus cabelos castanhos também estavam manchados.
De seus olhos escorria sangue em forma de lágrimas.
Um de seus pés estava quebrado.
Ela chorava, mas seus olhos não eram visíveis.
Ela segurava um pedaço pontudo de vidro preto... Igual ao que matou os outros.
Então....
Ela sumiu.
Os policiais em choque não conseguiram dar nem um passo por um tempo, estavam suando frio, com os olhos percorrendo todo o teatro freneticamente.
As buscas começaram.
Ela era procurada, por ser a possível assassina dos dançarinos.
Ela nunca foi encontrada.
Pessoas afirmam ter visto ela em teatros velhos e abandonados.
O tempo passou e a única pessoa que havia visto ela era um dos policiais. Ele já estava idoso.
Decidiu procurar no teatro onde ela apareceu primeiro.
O teatro estava abandonado a muito tempo...
Ele entrou e se sentou em uma cadeira na última fileira.
Ele então ouviu um choro amargo.
Ele arregalou os olhos e limpou seus óculos.
Encarava o palco onde a tragédia tinha sido armada.
Começou a suar frio e tremer.
Não conseguiu reagir, apenas encarava.
Alycce dançava no palco.
Estava do mesmo jeito que ele se lembrava.
Dançava chorando.
Então parou no meio do palco e encarou ele.

Morto.

O policial foi encontrado morto jogado na calçada na frente do teatro.
Poderia ter sido pela idade.
E Alycce nunca mais foi vista.
Mas todos sabem, ela está a solta.
A última vez que foi vista foi em 7 de maio de 2006, em Montana.