Paulo

20 5 42
                                    

( meu tio)

Ele era uma criança normal, mas ninguém havia percebido que ele tinha problemas mentais.

Um dia, ele saiu do quarto dele e viu sua mãe, mas não a reconheceu.
Então avançou e a enforcou.
Ela se debateu e foi empurrada contra a parede ainda sendo enforcada.
Quando parou de se mecher, tio Paulo a soltou.

Quando ela caiu no chão, voltou a se mecher, tentando respirar e sair daquele local.
Mas então tio Paulo pegou álcool na cozinha e fósforo.
Jogou na mãe e a incêndiou.
A casa pegou fogo e a mãe foi queimada viva.

Tio Paulo foi levado para o Instituto ECA, e foi condenado a prestar serviços públicos. Isso foi quando ele tinha 14 anos.
Quando cresceu, foi escolhido para trabalhar no Metrô-DF.

Lá conheceu meu pai e minha família, inclusive eu.
Como era muito próximo do meu pai, eu chamava ele de tio.
Depois de dois anos no Metrô, foi mandado embora.
Continuamos a nos ver.

Ele começou a namorar e teve um filho.
Um dia, seu filho tinha 1 ano e 11 meses na época, ele decidiu dar "um susto" na mãe do garoto, e o envenenou.
O menino morreu em agonia.

Por ser maior de idade, tio Paulo foi preso. Na cadeia, pouco tempo depois de ter matado seu filho, ele se matou com um tiro na cabeça, dentro da prisão.

A mãe do garoto sumiu, e nunca mais tivemos contato com ninguém da família dele.
Ele era um psicopata, por estar em sociedade e ninguém perceber que ele era um assassino.
Convivemos por uns 4/5 anos juntos, ele vindo em meus aniversários, em nossa casa.

Seu nome?
Paulo Roberto de Caldas Osório.

Relatos - Terror HorrorOnde histórias criam vida. Descubra agora