la madre de todos los niños

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°° Especial de dia das mães!! °°

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María Méndez foi uma mulher que sozinha construiu seu próprio orfanato em Corunha, Espanha e que cuidou e educou mais de 900 crianças sem pais.

Com pele morena, olhos negros, cabelos longos prateados presos em duas tranças, um vestido longo e simples na cor branca, María Méndez não atraia as atenções para nada suspeito.

Mas uma das coisas que não é conhecido sobre María, era algo que um falecido " filho" dela denunciou para as pessoas após seus 79 anos.

Ele relatou que quando era mais novo, foi "salvo" pela madre María e foi levado para seu orfanato, que curiosamente sempre estava cheio de crianças.

Ele foi levado para um dos quartos em que só haviam duas camas, para ele começar a se acostumar com as camas e os quartos de lá.

Ele brincou o dia todo com as outras crianças, sempre percebendo que a Madre María nunca tirava os olhos dele e das crianças.

Ele nunca esteve sozinho com os seus  " irmãos", sempre a madre estava lá, em um canto olhando para eles e sorrindo macabramente.

Na hora do jantar, antes de dormirem, a madre chamou todas as crianças para uma salão extremamente grande cheio de mesas largas feitas de madeira.

A madre passava de criança em criança colocando sua comida em frente a seu prato, e colocando um " tempero especial" em todos os pratos.

Quando chegou a vez desse garoto, a madre encarando ele e sorrindo, colocou o prato na frente dele mas quando ia colocar o " tempero" uma garota da mesa de trás começou a chorar, e a madre teve que virar para trás.

Nisso, ele colocou um pouco do tempero na borda do prato, mas não na comida.

Quando a madre virou novamente para ele, ela perguntou

- eu já coloquei o tempero especial meu querido?

- sim, você já colocou. Derramou um pouco até nas bordas. - ele disse apontando para as bordas do prato.

- oh, sim, eu vejo. - ela disse olhando para ele e arregalando os olhos, se aproximou e sussurrou em seu ouvido - se você estiver mentindo, meu niño, você não vai ter uma noite muito boa. - seu sorriso aumentou e ela passou para a próxima criança.

Eles comeram a comida, com a madre encostada numa pilastra observando a todos e sempre parando por alguns segundos nele.

Após comerem, era a hora de dormir.

Todas as crianças foram para seus quartos, colocaram seus pijamas e deitaram, recebendo em suas testas o beijo de boa noite carinhoso da madre María.

Ele foi levado para um quarto onde só havia uma outra criança.

Ela colocou a outra criança para dormir, a beijou e imediatamente a criança bocejou e adormeceu.

A madre se virou para ele, o colocou na cama, e o beijou na testa.

Seu beijo era frio e sem amor.

Ela saiu do quarto andando de costas olhando fixamente para ele.

Ele se encolheu contra a cama quando a porta fechou.

Olhou para o teto, branco.

Olhou para os lados, brancos.

Olhou para a cortina, branca.

Se atreveu a olhar para a criança na cama a seu lado, a menina estava branca como cera. Parecia morta.

Ele se arrepiou quando sentiu estar sendo observado, olhou novamente ao redor da sala, e onde nada tinha, agora havia uma maca de cirurgia.

Ele se sentou, olhou para a porta que estava levemente entreaberta.

Ele engoliu em seco e se levantou, caminhou devagar até a porta e segurou a maçaneta.

A curiosidade o atingiu, ele colocou parte da cabeça para fora da porta.

Viu um corredor totalmente escuro e lá no final, um vulto branco com olhos negros arregalados o encarava.

Ele fechou rapidamente a porta e voltou para a cama correndo, se deitou e fechou os olhos com força.

Ouviu a porta abrindo, passos se aproximarem da cama dele e a voz da madre sussurrar novamente em seu ouvido.

- meu querido.... Eu sei que você não comeu a comida com o meu tempero.... Paladar exigente, não é mesmo? Eu sei também que era você na porta agora a pouco.... Eu o vi. É melhor dormir muito bem meu querido.... Você precisa de um bom sono.... Eu apenas queria cuidar de você.... Mas você não merece isso...

Ele suou frio, e continuou de olhos fechados.

Talvez tenha sido sua melhor escolha em toda sua vida.

Quando se sentiu mais calmo, abriu os olhos e não estava mais lá.

Estava em um campo deserto.

Olhou para si mesmo, nada faltava...

Existia apenas uma mudança, um pequeno corte formando um "X" agora existia em seu pulso.

A marca nunca mais saiu.

Ele garante que todas as vezes em que ia ao hospital e tinha que dormir, sentia a mesma respiração em seu pulso, e não conseguia abrir os olhos até de manhã, onde nada tinha no quarto além dele e de sua cicatriz.

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