Cap 3 - "The last goodbye"

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É estranho estar em uma sala cheia de parentes que nunca vi na vida. Se consolando ao lado do caixão de minha avó.

Tantos corações arrasados, lágrimas e soluços..

Tantos falsos.

Estou em um banco mais afastada, com meus pensamentos corroendo minha alma. Meu pai em uma cadeira ao lado do corpo dela, segurando sua mão enquanto milhares de lágrimas molham seu rosto.

Eu me recuso a ir até lá.. Me recuso a ter uma última visão dela desacordada.. Sem vida.

Isso me faz perguntar sobre meu avô que nunca tive a chance de conhecer.. Sera que eles finalmente se reencontraram?..

Meus "tios", vulgo pais de Henry até agora estão perplexos, desacreditados.. por que logo ela? Eles se perguntavam.

Que semana memorável não? Nem chegou ao fim e minha vida mudou completamente em um período tão curto...

Nesse tempo de três dias muita coisa mudou, e até sábado mudará ainda mais...

....

11/03/2016

Sexta-feira. Um dia antes do último adeus..

Eu e minha família, que agora se baseia em apenas meus pais, viemos para a casa dos Morgan.

O clima de luto ainda presente. Todos queriam que ela estivesse aqui.

Porém ela estava longe demais. Tão longe e inalcançável.. Não em nosso meio..

Entrei primeiro pela porta da cozinha e vi tia Lê debruçada na pia.

Vou sentir falta dela..

-Oi tia - dei um meio sorriso para a mesma - como você está?

-Melhor agora que minha menina chegou - ela vem e me abraça forte -

-Também sentirei sua falta.. - digo no ouvido da mesma com um sussurro. Como se me faltasse ar ao dizer -

Olho para meu lado e vejo tio David nos olhando com os olhos brilhantes:

-Vem - ele abre os braços e eu vou até ele - também sentirei sua falta pequena...

O resto da minha família entra pela porta e após o doloroso último cumprimento, eles começam a conversar sobre suas vidas e o quão difícil está agora.

Preferindo evitar mais negatividade para o dia de hoje, subi as escadas para o segundo andar onde tinha certeza que encontraria Henry.

Ao entrar em seu quarto, ele não estava em canto algum. Não o vi em sua cama, nem em seu banheiro, muito menos em seu closet.

Onde esse menino estava?

Fui para a varanda e de lá pude observar como o céu estava escuro, sem brilho.

Me identificava com ele..

Agora era final de tarde, nem havia mais resquícios de sol brilhando. Apenas nuvens grandes na cor cinza, espalhadas pelo céu. Enquanto uma leve brisa passa esfriando meu rosto descoberto.

A dança do destino - por martinxtp Onde histórias criam vida. Descubra agora