12° Lágrima

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12° Lágrima

Eu planejei chegar em casa e ter uma conversa bem séria com o general Kim, todos perceberam isso pois cada um correu para seu quarto com a desculpa de ter sido um dia bem cansativo

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Eu planejei chegar em casa e ter uma conversa bem séria com o general Kim, todos perceberam isso pois cada um correu para seu quarto com a desculpa de ter sido um dia bem cansativo.

Peguei os meninos e os levei para seu quarto, os três dividem um gigantesco quarto agora. Isso porque, segundo eles, o quarto era mais perto do meu e ficaria mais fácil e rápido para eles virem dormir comigo quando o pai não estivesse em casa. Fora que eu sempre passava no quarto deles para desejar boa noite e colocá-los para dormir com beijos na testa antes de ir direto para o meu.

Hoje não foi diferente, coloquei Soobin do berço primeiro. Ele estava manhoso por ter sido acordado na troca de colo para voltarmos para casa, então o deitei e comecei a fazer carinho em seus cabelinhos enrolados.

— Eu te amo muito, mon bébé. Durma bem.

Sussurrei beijando sua testa e sentindo uma sensação de paz ao vê-lo sorrir fraquinho antes de fechar os olhos pequenos, caindo no sono.

Me virei para a parede do lado oposto do berço e sentei na cama de casal do Woo e Jae, os gêmeos dormem juntos nela. Arrumei melhor o cobertor em seus corpinhos, faço carinho no cabelo do Eunwoo e o beijo na testinha.

— Eu amo você, mon cœur. Durma bem.

Sorri carinhoso para ele e antes que eu pudesse levantar para dar boa noite para seu irmão no outro lado da cama, ele segurou minha mão.

— Hyung… Somos mesmo monstros? Sabe… por sermos os únicos meio-sangue que sobreviveram até agora?

Seus olhinhos estavam úmidos e havia um pequeno bico em seus lábios.

— Nunca mais repita uma coisa dessas, fui claro? Nem você e muito menos os seus irmãos são monstros, vocês não sabem o quanto são especiais.

Fiquei os olhando firmemente, deixando explícito o quanto a menção daquilo me deixava bravo.

Suspirei e me deitei no meio dos gêmeos.

— Vocês sabiam que os humanos realmente existiram?

Eles me olharam com carinhas engraçadas.

— Pois é. Uma doença se espalhou pelo mundo e graças a ela os cientistas criaram o primeiro híbrido, um híbrido de coelho.

Eu ri quando seus queixos caíram de surpresa.

— Nessa época não existia a divisão de classes como hoje e todos os humanos o chamavam de monstro por ter o DNA de um animal. Ficou pior quando descobriram que o híbrido poderia se transformar em sua parte animal. Vocês me acham um monstro por poder me transformar em um coelhinho?

— Não! Você é normal.

Jae me abraçou enquanto negava com a cabeça.

— Acontece que todos os híbridos que se transformavam em seus animais morriam, foi assim que os primeiros vampiros foram criados. Eles eram tratados como monstros assassinos, que matariam tudo que tivesse sangue no corpo, mas eles eram só recém criados. E todos os recém criados têm muita sede de sangue nos primeiros dias, a culpa não era deles se eles não tinham alguém para ensiná-los a se controlar. Acham que algum dos tios ou seu pai são monstros por serem vampiros?

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