Aluga-se uma família

XXXII

- Amor, você pode me ajudar com uma coisa? - A voz de Giovanna estava longe, mas foi o suficiente para que Alexandre a escutasse do sofá onde lia um livro em seu momento de folga do trabalho e soneca do filho

- Claro - Alexandre respondeu se levantando e indo em direção à esposa - O que você precisa?

- Eu decidi esta manhã que queria pintar algo, mas assim que reuni todos os meus materiais, percebi que não queria pintar somente uma paisagem. Então, eu queria saber se você poderia - Ela parou enquanto corava levemente - Se você poderia posar para mim?

A imagem que passou por sua mente imediatamente era bastante suja e ele desviou o olhar para esconder o rubor enquanto ela olhava para ele ansiosamente - Claro Gica, sem problemas - Ele riu apreciativamente quando ela pulou de excitação e se jogou em seus braços

- Obrigada! Eu prometo que não vou fazer você ficar aí parado por muito tempo - Ela o puxou para frente da janela e o posicionou do jeito que ela queria. Ela voltou para o cavalete e começou a desenhar o contorno da figura dele. Ele sorriu enquanto ela a observava morder o lábio em concentração. Ele não conseguia acreditar como ela ficava incrivelmente linda quando estava tão absorta em alguma coisa

De repente, ela suspirou dramaticamente e cruzou os braços - Alexandre, acho que temos um problema

- O que foi, amor? - Ele respondeu imediatamente.

- Bem, a parede atrás de você é escura e sua camisa é escura e isso vai ficar horrível se eu pintar dessa maneira

- Então acho que não posso ser seu modelo hoje. Poxa que pena - Giovanna revirou os olhos enquanto Alexandre fingia decepção

- Não, você ainda pode ser o meu modelo, só precisamos ajustar um pouco as coisas - Ela caminhou até ele e colocou as mãos em seu peito. Ele sorriu para ela, mas depois ergueu as sobrancelhas surpreso quando ela começou a desfazer os botões de sua camisa

- Giovanna, o que você está fazendo - Ele perguntou nervoso - Estamos de frente para a janela

- Estou tirando sua camisa - Ela disse inocentemente - A cor da sua pele vai se destacar muito melhor no fundo - Ele suspirou e permitiu que ela tirasse a camisa e a colocasse cuidadosamente nas costas de uma cadeira. Ela caminhou de volta em direção a ele e ele rapidamente pulou quando ela tentou desabotoar as calças

- Giovanna! Alguém que está passando por ai pode me ver!

- Pudor essas horas, Alexandre? - Ela disse com o mesmo sorriso inocente - Nem parece que você é o homem que levava cada dia uma vadia nova pra ficar gemendo o seu nome para o prédio todo escutar

- Aquele homem casou e não quer traumatizar nenhuma pessoa que cresceu com ele nessa cidade. Aliás, você vai vender esse quadro? - Alexandre perguntou inquieto enquanto ela descia suas calças

- Eu não pretendo mostrar a ninguém. Eu apenas pensei em mantê-lo em algum lugar para eu olhar. Para meu... próprio prazer pessoal - Ele gemeu quando ela lambeu os lábios sedutoramente

Ela voltou para o cavalete e começou a trabalhar seriamente depois que ele cedeu e finalmente tirou toda a sua roupa. À medida que a meia hora seguinte avançava, Giovanna se concentrou em pequenos detalhes sobre o corpo e o rosto de Alexandre. Como os músculos de seu maxilar estavam travados. Era estranho vê-lo tão inseguro e desconfortável nos dias atuais, agora que a vida dos dois estava cada dia melhor, mas ao mesmo tempo parecia estranhamente familiar, como se ele só mostrasse esse lado vulnerável para ela. O que só a fazia amá-lo ainda mais

Como prometido, a pintura não demorou muito. Ela sorriu para ele enquanto acrescentava os últimos retoques finais. Ela recuou, olhou com atenção, acrescentou um último detalhe e depois olhou para ele - Pronto. Pode vim ver, Alê