Zona De Quarentena

Reencontro

Assim que aquele suposto líder tenta se aproximar novamente das garotas, Zack o golpeia na cara e o empurra com um chute. Nesse momento, seus colegas começam a apontar armas para nossa direção, que só foram parados pela ordem do mesmo que ainda estava chorando em nossa frente.
De repente, o líder começa a tirar as faixas de seu rosto até finalmente deixá-lo exposto por completo. Era Phelipe, que estava em prantos de tanto chorar por ter encontrado a gente novamente. Logo eles nos abraça fortemente, enquanto nós estávamos imóveis pelo choque de ver alguém que já tínhamos aceitado que estava morto.
Porém, logo o abraço é interrompido por Naty, que empurra Phelipe e puxa eu e Anne para dentro da sala de cuidados novamente. Naty começa a chorar e a bater em sua cabeça, dizendo que aquilo não poderia ser verdade, ela passou semanas tendo sonhos onde Phelipe estava infectados ou morto, e agora que ela se livrou desse tormento ele aparece em carne e osso. Eu e Anne abraçamos Naty enquanto choramos, pedindo para ela se acalmar e botar a cabeça no lugar, pois a pessoa que nós mais queríamos ter de volta estava do outro lado da porta.
Até que então, ainda chorando, Phelipe abre a porta, dizendo que passou esses meses se corroendo por dentro, por quando os carros de salvamento passou em nossas casas não demos sinal de vida. Anne se levanta e abraça Phelipe, dizendo que ele era um dos assuntos principais quando estávamos intediados, Naty havia parado de chorar, portanto sem olhar para os olhos de Phelipe, logo eu me levanto e o abraço, dizendo que fui até sua casa mas não havia nada além de sangue. Phelipe chora mais ainda, dizendo que viu seu família adoecendo e se infectando, saindo de casa minutos antes dos carros chegarem em sua casa.
Eu puxo Anne para fora da sala, para que Phelipe e Naty possam se resolver. Eles levaram em torno de 1 hora conversando para finalmente saírem da sala. Naquele momento, meus minha mente relaxou, meus 3 estavam bem e estávamos juntos novamente. Com exceção da minha identidade. Mary, Luke e Jack já haviam visto o meu rosto, consequentemente vindo me abraçar. Por um lado eu estava aliviado por eles estarem bem e por não ter a pressão de um pano em volta da minha cara, porém por outro lado, Naty, Phelipe e Anne não se davam muito bem com Luke, e consequentemente com Mary também não. Somente Jack que já era mais pacifico e era mais bem recebido entre os três pelo meu grupo.
Certo dia, Luke queria explorar o perímetro junto a Mari e a mim. Eu claramente não quis sair, já era ruim quase ser pego por infectados dentro de um veículo, imagina dar sorte para o azar dessa forma. Mas por sorte, Phelipe por ser o líder do local, interviu na situação e impediu que qualquer um de nós saíssemos.
Luke começou a dizer que precisávamos saber se os infectados estavam se aproximando. Mas Jack o parou, gritando com ele.

-Já foi difícil achar esse lugar e chegar aqui com vida. Para de ser louco de sair desse jeito. Você não tem proteção, não tem armamento e ainda quer levar pessoas junto com vocês. Deixa de pagar de explorador pelo menos uma vez e sosega aí. Já não foi o suficiente perder nossas famílias?

Eu simplesmente puxei Phelipe para longe daquela situação e fomos conversar um pouco. Eu estava curioso em como eles chegaram naquele lugar, como conseguiram as armas, os suprimentos e como ele se tornou líder. Ele me contou que assim que a infecção começou ele viu diversas pessoas se atacando e ficando mais violentas, ele e sua família se trancaram dentro de casa. Conforme o tempo eles por desespero, eles não paravam de comer, com exceção do Phelipe por não estar conseguindo pensar direito, tentou entrar em contato comigo ou com as garotas. Mas o celular dele não queria funcionar direito. Até que ele viu sua família agonizando no chão até ganharem forças para levantar e tentar atacá-lo.
Ele se trancou no quarto por alguns dias, sem comida, sem água, sem contato com ninguém. Até ouvir o som do seu portão se abrindo, vendo que sua família saiu de casa em direção a rua, minutos antes de dezenas de carros da polícia passaram, baleando qualquer pessoal que aparentava estar contaminado e salvando civis que estivessem normais.
Em meio a confusão, o líder dos policiais acabou caindo do carro, e Phelipe desceu para ajudar. Isso fez com que ele ganhasse um voto de confiança em Phelipe. Porém, ao chegar na base, um dos policiais que havia sido infectado e não teve coragem de avisar aos seus colegas, se transformou na frente de todos, fazendo com que todos os soldados saíssem para combatê-lo, pois ele já havia mordido a outros policiais. Porém nenhum deles sobreviveu, fazendo com que Phelipe, pelo voto de confiança do líder dos policiais, se tornou o novo líder para proteger os civis.
A conversa até que estava indo bem. Contei para ele toda a trajetória até as meninas e eu chegarmos aqui. Mas como nem tudo são flores, Luke desobedeceu as ordens de Phelipe e sai da base sozinho para explorar sem que ninguém o visse.
Porém, perto do anoitecer, uma batida brusca foi ouvida no portão da base. Era Luke que havia voltado, desespera e com as roupas rasgadas. Ele disse que encontrou uma horda gigante, e que ela o seguiu até ali. Não demorou muito para que o portão da base golpeados por diversas batidas fortes e empurrões dos infectados que viam cada vez mais.
Alguns civis pegaram suas armas para atirar nos infectados de cima da basa, mas eram tantos que não adiantava muita coisa. Jack começou a surtar e a bater bruscamente em Luke, eles finalmente acabaram um lugar seguro depois de meses, e vão botar tudo a perder por causa dele.
Eu e as meninas conseguimos emprovisar um plano para acabar com os infectados, entramos dentro da Van, pegamos algumas armas, e pedimos para abrirem o portão. Assim que o portão foi aberto, acelerei para atropelar o máximo de infectados possível, enquanto as garotas atiravam nos restantes. Os que acabavam entrando, Phelipe e sua equipe os matavam sem problemas. Quando restaram poucos infectados, voltamos para a base para que os atiradores de cima terminassem o serviço.
Porém, quando voltamos para dentro, Phelipe bateu com sua arma na cara de Luke, ameaçam de o matar se fizesse aquilo novamente. Eu e as garotas acalmamos Phelipe enquanto Mary ajudava Luke. Finalmente estávamos seguros novamente.
Mas aquela tranquilidade, era apenas uma faixada do que estava vindo em seguida.

Continua...