Conforme os dias foram passando, eu e meus amigos estávamos melhorando as habilidades de sobrevivência. Phelipe ensinou eu e as garotas a usar armas de fogo e a melhoras o combate corpo a corpo para casos de emergência.
Vários integrantes do grupo me ajudaram a melhorar a proteção da Van, mesmo que Phelipe não me deixasse sair da base.
Por outro lado, tínhamos um lugar para ficar. Aprendemos mais sobre os contaminados e o que eles poderiam fazer. Com o tempo fomos nos deixando levar pela calmaria, nada estava acontecendo ao redor, nenhum infectado ou serviço correndo para base. Porém, cerca de 2 meses que chegamos na base, um dos integrantes do grupo do Phelipe, chegou de uma patrulhas pela cidade com caixote de suprimentos que o governo havia mandado quando a contaminação começou. Eu e as meninas, por não gostar dos cheiro daquela comida acabamos por não comer. Porém alguns dos integrantes do grupo começaram a comer sem pensar duas vezes.
Passando alguns minutos após eles terminarem de comer eles começaram a sentir dores e náusea, não demorou muito para percebemos o que estava acontecendo. Eles estavam se transformando assim como os outros no começo da contaminação, seus olhos estavam mudando para branco, estava distribuindo no chão e sentindo muita dor. Assim que pararam de se mexer vários integrantes pegaram suas armas e apontaram para seus colegas que estavam no chão.
Algumas garotas que faziam parte do grupo começaram rapidamente a puxar os corpos para fora, mas assim que chegar no portão eles acordaram. Eu não consegui entender, a transformação não foi tão rápido para minha família. Três das cinco garotas que levaram os corpos para fora conseguiram voltar para dentro sem esforço, porém as outras duas que ficaram para fora acabaram sendo atacadas. Uma delas foi brutalmente dilacerada pelos infectados enquanto a outra que só havia sido mordida suplicava para voltar para a base enquanto os outros seguravam o portão. Não demorou muito para que ela se transformassem também, o que estava acontecendo? Por que a contaminação estava tão mais rápida do que já era? O que antes levava horas para acontecer estava acontecendo em segundos. Quando paramos para pensar percebemos que o que tinha causado a transformação deles era comida, pois era a última coisa que eles haviam entrado em contato antes de transformar, e também só se transformaram aqueles que comeram.
Phelipe estava nervoso e começou a perguntar se eu ou as garotas havíamos comido aquilo. Mas levando em conta a velocidade em que os outros se transformaram, já devíamos estar zumbificados. Eu fui para o terraço da base para ver como estava lá fora, já que os integrantes do grupo estavam hesitando em atirar nos seus velhos colegas. Mas vi que as duas variantes estavam agindo de formas diferentes. Enquanto os zumbis Alfas estavam batendo no portão para a entrada, a garota qua havia se transformado em um Zumbi Beta estava de certa forma gritando, como se estivesse tentando avisar alguma coisa.
Logo que supomos que ela estava tentando atrair outros como ela para base, um dos atiradores disparou em sua cabeça. Mas era tarde demais, ela havia conseguido atrair dezenas de zumbis para perto da base. Mas eles estavam estranhos. Além de parecerem mais magros ainda pelo vírus estar se alimentando de seus corpos, de algumas partes do corpo estava saindo um resido brilhante que não conseguia identificar. Os zumbis estam tantos, que não conseguíamos parar a horda atirando contra eles. Alguns zumbis começaram a bater de frente com as paredes da base, sendo que dentro das paredes era por onde se passavam a rede de alguma que era conectada com a caixa da alguma da base.
Depois de várias batidas, os zumbis conseguiram entrar e da inundar a base por dentro. Mesmo com todos dali de dentro atirando nos zumbis, não era o suficiente e vários integrantes acabavam sendo mortos ou infectados. Phelipe conseguiu colocar a Van dentro de uma sala vazia, junto com as garotas e eu, Luke, Mary, Jack, Zack, minha cachorra e alguns integrantes que não estavam infectados conseguiram entrar também.
Logo ouvimos um estrondo e as paredes começaram a tremer, alguém havia derrubado a caixa d'água para acabar com os infectados. Eu, Zack e as garotas entramos rapidamente dentro da nossa Van com Phelipe, enquanto os outros tentavam sair por trás do quarto.
Com o impacto da água, a porta acabou se abrindo, com uma entrada de alguma que empurrou a Van para parede, a quebrando e mandando todos nós para fora da base e nos fazendo cair direto em um grande rio que almentava cada vez mais a sua força por conta da água que saia da base.
Eu e as meninas tentamos puxar os outros para Van, mas o rio nos separou deles. A Van estava começando a encher de água enquanto tentavamos tapar as entradas de água, isso até ouvirmos Phelipe gritando, pois estávamos indo em direção a uma cachoeira. Quando a Van atingiu o fundo, os vidros se quebram e eu perdi minha consciência.
Quando abri os meus olhos, estavam na margem do rio não muito longe da cachoeira. A Van estava destruída, mas os outros estavam vivos e pouca comida foi danificada. Mas mesmo vivos, um dos cacos cravo no braço de Phelipe, Anne tinha um corte em sua testa por ter batido na queda, eu e Naty havíamos quebrado a mão por tentarmos segurar nas janelas durante o impacto, e Zack só estava com dores por ter levado um soco d'água.
Mas o meu alívio logo foi embora ao ver a coleira da minha cachorra no chão junto a mim. Ela não estava na vão ou nos arredores do rio, até eu ver na areia havia pegadas dela e alguns repingos de sangue. Comecei a seguir o rastro em desespero, pensando o pior que poderia ter acontecido com a minha cachorra. Eu não poderia aceitar aquilo, ela estava comigo desde ela nasceu e enfrento toda essa trajetória comigo e com as garotas, eu não podia aceitar que ela tivesse saído de perto de mim sem mais nem menos.
Mas não consegui ir muito longe, por avistei alguns zumbis andando pela floresta e tive que recuar, pois minha espada estava dentro da Van. Em meio ao prantos por não saber onde estava a minha cachorra, fizemos os primeiros socorros uns nos outros e nos armamos para adentrar a floresta. Protegemos as feridas de Anne e Phelipe, pois apenas uma gota de sangue de um infectado deles e era transformação na certa. Naty levou algumas cordas para caso precisássemos nos amarrar no topo das árvores para passarmos a noite, enquanto eu e Anne levamos alguns suprimentos. Seguimos o rastro de sangue e pegadas da minha cachorra, até encontrá-la caída no chão respirando pesado.
Depois de verificar se ela não havia sido mordida, fiz os primeiros socorros básicos nela e a amarrei em meu torso. Porém, pelo discuido que tivemos ao resgatar minha cachorra, não percebemos um Zumbi que estava encima de uma árvore, que assim que pulou em Naty, Anne arrancou sua cabeça fora com seu facão, mas não antes de Naty ser levemente mordida no pescoço, mas o suficiente para perdurar sua pele e o vírus entrar em contato com seu sistema.
Naty gritou para que nós nos afastassemos enquanto ela amarra a si própria em uma árvore. Todos começamos a chorar enquanto ela olhava sorrindo para nós com lágrimas nos olhos. "Não se preocupem. Vão e sobrevivam por mim. Vou estar torcendo por vocês daqui". Foi o que ela nos disse enquanto tentava segurar os espasmos que a transformação causava. Queríamos acabar com a sua dor, mas ninguém ali se atreveria a matá-la para isso.
Com muito pesar continuamos o caminho correndo assim que vimos seus olhos mudando, para que ninguém, principalmente Phelipe a visse transformada. Paramos de correr ao chegarmos em um pequeno córrego que passava em meio às árvores. Havia um carro que aparentemente tinha sido abandonado após bater. Verificamos para ver se não havia ninguém ou nenhuma outra coisa dentro e nos instalamos para passar a noite. Usamos folhas e nossas mochilas para tapar as janelas e usamos plantas para disfarçar nosso cheiro. Tinha alguns enlatados em bom estado no porta malas, junto ao rádio de bolso, armas de pequeno porte, munições, roupas, sinalizadores e pequeno radar. Quem quer que seja o antigo dono do carro, estava preparado para o que estava acontecendo. Dentro do porta luvas havia um mapa, marcando um caminha para a fábrica de comida da cidade, a mesma fabrica que fabricava a comida enlatada que estava causando toda essa contaminação. Mas o carro não estava em condição de continuar andando.
Assim que nos deitamos, Phelipe começou a chorar incontrolávelmente, Zack segurou a sua boca para ele parar de fazer barulho antes que atraísse zumbis para onde estávamos. Após acalmarmos ele, começamos a nos sentir mal. Para Anne, ela havia perdido uma das poucas pessoas em que ela pudesse confiar depois de termos tirado ela de casa, para Zack, ele havia perdido uma das pessoas em que achou refúgio depois que pensou que não tinha mais para onde ir, para Phelipe o peso foi maior, ele havia perdido o amor da sua vida diante dos seus olhos e não poderia fazer nada, depois de finalmente tela reencontrado, perdeu a novamente em questão de minutos, e para mim, perdi alguém em uma das pessoas em que depositava fé, que estava confiando em mim e que eu havia prometido proteger. Nós nos abraçamos para nos consolar, e acabamos adormecendo.
Quando acordamos no dia seguinte, a ficha ainda não havia caído, só podíamos sentir o nó na garganta e gosto ruim que a falta da Naty trazia. Saímos do carro com cuidado e com os itens que haviamos encontrado. Após andar mais um pouco seguindo o córrego, encontramos algumas casas vistas de longe, e pensamos que seria uma boa ideia seguirmos até lá. Mas pela distância, levaria um dia inteiro para chegar, e não sabíamos o que esperar quando chegássemos lá. Voltamos para o carro, rasgamos as roupas que estava lá e usamos os retalhos para nos cobrir, deixando apenas os olhos para fora. Aumentamos as camadas de pano nos braços e calcanhares para caso sermos pegos desprevenidos.
Olhando no mapa, vimos que as casas saia da rota que deveríamos seguir até a fábrica para ver o que estava acontecendo por lá. Mas decidimos ir até aquelas casas para ver se existe alguma coisa ou algo de útil para nos ajudar. Não parávamos de olhar para trás e lembrar da Naty, saber que ela ficou para trás para não fazer mal para nós, era como se tivéssemos a abandonado sem motivos.
Após um dia inteiro andando, chegamos finalmente até aquelas casas, pareciam vazias, com as portas arrombadas e janelas quebradas, as que não estavam destruídas estavam com tábuas pelo lado de dentro e de fora, parecia... Deserta. Até aparecer um homem com uma espingarda na mão, ele estava apontando para nossas cabeças e não nos atrevemos a entrar em pose de ataque. Assim que ele percebeu que nós não iríamos atacá-lo, ele abaixou a arma e começou a nos perguntar o que estávamos fazendo ali. Depois que explicamos para ele, ele nos disse para nos apressarmos e irmos embora o quanto antes. Aparentemente mesmo não sabendo exatamente o que estava acontecendo, os moradores que ainda estavam por ali sabiam dos riscos que eram estar fora de um abrigo. Os moradores que não estavam por lá, ou morreram ou fugiram dali quando os zumbis começaram a aparecer, dando brecha para que os outros roubasse seus suprimentos.
Após alguns minutos parados, começamos a ouvir grunidos vindo das árvores, e uma silhueta de algo grande se aproximando. Corremos para uma das casas abandonadas para nos esconder e seguramos a porta. Ao olhas pela fresta da janela fiquei horrorizado, uma mistura de restos humanos e animais em um corpo só, cheio daquele fluido estranho que eu havia visto antes. O que era aquilo?
Antes que pudéssemos responder, a criatura dirigiu sua atenção para uma horda de outros zumbis em sua frente e avançaou em sua direção. Enquanto atacava aqueles zumbis com sua força descomunal, percebemos que partes dos zumbis se uniam a criatura e ela crescia cada vez mais. Após a criatura ir embora, ouvimos uma voz inocente arrepiante atrás de nós.
"Eles aparecem toda a noite. Um mais assustador do que o outro. Não sabíamos o que fazer... Então nos entregamos..." Somente após aquelas palavras podíamos ver, uma garotinha, preza nas paredes por várias facas empaladas em seu corpo. Ela também estava expelindo aquele fluido enquanto falava. "Saiam daqui antes que eles te encontrem e os transformem em seres com eles também". Após essa palavras, ouvimos um choro de um bebê vindo da casa ao lado. E mesmo com medo, fomos em direção ao choro.
"O que eram aquelas coisas?" "Será que são uma variantes que não conhecemos?" Essas eram as perguntas que ecoavam na minha cabeça. Ao chegarmos na casa, encontramos uma casa de velhos no sofá, aparentemente tinha se suicidado por alguma razão. Ao seguir o choro, ouvidos grunhidos de Zumbi do outro lado da porta então nos preparamos para atacar. Ao redor da porta, havia desenhos de cruz espalhas, e ao abrir a porta entendemos tudo.
Um mulher estava amarrada na cama, deveria ser a filha do casal, ela estava zumbificada, aparentemente foi o motivo das cruzes das paredes, os seus pais deveria achar que era caso de possessão ou algo parecido. E ao ver que não tinha nada a fazer, se suicidaram. Só tinha um porém, não sabíamos de quem era o choro que ouvíamos do lado de fora, chegamos até a presumir que seria uma habilidades dessa Zumbi. Até percebermos que suas entranhas estavam para fora, sendo arrancadas por dentro. Até Anne olhar para cima e ver uma bebê zumbificado no observado.Continua...
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Zona De Quarentena
HorreurEm meio a um ataque zumbi jovens tentam se adaptar ao novo mundo. Em meio a tantas mortes, ataques, transformações e constantes mudanças, tentam proteger um ao outro ao máximo.