jessie's pov
O som da campainha tocando repetidamente me acordou do meu torpor. Cobri o celular com a mão e gritei:
– Já vou!
Voltei a colocar o aparelho na orelha a tempo de escutar Yuma dizer:
– Jessie? Você ainda está aí?
– Estou sim, Yuma, mas eu realmente preciso desligar – não sei como, mas consegui dizer num tom de voz quase normal. – O entregador já está ficando impaciente. Depois nos falamos, ok?
Ele concordou e voltamos a nos despedir. Desliguei o celular e o deixei no balcão, depois fui atender a porta. O entregador estava de fato impaciente e nem esperou pela gorjeta. Peguei minha comida e a coloquei sobre o balcão, mas havia perdido a fome.
O que diabos eu iria fazer?
Não podia mais pedir o apartamento da Clara emprestado porque ela havia se mudado – eu até havia mencionado isso para Yuma em uma de nossas conversas –, o que me deixava meio sem opções. Era evidente que eu não podia trazê-lo para cá, não sem correr o risco de um Couto, vestido só com uma toalha ao redor dos quadris, aparecer me perguntando sobre suas chaves ou qualquer coisa assim.
Yuma me mataria, eu não tinha nem dúvida.
Estava tão ferrada que decidi que não me preocuparia com isso ainda. Eu era muito boa em adiar os assuntos nos quais não queria pensar. Eu só precisava me distrair, depois, com certeza, teria uma ideia brilhante que me tiraria dessa confusão.
Voltei à sala e coloquei no meu canal preferido. Candelabro Italiano começaria em 45 minutos, então deixei a TV no mudo, pequei meu notebook e meu yakissoba e me esparramei no sofá, me forçando a comer enquanto respondia a um e-mail da minha mãe.
A Sra. Pam Shen era, sem dúvida, uma mulher moderna.
Ela basicamente queria saber se eu estava comendo direito, se meus colegas de trabalho eram gentis comigo, como iam Maria Clara e Luccas e se meu colega de quarto continuava sendo um babaca completo.
É claro que eu nunca poderia nem pensar em esconder a verdade dela. Minha mãe conseguia detectar uma mentira num raio de mil milhas.
Eu respondi que sim, eu estava comendo muito bem, se comer muito bem significava muitos litros de café e comida para viagem a maior parte do tempo. Rafa continuava sendo o mesmo descarado de sempre, mas era impossível não amá-lo e Priscila era uma bruxa vingativa. Mas eu também não conseguia desgostar dela, até porque era ela quem assinava meus cheques. Clara e Luccas estavam cada dia mais felizes juntos, mas a gravidez não deixou minha melhor amiga florescendo como uma flor na primavera como todos dizem que deve acontecer. Pelo contrário, parecia que ela tinha adquirido TPM eterna. Couto era um filho da puta maldito, mas ela já sabia disso. Preferi não comentar com ela o incidente da noite anterior e, ao invés disso, perguntei sobre o papai e se ela sabia que o Yuma viria me visitar em duas semanas.
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erro perfeito!! | jessie e coutinho/coussie adaptação
Roman d'amour[ incompleta ] "Nicholas Coutinho é o pior tipo de todos, com uma beleza quase obscena e uma moral muito duvidosa. O tipo de cara que você nunca poderia levar para casa e apresentar para os seus pais. O tipo que vai te deixar louca na primeira oport...