6.O inicio do fim

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–A lua está linda esta noite.

Os olhos de Nat viajam para o céu momentaneamente quando ele ouve a risada profunda ao lado dele. Sentindo seu braço envolvendo-o, Nat se vê abraçado pela pessoa que ele tem esmagado e odiado (ou apaixonado) por tanto tempo. E é ótimo.

–Você é lindo– Max respira, aproveitando o calor do corpo de Nat, esfregando o nariz suavemente em sua bochecha.

–Ei!– Nat reclama, fazendo beicinho.

–Só por um segundo. Eu adoro como você cheira, Nat.

E o jovem derrete, os olhos brilhando sob a luz suave.

–Eu queria... abraçar você. Você... fez um ótimo trabalho... Porra... Essas não são as palavras certas!

–Você é fofo– Max se aproxima da curva do pescoço de Nat, finalmente recuperando o fôlego.

–Eu não sou fofo!

–Sim, você é. Se o seu capitão diz...– Sua voz desaparece um pouco, sentindo-se completamente relaxado. –Eu também te devo uma camisa.

– Eu também te devo uma.

–Você quer ir ao shopping comigo amanhã? Vou comprar uma nova para você e você pode me comprar comida ou ingressos de cinema– o mais velho cantarola, segurando Nat perto de si.

–Sem camisa nova?

–Não. Na verdade não–Max sussurra em seu ouvido. –Não gosto de fazer compras. Só quero passar a tarde inteira com você.

–Você poderia simplesmente perguntar, você sabe.

A barriga de Max se move enquanto ele contém o riso, extremamente querido pelo jovem. Lentamente, ele recua, usando a mão para apoiar a cabeça e sem hesitar pergunta.

–Você vai sair comigo amanhã?

–Um encontro?– Nat gagueja, com o coração disparado só de pensar neles saindo juntos como pessoas normais. Talvez de mãos dadas, se abraçando. Não. Definitivamente beijando!

–Cedo demais?

–Não. Vamos lá, já perdemos muito tempo- Nat concorda, parecendo mais despreocupado desde que se juntou aos Warriors.

–Perfeito–Max sorri, movendo-se para beijar os lábios de Nat. –Eu tenho alguns lenços umedecidos e meu moletom na caminhonete. Vamos nos limpar um pouco e que tal pegarmos um pouco de macarrão na cantina do Poppy? Ele fica aberto até tarde..

O rosto de Nat se ilumina na hora, acenando com a sugestão de Max Honestamente, ele não quer voltar para seu dormitório ainda. Ele só quer passar a noite toda com Max recuperando todo o tempo perdido por causa daquele mal-entendido bobo.

Demora algum tempo para eles se limparem, roubando beijos e provocando um ao outro. A camiseta de Nat é enfiada em um saco para esconder as evidências perversas, que Nat esquecerá na caminhonete de Max, mas este cuidará disso (mesmo que ele odeie aquela camiseta justa. Ardentemente, é claro).

O resto da noite os encontrará voltando para casa, trocando olhares tímidos e saboreando uma tigela de macarrão tarde da noite.

–Vejo você amanhã, ok?–Nat diz, olhando para Max encostado em sua caminhonete, esperando por alguma coisa. –O que?

–Você esqueceu alguma coisa, Natasit.

–Huh?–Nat se pergunta e a próxima coisa que ele sabe é que os braços de Max estão em volta dele, puxando-o para um abraço apertado antes de beijá-lo com ternura.

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