Capitulo 1: A Queda

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Andreas Moreno Point Of View

Adentro o escritório da empresa, vendo os dois homens ainda com aparência jovial se encarando com olhares instáveis e amedrontados.

ㅡ Estamos falindo Moreno. ㅡ Me espanto ao ouvir aquilo, é nítido. Apressadamente vou até o computador vendo um rombo enorme em nossos cálculos. O gráfico mostrava a grande queda que tínhamos tido na venda dos tecidos, estávamos ferrados.

ㅡ O que iremos fazer?! ㅡ Ophelio questiona estreitando os olhos.

ㅡ Não vamos nos desesperar, ainda temos o fundo! Dá pra cobrir a divida ㅡ Caim se pronuncia e eu concordo tentando acalmar o homem que puxava os fios de sua barba rala.

ㅡ Gastamos o fundo com o concerto das maquinas! Vocês são burros? Estamos sem dinheiro para dar um futuro para nossos filhos. Moreno, você vai querer que a sua filha que nem saiu da barriga ainda seja uma uma passe fome? ㅡ Junto as sobrancelhas, Ophelio tinha uma alma estressada. O mesmo sai pela porta e Caim com seu olhar açucarado me conforta.

ㅡ Temos que achar outra fonte de renda Kim, urgentemente ㅡ Me levanto também pegando meu casaco na cadeira e começo a andar pela fabrica. O lugar era enorme, mas tão sombrio que me vinha um arrepio na nuca. Me retiro da fabrica e vou andando até o estacionamento. Vejo que a gasolina estava na reserva, mas o suficiente para que eu chegasse em casa.

ㅡ Querida?! - Abro a porta de casa assim que chego no apartamento que dividia com minha esposa. Não era lá algo de luxo, mas como sempre soube administrar meu dinheiro, havia conseguido compra-lo.

ㅡ Clarisse! - Vejo a mulher jogada no chão enquanto sua boca borbulhava e saia um liquido branco. Me desespero, não havia mais gasolina e seria muito caro chamar uma ambulância agora! Ligo para Caim que assim que percebe que eu estava falando serio corre e me ajuda a carregar minha alma gêmea até seu carro.

ㅡ Clarisse! Fica comigo amor!

Meses depois...

Segurava S/n no colo enquanto olhava o túmulo de sua mãe. Lagrimas rolavam sobre meu rosto que já não estava tão agradável. A barba enorme, aquele olhar sem sentimento no fundo. A boca seca e amarga por causa do cigarro... Eu estava um caco.

Meu telefone toca e antes de atender sorrio para a foto de Clarisse segurando uma roupinha de bebe enquanto sua boca se curvava em uma expressão feliz.

ㅡ Temos que conversar! Eu achei Moreno, estamos ricos filho duma bela mãe!  ㅡ Rio do desespero de meu melhor amigo e começo a caminhar indo embora dali. Coloco S/n na cadeirinha vendo-a dormir tranquilamente, sua boca tinha um tom vermelho forte igual os lábios de sua mãe, seus olhos eram pretos igual o carvão. Aquilo me encantava, ela seria meu motivo de estar vivo e sabia que Clarisse estava orgulhosa do meu amor por nossa filha.

ㅡ Hablas tu amigo - Chego na fabrica vendo Ophelio e Caim sentados a frente do computador.

ㅡ Você ainda tem contato com aquele retardado que usa o galpão de trás como ponto de drogas? ㅡ Ophelio se vira para mim arregalando os olhos. ㅡ Caralho Andreas! Você ta um lixo! - Reviro os olhos pegando uma xícara antes de deixar o bebe conforto no chão.

ㅡ Eu gosto de almas profundas e intensas - Dou um pequeno sorriso e Caim lhe da um tapa negando com a cabeça. ㅡ Porque quer saber? 

A Trindade - Jennie/YouWhere stories live. Discover now