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Tori Vega's POV

Acordei bem cedo, antes do meu despertador. Estava muito animada. Hoje eu iniciaria minha jornada numa nova escola.

O mais legal é que não é uma escola normal. É uma escola para pessoas muito talentosas.

Levantei da cama e fui tomar um banho, já que tinha tempo de sobra. Lavei meu cabelo com meu shampoo e condicionador preferidos, que tinham cheiro de morango. Sorri com o delicioso aroma e continuei o banho.

Quando terminei, escolhi um par de langerie e coloquei a roupa que eu separei noite passada. Logo em seguida fiz meu cabelo, mas não passei maquiagem. Por último, passei perfume (também de morango, para combinar com o cabelo) e chequei o horário. 6:30.

Ótimo, ainda tinha vinte minutos.

Desci as escadas para encontrar Trina já sentada no sofá, mexendo em seu PearPhone.

"Bom dia." eu a cumprimentei.

"Bom dia." minha irmã me responde.

Eu vou até a cozinha e pego o saco de pães e os frios para fazer um sanduíche. Monto meu lanche e deixo ele na sanduicheira por cinco minutos.

"Tori, vamos sair! Não quero chegar atrasada."

Nesse mesmo momento o aparelho apitou. "Calma, deixa eu só pegar meu lanche, se não vou morrer de fome.

"Vai logo!!" ela grita, já de fora da casa.

Peguei meu sanduíche e coloquei-o em um guardanapo porque estava muito quente. Corri até a porta e a tranquei, seguindo meu caminho até o carro de Trina.

"Pronto, podemos ir." eu comentei. Achei que Trina me perguntaria se eu estava animada, mas esqueci que é da minha irmã mais velha cheia de sí mesma que estávamos falando.

Depois dos cinco minutos que pareciam uma eternidade, nós chegamos na escola. Descemos do carro e caminhamos lado a lado até armários.

Confesso que estava meio aflita.

"Relaxa, qualquer coisa, eu estou aqui." Trina falou e, logo em seguida, foi procurar um menino com uma garota que provavelmente é sua amiga.

"Claro. Estou vendo..." eu murmurei para para mim mesma.

No caminho para meu armário uma menina de cabelos vermelhos me chamou a atenção.

Vou tentar fazer amizade com ela.

Eu fui até a garota e a cumprimentei.

"Oi! Você é a Tori, certo? Eu te vi no show de talentos, você foi incrível! Meu nome é Cat."

"Cat! Gato em inglês." eu sorri.

"O que era para isso significar?!"

"Nada, eu... amo gatos..!"

"Eu também, eles são tão fofos!"

E então ela saiu saltitando, me deixando sozinha.

Queria logo encontrar André, já que ele é a única pessoa que eu conhecia aqui, mas não sabia onde era a sala que eu precisava estar.

Decidi perguntar onde a sala se localizava para a primeira pessoa que vi, que é um garoto estranho, de cabelos cacheados com um boneco na mão.

"Oi– Olá fêmea!"

Eu franzi a testa.

"Oi, você pode me dizer onde fica a sala do professor Sikowitz?" eu perguntei.

Ele me deu as direções e eu agradeci, as seguindo.

Quando cheguei na sala, fui direto para André, mas acabei esbarrando em alguém no caminho.

"Desculpa, eu–"

Foi aí que vi que eu derrubei café num menino. "Meu deus, perdão."

Eu comecei a esfregar o braço na camisa dele, na tentativa de amenizar o impacto da bebida, mas só estava piorando.

A porta abriu e uma voz feminina ecoou na sala  "Cara, por que você está se esfregando no meu namorado?!"

"Eu só–"

"Sai de perto dele!"

Eu fiz como mandaram e olhei para a garota. Ela era muito linda, e parecia... familiar.

"Jade, relaxa!" o garoto diz, indo até ela e dando um beijo em sua bochecha.

Então seu nome era Jade... Jade? Jade!

Decidi deixar para lá. Me desculpei novamente e fui até a cadeira do lado de André. Ficamos conversando, até que o mendigo que eu ajudei mais cedo entrou por uma das duas portas.

"Incêndio, incêndio!" ele grita, colocando suas mãos para cima.

A sala inteira entra em pânico, mas ele diz que era só brincadeira.

"Bom, antes de começarmos a aula, gostaria de agradecer a nossa aluna nova, Tori Vega por ter me dado dois dólares mais cedo!"

André franziu a testa e me perguntou porque eu dei dinheiro para ele.

"Achei que ele era um morador de rua!" eu falo baixinho, para ninguém conseguir escutar.

"Enfim. Vamos fazer um exercício de atuação improvisada. Jade, suba ao palco e escolha quatro outros alunos."

Ela fez como foi pedido. "Cat... Matt." ela pausa e olha direto para mim. "Tori..."

Eu arqueio minhas sobrancelhas, mas me levanto e vou até ela.

"E Beck."

Quando ele subiu até o palco, ela começou a engolir ele com a boca. Eu rolei meus olhos. Honestamente, ela é bonita demais para ele.

"Um lugar?" Sikowitz perguntou.

"Casa." o menino do boneco (não sei o nome dele ainda) respondeu.

"Agora uma situação."

"Grandes novas!" André sugeriu.

"André, ninguém quer ver grandes ovas..."

"Novas!"

"Ah, certo." ele pausa. "Então, casa, grandes novas." depois de falar, bate duas palmas e sai do palco.

Então, Jade veio até mim e pegou meu braço, me puxando até a mesma porta que o professor entrou por.

"Amor, como foi o trabalho?" Jade pergunta, começando a atuar.

"Eu fui demitido de novo."

Matt e Cat, que estavam atuando como os filhos, fizeram barulhos tristes.

"Mas..." ela veio até mim. "Eu fui até um canil e nos comprei um cachorro!"

Arregalei meus olhos. "É... eu sou a nova cadela da família."

"Sikowitz! Você pode avisar para essa amadora que cachorros não falam e nem andam em duas patas?!"

"Jade está certa, Tori. Se você vai fingir ser um cachorro, seja um cachorro."

Eu suspirei fundo e fiquei de quatro. "Au."

Eu segui a menina de cabelos castanhos com mechas rosas até as crianças, que fizeram barulhos felizes e começaram a me fazer carinho.

"Ah não... parece que essa cachorrinha tem pulgas no pelo!"

"Uhm... au?"

Os filhos tiraram suas mãos de mim.

"Mas relaxem, eu li na internet que café resolve isso!" A bruxa diz, indo até um garoto que eu não sabia o nome e tirando um copo de café de sua mão.

"Jade..." André comenta.

E então ela joga café em mim. Eu levanto e corro para fora.

Essa menina é maluca.

My childhood best friend - JoriOnde histórias criam vida. Descubra agora