Busy mommy - JiTzu

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— Tzuyu, meu amor, eu já termino aqui. — repetiu Jihyo a mesma coisa para a garota pela quarta vez em um período de meia hora. Era quase de madrugada, mas a mais velha não notava, e parecia que não ia tão cedo, ao mesmo tempo em que sua Tzu estava insistente, fazendo manha para receber um pouco de atenção. Jihyo estava até tarde da noite no seu escritório, havia prometido a si mesma que só iria responder alguns e-mails, mas uma coisa leva à outra e acabou terminando com o Excel aberto e uma xícara de café cheia até o topo. E Tzuyu? Bom, ela praticamente implorava por atenção, sentadinha no colo da sua mamãe, resmungando e balançando os pezinhos. Tudo por uma simples olhadinha.

Era tão tarde, mas Jihyo sequer olhou o relógio de pulso uma única vez para perceber que o horário de dormir de Tzu havia passado há horas, e muito menos lembrava que ela não conseguia dormir sozinha. Era uma completa workaholic, viciada em trabalho. Sua empresa era importantíssima para ela, não mais do que Tzuyu, mas às vezes sua vida pessoal e profissional se desentendiam até chegar no ponto em que estava, ignorando completamente a garotinha carente e sonolenta nos seus braços, que teve que se contorcer toda para ganhar um espacinho ali no seu colo. Ela não era de falar muito quando estava com sono, apenas soltava murmúrios e chorinhos manhosos, o que não era o suficiente para chamar a atenção da sua mamãe.

— Mamã... — reclamou de volta a menininha. Aconchegou o rosto no peito da mulher, que digitava algo como uma louca no seu notebook, e então o choro veio, tristonho, meloso e sonolento, e a pele de Jihyo foi molhada com suas lágrimas. Até que demorou para que chorasse pela frustração de ser ignorada, sem contar com o sono pesado, e felizmente não demorou nem um pouco para que Park saísse da sua bolha depois de perceber que sua menininha chorava. Sentiu como se tivesse acordado de um transe, enfim notando a negligência que cometia com ela.

— Oh, bebê... — finalmente Jihyo olhou para ela, franzindo as sobrancelhas em sua típica cara de dó. Colocou a mão na própria testa e percebeu também o próprio cansaço, analisando aquela situação. Foi tão rápida em sair de qualquer devaneio e dar sua total atenção pra Tzu, cujas lágrimas molhavam todo o seu rostinho, assim como em desligar o notebook e se livrar de qualquer papel. — A mamãe é uma idiota. Me perdoa, neném... Vem, vamos sair daqui, tá? Céus..., meia-noite! — notou o horário. Sua culpa pesou ainda mais. — Perdoa a mamãe, princesa... — pediu novamente, como uma súplica, tão comovida pelo seu chorinho de neném sonolento que poderia até chorar também, mas fez o que deveria ter feito há bastante tempo.

Sem se importar com mais nada, abandonou aquela cadeira que, apesar de confortável, já estava dando dores nas costas, levando Tzu consigo. Essa nem parecia ouvir as palavras da sua mamãe, só queria continuar pertinho dela e que aquela atenção não acabasse. Assim foi levada para o quarto que dividiam, e reconheceu o ambiente pelo cheiro, já que estava de olhinhos fechados.

Jihyo se sentia um lixo a todo momento, até se perguntando a que ponto chegou sendo obcecada por trabalhar para ignorar completamente as necessidades da sua pequena, sua Tzu, a menina que prometeu amar e cuidar com dedicação. Sabia da importância de um bom soninho para ela e de como ela mesma influenciava nisso, mas a negligenciou como se fosse nada. Estava louca? Pensou que sim, deitando na cama com Tzu, que parava de chorar aos poucos.

Ambas estavam com roupas de dormir e já tomaram banho juntas. Realmente só faltava dormir, mas Jihyo sabia que não bastava só isso nesse momento. Tzuyu estava morrendo de sono, mas precisava de um aconchego, e só sua mamãe sabia e podia dar.

— Chewy... princesinha... — a chamou pelos apelidos, ajeitando seu corpinho na cama como pôde, já que Tzuyu estava colada como um coala nela. — A mamãe promete, querida, que isso nunca mais vai acontecer, tá bom? Nunca mais. — prometeu olhando em seus olhinhos, enquanto carregava a culpa em seu olhar. Tzuyu assentiu enquanto fazia um biquinho magoado. Lágrimas ainda caiam, mesmo que poucas. Mesmo triste por sua mamãe tê-la ignorado, estava melhor, mais relaxada em seus braços. — Me perdoa mesmo, sweet. A mamãe tá aqui. — deixou um beijinho na sua testa e afagou seu cabelo, com carinho. Aspirou seu cheirinho de neném, e a resposta de Tzu foi esfregar levemente o rostinho no seu peito, como fez anteriormente. Jihyo percebeu o movimento e deixou escapar um sorriso sobre a expressão culposa, admirando como Tzu dependia de si.

Não falou mais nada, apenas abaixou uma das alças da sua camisola, deixando um dos seios livre para que Tzuyu pegasse. Era verdade que aquela posição incomodava, suas costas já não eram nem costas de tantas dores, mas deixou assim.

Tzuyu segurou o seio com delicadeza antes de abocanhar e começar a sugar. Não tinha pressa, não estava com fome, pois mamou bastante antes de anoitecer, e por essa mesma razão os seios não estavam tão cheios. O que Tzuyu queria mesmo era sentir mais desse conforto que só Jihyo a dava, mas o leite materno carregava boa parte da sua satisfação. Foi recebida muito bem, com beijinhos na cabeça e sorrisos largos da sua mamãe, e ela admirava sua pega e como aqueles olhinhos tão inocentes e preciosos a encaravam. Jihyo ignorou aquela dorzinha fina em seu seio quando Tzu começou a sugar mais forte e focou apenas em oferecer o seu melhor para que ela ficasse bem, aconchegando o corpo dela com o seu.

Tzuyu nem lembrava mais do que a afligia minutos atrás, não quando tinha Jihyo só para si, e seu tetê também. Sua mamãe brincava na própria mente, dizendo que ele era um sonífero, e era verdade. Ela notou quando os olhos da menina começaram a vacilar. Mesmo morrendo de sono, seu mamá a puxava ainda mais para o mundo dos sonhos, e não foi preciso mais do que dois minutinhos dele para que adormecesse completamente. Mas mesmo dormindo como um anjinho, Tzu ainda mamou por mais alguns minutos, e eram nesses minutos que Jihyo ressaltava para si mesma como essa garotinha era importante e não devia ser colocada abaixo de nada.

Jihyo ainda a embalou bastante antes de se entregar ao sono também. Sentiu seu cheirinho de neném, beijou suas mãos, testa, nariz e bochecha, limpou seus olhinhos das lágrimas e sussurrou palavras carinhosas, dizendo como a amava mais do que tudo no mundo antes de tirá-la do peito e ajeitá-la na cama consigo. Assim adormeceu, prometendo sempre colocar sua Tzu acima de qualquer coisa em sua vida.

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