Semanas antes da Tokyo Manji VS Valhalla acontecer, Takemichi descobre a existência de uma pessoa misteriosa que começa a afetar todas as linhas temporais. O problema mesmo começa quando ele descobre se tratar de uma garota que parece ter ligação co...
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- Você...
- Eu! - Ela apoia o queixo em sua mão - Como vai, Naoto?
A garçonete puxa o banco acolchoado pra que Naoto se sente, deixando-os cara a cara
- Não vai mesmo falar comigo?
- Não sei qual das dezenas de nomes falsos devo te chamar
- Pode me chamar de Fênix - A garota sinaliza pra que a garçonete os deixe, a mesma se curva em despedida e vai até uma outra mesa - te enviaram pra ver se achava algo suspeito? Faz alguns meses que aqui não é revistado
- Talvez, aqui com certeza não é legalizado
- Se fosse por isso, você já teria jogado na minha cara - Ela se serve com um vinho - Se não veio a mando da polícia e nem pra se divertir, por que está aqui?
- Não te devo satisfações, "Fênix"
- Tsc...errei - Debocha - Agora que sabe onde estou, devia chamar a polícia, não acha?
- Assim que meu parceiro terminar o que veio fazer aqui, pode ter certeza que vou
Ela entrega a taça de vinho pra Naoto enchendo outra pra si mesma, se permitindo soltar uma risada baixa.
- Não, você não vai. Você nunca consegue me entregar. Tem medo de que eu acabe revelando sobre você ou só não quer me ver atrás das grades?
- Grades? Com seu histórico, você achar que só vai ser presa é surpreendente
- Eu fui condenada à morte? Sério? - Ela passa a mão pelo pescoço simulando a corda, zombando do enforcamento - Não dei duro todo esse tempo pra terminar igual criminosa qualquer com uma corda no meu pescoço
Ela desencosta as costas da cadeira, se inclinando para frente apoiando os cotovelos na mesa numa provocação passiva-agressiva.
- Me entregar pra polícia é cavar a sua própria cova no departmento de polícia. Sabe disso.
- Não sou obcecado pela minha carreira.
- Então é por mim
O silêncio de Naoto confirma as palavras dela, permitindo que adquiram profundidade, transmitindo emoções que por si só podem não ser capazes de expressar.
Naoto leva a taça de vinho até a boca, evitando responder o que já não precisava ser respondido.
