Capítulo 2: A Sombra dos Sonhos

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Dessa vez, Pac acabou caindo no apartamento de Mike, e por um milagre do destino, ele não havia bebido ao ponto de se esquecer quem era. Apenas um pouco para ter uma leve dor de cabeça no dia seguinte, mas nada muito alarmante.

O brasileiro estava esparramado sob o sofá de cor esverdeada enquanto estava abraçado em algumas almofadas. Ele ainda se sentia um pouco tonto pela noite passada, mas algo diferente estranhamente invadiu seus últimos sonhos.

Eram como borrões, mas havia uma silhueta, ele só não tinha certeza de quem era.

O homem riu consigo mesmo.

— Vai ver, é o meu namorado. — Ele disse para si, não tendo ninguém para o interromper.

Mike não estava ali, ele havia dito que iria buscar sua sobrinha por ser o dia em que combinou de passar a tarde com ela. Pac havia apenas concordado em meio ao sono e, naquele momento, estava à espera deles dois.

Pac achava tão bonito em como Mike possuía uma boa relação com a pequena Juana, em uma família tão diferente como a deles, chegava a ser engraçado em como tudo se encaixava bem.

Ele se sentou no mesmo instante em que escutou o barulho das chaves, esperando com que Mike abrisse a porta.

— Tio Pac! — Flippa correu animadamente até o sofá, se jogando contra o mais velho. — Você vai comigo e com o tio Mike no parquinho?

Pac sabia que havia algumas coisas que ele deveria fazer nesse final de semana, e que se dar ao luxo de sair e passar uma tarde toda somente se divertindo era um pouco fora de sua realidade.

Mas ele não se importava com isso, não quando tinha uma Juana que pedia para que ele ficasse com ela e seu tio.

— Claro, por que, não?

O homem de cabelos esverdeados sorriu.

— Ótimo, agora tome um banho, sua cara está péssima. — Mike indicou o banheiro. Pac fez uma careta como resposta, mas seguiu até o outro cômodo.

⊱𖧹─𖧹⊰

— Fit, você viu os meus fones de ouvido? — Fit terminou de pentear os cabelos castanhos de Ramón e logo ajustou a camisa do garoto. Ele refletiu um pouco sobre a pergunta do outro e, em seguida, gritou do andar de cima.

— Você olhou no sofá? Vi você usando ele uma última vez ali.

O homem ouviu alguns ruídos vindos de lá e, logo depois, uma pequena comemoração vinda de Tubbo.

— Caraca, está aqui mesmo. Valeu!

Ramón havia dito mais cedo que gostaria de sair para algum lugar, normalmente o garoto gostava de permanecer em casa, então Fit não pensou duas vezes antes de concordar com a ideia.

Ele chamou Tubbo para ir com eles, no começo ele se mostrou pouco interessado, mas depois ele disse que iria junto e que já estava pronto.

Fit estranhou essa mudança de abrupta de decisão, mas não fez mais questionamentos sobre.

Todos fizeram uma caminhada tranquila, conversando sobre alguns assuntos ao longo do trajeto, e Ramón lia frequentemente as placas que via, demonstrando seu progresso na leitura.

Tubbo estava preso em seu mundo enquanto escutava algumas músicas e, hora ou outra, digitava algo em seu celular.

Não demorou muito e logo eles chegaram ao parque. Ramón não tinha o costume de se aproximar muito das outras crianças e, naquele momento, preferia ficar em um balanço enquanto observava as coisas ao seu redor.

Nada Disso é Real↶HideduoOnde histórias criam vida. Descubra agora