CHAPTER THREE -- A Cabana.
POV: Narrador.
Todos esperavam ansiosos pela volta de Rick, que foi em busca dos itens que Onze pediu para encontrar Sophia. Após alguns minutos, Rick volta com um rádio walkie-talkie e uma tira de pano, entregando-os a Onze, que os recebe com as mãos trêmulas. Onze desce do colo de Daryl e se senta ao seu lado, ligando o rádio e colocando a tira de pano ao redor dos olhos. Concentrando-se, faz as chamas da fogueira crescerem como se tivessem sido alimentadas com álcool, surpreendendo a todos.
Carol roía as unhas ansiosamente, Daryl olhava preocupado para o garoto quando um filete de sangue escorre de seu nariz. Mas quem prestava mais atenção era o garotinho de olhos azuis, sentado entre as pernas de sua mãe.
Tudo estava silencioso até a voz de Onze se fazer presente:
- Sophia?
Onze ficou repentinamente ofegante e assustado, mas logo se acalmou quando Daryl segurou sua mão. Um silêncio se instalou, e outra voz foi ouvida no rádio, acompanhada de chiados:
- Oi? Quem tá aí? Por favor, me ajuda! - falava uma menina com a voz debilitada.
- Fala, fala pra ela, fala pra ela que eu tô indo, que a mamãe tá chegando - gritava Carol angustiada.
- A sua mãe tá vindo, ela tá vindo te buscar - dizia Onze dentro do rádio.
- Rápido, rápido, por favor! - clamava Sophia, chorando.
- Tá bom, escuta, fala pra ela, fala pra ela ficar onde está. Estamos indo, estamos indo, tá bom? Estamos indo, querida!
- Só tem que aguentar um pouco mais - dizia Onze. - Sophia? Sophia... SOPHIA?
Só se ouvia Onze respirando ofegante quando, de repente, o rádio explodiu, assustando a todos no local.
Daryl puxou Onze para seus braços, tirando a venda de seus olhos, o abraçando e acalmando o garotinho que chorava em seus braços com medo. Carol não se encontrava diferente do garoto; ela também chorava chamando a filha, logo sendo amparada por Lori e Dale.
Daryl sussurrava palavras de conforto para a criança: - Tudo bem, tudo bem, tudo bem, eu tô aqui. Você foi ótimo. - Não demorou muito para o garoto dormir de exaustão, ouvindo a voz reconfortante de Daryl.
Quando Daryl percebeu que o menino dormia calmamente em seu colo, levantou-se com o corpo magro e leve do menino em direção ao seu carro. Ele não sabia como consolar alguém, porque sempre foi sozinho desde que Merle saiu de casa, e só se reencontraram no fim do mundo. Daryl chegou ao carro, deitou o corpo do garotinho no banco de trás e, com um pouco de dificuldade, passou para o banco da frente, acomodando-se da maneira mais confortável possível. Pegou a besta em mãos, pronto para fazer qualquer coisa para manter o menino que dormia serenamente no banco de trás de seu carro seguro. Assim, Dixon adormeceu, mas atento a qualquer movimento do lado de fora do carro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝘞𝘰𝘳𝘭𝘥 𝘖𝘧 𝘛𝘩𝘦 𝘋𝘦𝘢𝘥 - Carl Grimes.
General FictionO Projeto MKUltra, iniciado pelo governo dos EUA com o propósito de expandir os limites da mente, buscava criar armas aprimoradas para enfrentar países adversários. Até completar doze anos, o pequeno experimento de identificação 011 permaneceu confi...