CHAPTER FIVE -- Amigos?
POV: Narrador.
Onze permaneceu calmo e sereno diante do garoto armado, consciente de que ele não representava uma verdadeira ameaça. Não era necessário usar suas habilidades para perceber isso; bastava apenas olhar o mais alto, cuja postura intimidadora contrastava com os sinais óbvios de nervosismo e a arma que permanecia desengatilhada.
— Se você der mais um passo, vou atirar! — declarou o mais alto, com um sotaque carregado e inglês arrastado. Ao tentar se aproximar, Onze respondeu com calma:
— Para atirar, primeiro você precisa destravar a arma — segurou o riso diante da confusão estampada no rosto do mais alto.
— Obrigado por me lembrar, mas talvez não devesse ter me avisado — retrucou o garoto com sarcasmo, engatilhando a arma instantaneamente.
Antes que Onze pudesse responder, o choro de Sophia interrompeu a tensão. Ele correu imediatamente até ela, deixando o garoto armado atônito.
— Sophia, acalme-se, é apenas um pesadelo — tranquilizou Onze, enquanto tentava acalmar a garota febril, que clamava pela mãe.
— O que você está fazendo parado aí? Pegue água e um pano rápido! — ordenou Onze ao outro garoto, que até então permanecia imóvel e com o olhar perdido na cama de Sophia.
O garoto, despertando para a situação, largou a arma no chão e apressou-se até um balde verde no canto da cabana, pegando um pano que parecia ser um pano de prato, e dirigiu-se o mais rapido possível até Onze, agachando-se ao lado da cama da menina.
E sem perder mais tempo, Onze mergulhou o pano no balde, encharcando-o com água fria, torceu-o com força para remover o excesso de água e aplicou-o na testa de Sophia, que já não chorava, mas suava profusamente e tremia como se estivesse no mais rigoroso inverno do Alaska, apesar dos espessos lençóis que a envolviam.
Após vários panos úmidos e desenrolar Sophia para expô-la ao ar fresco da noite, sua febre diminuiu um pouco, permitindo com que ela dormisse tranquilamente. Os dois meninos suspiraram em alívio, percebendo que a noite havia chegado sem que percebessem, fecharam a porta da cabana, arrastando uma velha mesa de madeira até a entrada, improvisando uma barricada.
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O garoto mais alto agora estava encostado em uma parede próxima à cama de Sophia, concentrado em acender uma vela com uma caixa de fósforos úmidos, determinado a não passar a noite no escuro. Enquanto isso, Onze providenciava uma cama improvisada, tão confortável quanto possível, com alguns lençóis velhos.
Após o garoto finalmente conseguir acender a vela, ele se sentou ao lado de Onze na cama improvisada e tirou de sua mochila um saco grande de salgadinhos de queijo, oferecendo a Onze, que abriu um sorriso feliz, pois dormiria aquela noite de barriga cheia.
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𝘞𝘰𝘳𝘭𝘥 𝘖𝘧 𝘛𝘩𝘦 𝘋𝘦𝘢𝘥 - Carl Grimes.
General FictionO Projeto MKUltra, iniciado pelo governo dos EUA com o propósito de expandir os limites da mente, buscava criar armas aprimoradas para enfrentar países adversários. Até completar doze anos, o pequeno experimento de identificação 011 permaneceu confi...