• CHAPTER SEVEN •

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CHAPTER SEVEN -- Bilhete

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CHAPTER SEVEN -- Bilhete.

POV: Onze.

Acordo logo pela manhã, com Mike me cutucando. Olho para o lado meio confuso e sonolento.

- Já amanheceu dorminhoco, levante- se ou ficará para trás - falou Mike em pé ao meu lado, sem prestar verdadeiramente atenção em mim, pois ajeitava a alça de sua mochila.

Sophia se encontrava sentada na cama, calçando seu velho e desbotado sapato cor de rosa. Vendo que todos já estavam praticamente prontos para partir, levantei do emaranhado de lençóis forrados no chão, na intenção de me arrumar para não ficar para trás, mesmo sabendo que eles não me deixariam.

Peguei a panela com o coelho, sem comer nem um pedaço; optamos por guardar o coelho para uma hora de extrema fome e necessidade. Mike e Sophia me esperavam do lado de fora da cabana, me aproximei deles com um caminhar sonolento que lembrava um pouco os zumbis perdidos no meio da floresta. Mike olhava para a cabana com receio e saudade estampada no seu semblante.

- Pronto, podemos ir - falei para eles.

E então caminhamos juntos em direção ao riacho, mais especificamente na direção da qual eu vim.

O sol já estava no seu ápice no céu. Passamos várias horas caminhando pela floresta densa, parando somente uma vez para comer um pouco do coelho. Mas finalmente chegamos ao cemitério de carros tão reconhecido por mim e por Sophia, os corpos dos caminhantes que matei ainda se encontravam no chão. Entrei em desespero interno ao perceber que nosso grupo não se encontrava mais aqui. Sophia já chorava, caminhei entre alguns carros em busca de algum vestígio. Mas não encontrei nada. Caminhei um pouco mais à frente do engarrafamento e encontrei um pequeno bilhete em cima de um carro vermelho. Junto com duas garrafas de água e um saco grande de biscoitos, no bilhete dizia para eu e Sophia esperarmos aqui. Peguei o bilhete juntamente com os mantimentos e caminhei ao encontro dos demais. Chegando lá, Sophia e Mike se encontravam sentados no capô de um carro, ela já não chorava mais. Ao verem eu chegando com os suprimentos, consegui ver a interrogação na cara de Mike e a alegria na de Sophia por ter o que comer mais tarde, além do coelho requentado. Me aproximei deles entregando o bilhete a Mike, que leu em voz alta, fazendo Sophia dar alguns pulinhos empolgados, o que eu achei particularmente fofo. Puxei Mike bruscamente de cima do carro, fazendo-o quase cair de cara no chão. Girei ele pelos ombros e abri a mochila dele para guardar os suprimentos, ignorando a carranca de raiva dele.

- Eu vou procurar um lugar seguro para que possamos passar a noite - falei, começando a caminhar mais à frente no engarrafamento, sem ninguém em meu encalço.

Caminhei entre os meios dos carros, tomando cuidado para não ser pego desprevenido por algum caminhante. O dia estava muito quente, mas ao olhar para o horizonte, consegui ver que uma tempestade se aproximava, fazendo-me acelerar os passos. Passei alguns minutos caminhando, mas consegui ver uma coisa que se destacava das demais da pista: um trailer branco, quase intacto, se não fosse pela falta de janela na lateral da van, mais especificamente no banco do carona. Caminhei cautelosamente até a porta do trailer e abri, sem fazer quase nenhum barulho, entrei devagarinho, verificando se não tinha nenhum caminhante se abrigando no interior do trailer. Mas não havia nenhum sinal de zumbi. O trailer era perfeito, tinha um banheiro com um sistema de reutilização de água e aquecedor, duas camas embutidas como se fossem gavetas na parede e uma mini cozinha americana. O trailer se encontrava em um excelente estado se levasse em consideração que estávamos no fim do mundo.

Resolvi ir chamar Sophia e Mike, saindo do trailer e fechando a porta para não entrar nada indesejado, seguindo todo o caminho de volta. Estava com uma sensação estranha, um sentimento ruim, o que me fez apressar os passos, algo estava errado. A essa altura, eu já não caminhava mais, eu corria.

Chegando perto do lugar onde Sophia e Mike estavam, comecei a escutar umas risadas, não de uma criança da minha idade, mas sim de adultos. Quando eu finalmente cheguei, me deparei com uma cena horrível e que ficaria gravada na minha mente por algum tempo.

Tinham três homens: um se encontrava em cima de Mike, que estava deitado no chão se debatendo, sendo sufocado. E os outros dois homens tentavam tirar a força a calça de Sophia, que se debatia e chorava silenciosamente, pois um dos homens tapava a sua boca, beijando o seu pescoço. Tão cena me atingiu de um jeito tão forte que eu só conseguia enxergar vermelho na minha frente, o vermelho do sangue deles. Paralisei os três homens com meus poderes, fazendo Sophia cair no chão bruscamente e Mike respirar fortemente em busca de oxigênio para seus pulmões. Eu olhava fixamente para os três homens à minha frente, que me olhavam sem entender nada. O porquê de estarem paralisados, sem conseguir se mexer, falar ou até mesmo respirar, exigia um extremo esforço da parte deles. Em menos de um segundo, sufoquei os três homens, apertando as suas traqueias com meus poderes, impedindo o oxigênio de chegar em seus pulmões. Os homens urravam como porcos em busca de oxigênio, mas eu, sem piedade alguma, apertava mais e mais. Não demorou muito para um dos monstros morrer pela falta de ar. Provocando a morte dos outros dois, que com um simples erguer de mãos flutuaram no ar e tiveram seus pescoços quebrados com um leve movimento de cabeça, fazendo os corpos imundos caírem sem vida no chão como se não fossem nada.

Mike encarava os corpos dos monstros em estado de choque, tremendo enquanto passava a mão em seu pescoço, marcado por um hematoma roxo. Sophia chorava, abraçada aos joelhos em posição fetal, e eu me sentia satisfeito por livrar o mundo de três monstros. Bem piores do que os errantes que vagavam sem rumo na floresta.

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1010 Palavras.

(Capítulo não revisado.)

𝘞𝘰𝘳𝘭𝘥 𝘖𝘧 𝘛𝘩𝘦 𝘋𝘦𝘢𝘥 - Carl Grimes.Onde histórias criam vida. Descubra agora