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Alerta: Esse capítulo contêm gatilho

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Alerta: Esse capítulo contêm gatilho.

— O que faz aqui? Achei que estivesse na quadra de jogos. — Susan surge, me pegando de surpresa.

— Ah... Eu só estou terminando de ler, não estou muito afim de educação física hoje. — Volto a prestar atenção no livro que lia.

— Olha só, a senhorita certinha matando aula. Tudo bem, nos vemos depois então.

— Certo.

Já faz um ano.

Um ano em que o meu pai faleceu, e um ano que a minha virgindade foi tomada de mim, do jeito mais repugnante possível.

Não tem um dia sequer que eu não chore por isso. A Minha vida perdeu a cor depois desse fatídico dia.

Não sinto vontade de fazer nada, nem de sair, muito menos de me envolver com nenhum outro rapaz. Só o fato de pensar nisso, me dá calafrios.

Susan diz para mim procurar ajuda com um psicólogo, mas do que adiantaria!? Afinal, ele não irá me entender, muito menos sanar o vazio que se instalou em meu peito, e se eu sequer falasse o destino daqueles demônios, aí sim eu seria internada de uma vez.

Olga me questionou no dia seguinte, pela falta dos miseráveis que me violentaram, mas eu só a respondi que os tinha demitido. Todos eles.

×××

Eu não posso mais viver assim... A tristeza dentro de mim só cresce a cada dia, e eu não posso mais conviver com isso, a alegria que eu já tive na vida se foi, e agora, não há mais nada para fazer nesse mundo.

Deitada na banheira, levo uma gilete em direção aos pulsos, cortando-os profundamente o bastante, para em poucos minutos, sentir o meu corpo ficar cada vez mais leve.

Então essa é a sensação de morte... A doce e leve morte, não me parece tão mal assim.

Olho para o lado, vendo Hades se formar à minha frente, e ao ver-me o seu olhar muda completamente, vindo ao meu encontro.

— O que pensa que está fazendo, pobre alma? — Coloca a sua mão sobre o meu pulso que sangrava.

— Eu estou pronta... — Sussurro com o sopro de voz que ainda tinha.

— Não, você não está. — Ele pressiona suas mãos sobre os meus pulsos tentando conter o sangramento, mas nada é feito. — Tártaro! Por que não está mais funcionando?

— Me leve... Com você... — Peço, sentindo minha visão embaçar devido as lágrimas que caíam.

— Fique quieta, humana tola.

Hades retira a sua capa, enrolando em volta do meu corpo e me pega no colo.

Minha visão vai ficando cada vez mais turva, e do meu corpo eu já quase não sinto nada, até perder totalmente a consciência.

HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora