Na saúde e na doença.

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Fizemos meses após nossa primeira noite, fizemos meses após a primeira vez que nós vimos, fizemos meses de namoro e o tempo só vai passando ao nosso favor.
Com ela me sinto feliz, completa, realizada, como se nada mais podesse me chatear ou me colocar pra baixo.
Hoje íamos nos ver, eu estava animada mas com uma pequena dor de cabeça o que já não era novidade pra mim. Fiz meus deveres de casa, então tomei um breve banho e me arrumar, tomei um conpromido para dor e então esperei ela dizer que posso ir até ela.

Passa um dia com ela e como passar um dia no paraíso, sem tristeza, só alegria, ela me completa, e minha estrela guia.

Meu nariz começa a coçar, presumo que seja por causa da poeira que o local que estamos tem, mas logo sinto cheiro de sangue então deixo a cabeça erguida pouco.
- Tudo bem?- Ela perguntou me olhando.
- Esta sim, to acostumada a isso!
Não demorou muito e eu estava novinha em folha e pronta pra outra.
Deu meu horário de voltar pra casa e por conta da dor de cabeça pedi ao meu pai que fosse me buscar e assim o fez, me despedi dela corretamente.
- Eu te amo- Falei a abraçando.
- Eu também te amo- Ela sussurrou em meu ouvido.
Entrei no carro e recostei minha cabeça, cheguei em casa e tomei mais um banho com mais um comprimido.
Minha mãe me chamou para jantar e mesmo com dor eu fui, estava tudo girando, eu estava me sentindo péssima mas não queria aparentar.
- Mell que isso no seu nariz?
Minha mãe estava me olhando.
Eu passei o dedo e era sangue, eu deixei a cabeça erguida mas não adiantou de muito, agora começará a escorrer mais sangue.
Me levantei da mesa e do nada tudo girou, cambaleei até o sofá pra não cair ao chão, fiquei deitada olhando o teto, tava começando a ficar escuro, pensei nela, chamei seu nome, eu tentei por ela e mesmo assim tudo ficou preto.
Abri meus olhos e lá estava ela para me olhando, com os olhos avermelhados, bolsas de olheiras e uma aparência de quem não dormia a dias.
- Esta tudo bem?- Pergunto meio rouca.
Ela levanta a cabeça e fica me olhando seria.
- Você está em um hospital, e ainda pergunta se estou bem?
Me surpreendo com a resposta mas não reinvindico nada.
- Tem idéia de como e ruim ficar sem falar com você? Sentir sua falta saber que você está aqui nesse hospital?
Não repondo, até por que não tenho muito o que falar para ela.
- Você não sabe como e sentir que quase te perdi, como e ruim!
Meu coração se extremesseu com essa palavra "A quase perdi", por quanto tempo fiquei aqui?
- Quanto tempo estou aqui?- Perguntei.
Ela suspirou.
- Um mês!
Puta meda.

My SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora