Mikka Kozume é a irmã mais nova de Kenma, que também jogava vôlei, antes de se acidentar em quadra e fraturar o fêmur.
Antes do acidente, quando ainda jogava, suas habilidades eram incomparáveis e absurdas, onde aprender a sacar, bloquear, cortar...
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Capítulo 55. 3 dias depois...
Fico sentada nas cadeiras de espera de um hospital, encarando o chão enquanto ouvia música.
Passei a maior parte do meu tempo no quarto do hotel, durante esses dias, algumas coisas aconteceram.
Recebi a notícia ontem a noite que meu pai foi preso, junto do colega de trabalho dele. O meu depoimento, as fotos e o vídeo foi o suficiente pra levá-los a cadeia.
Agora eu tinha mais coisas com a qual me preocupar. A final seria amanhã, e estava com uma dor insuportável na perna, por isso estava no hospital.
O Nishinoya tentou me ver esses dias, mas não aceitei. Não conseguia olhar no rosto dele sabendo que eu teria que ir embora em poucos dias.
Não falei com ninguém na verdade, o Nishinoya foi o que mais tentou, mas desistiu. Talvez esteja ocupado com seus próprios problemas.
Ou simplesmente me odeie agora...
- Mikka Kozume! - Eu levanto a cabeça, me acordando dos pensamentos.
Me levanto e sigo o médico até o consultório. Sento na cadeira e tiro um frasco de remédios, os mesmos que eu tomo.
- Queria pedir a receita desse remédio. - Coloco o frasco em cima da mesa. Ele me encara.
- E para o que seria o remédio? - Respiro fundo.
- Eu tenho uma barra de ferro na perna, e ela está doendo, e eu tenho uma final de campeonato amanhã, e necessito dos remédios. - Eu falo tudo de uma vez e o encaro como se o perguntasse se não iria escrever a receita.
- Podemos fazer um exame e ver a situação da sua perna, senhorita Mikka.
Olho pra ele, talvez..., não. Vou gastar muito tempo, e é só uma dor. Se eu fizer algo hoje, talvez não consiga jogar amanhã.
- Não, só preciso do remédio. - Ele respira fundo e nega. - Se não me der a receita, não tem problema, eu vou em outro hospital e peço a um médico que queira me ajudar.
Ele me encara. Respiro fundo, estava aguentando muita coisa, suportando problemas demais.
Não posso engolir mais um problema.
- Certo garota, eu lhe escrevo uma receita. - Ele começa a digitar no computador e imprime a receita.
Vejo sua assinatura e ele me entrega, me levanto e pego a receita. Assim que eu piso pra sair pela porta, sinto uma pontada da ponta do meu joelho até o início da minha coxa.
