Mikka Kozume é a irmã mais nova de Kenma, que também jogava vôlei, antes de se acidentar em quadra e fraturar o fêmur.
Antes do acidente, quando ainda jogava, suas habilidades eram incomparáveis e absurdas, onde aprender a sacar, bloquear, cortar...
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Capítulo 56.
Respiro fundo, merda. Já estávamos no final do 3° set, se as outras meninas vencerem esse set, elas só vão precisar vencer mais um set.
Cerro os dentes, sinto minha perna doer muito. Por favor perna, aguenta só hoje, por favor.
- Mikka! - Acordo dos meus pensamentos, vejo a bola vindo na minha direção e eu a subo.
Ela vai até a levantadora e a Aihaka bate na bola com tudo, onde marcamos ponto. As outras estavam em set-point e nós, a 5 pontos atrás.
Respiro fundo. A Michimiya saca a bola, ela vai até as outras e elas defendem, a bola sobe. Assim que elas cortam, a Michimiya defende e sobe a bola. Eu corro até a rede, a bola é levantada pra mim e eu bato com tudo.
Arregalo os olhos, eu fui bloqueada... Ouço o árbitro tocando o apito, sinalizando que acabou o set.
Sinto meu pulmão inchar, meus olhos quase inundando. De três set's, só ganhamos um. Se elas vencerem o quarto, acabou tudo..
Mikka senta no banco, onde todas descansam, afinal, já estavam jogando a bastante tempo.
Mikka começa a fazer uma massagem na própria perna, respirando fundo. Ela pega a garrafa com água gelada e passa na perna, tentando de alguma forma relaxar os músculos.
Ela fecha o punho e respira fundo. Sua respiração fica ofegante, e em parte, não por causa do cansaço, mas por causa da dor que ela tá tendo que suportar.
Logo o jogo volta e o quarto set vai começar. Todas começam a ir pra quadra, ela se levanta com dificuldade e fica parada por um tempo.
Ela respira fundo, se lembra de tudo que ela passou pra estar ali. O acidente, a recuperação, a mudança, os meninos do vôlei, a viagem, os treinos, as preliminares, tudo.
Então ela pisa na quadra, o ar no local muda, parecendo mais denso. Ela emana concentração e quem a olhasse sabia que nada poderia abala-la agora.
O saque da Asami vai até a Hori, ela tenta pegar mas vai dentro. Olho o braço da Hori, já é a terceira vez que ela mira exatamente na Hori. Olho o placar, 20a19 pra elas.
Já chega, puxo a borda da blusa da Hori. Ela vem até mim e me ouve com atenção.
- Ela tá te marcando, ela mira nas pessoas que ela acha mais fácil de ganhar e vai continuar com isso. - Ela me olha, seus olhos parecem doloridos. - Mas ela é competitiva, então, quando eu mandar, você troca de lugar comigo.
