Tudo Por Ela - Simolon

Alessandro.

Fui ao médico hoje e agora oficialmente volto a minha rotina, amanhã retorno ao meu escritório, por tanto... menos tempo para escrever, ZERO tempo para revisar, menos ainda para enlouquecer.  Por sorte nas noites em que não dividirei com o boy, minha família ou amigas estarei disponível para vocês. Espero que gostem e perdoem se eu demorar, tenho escrito um pouquinho por dia para trazer ao menos uma att por semana a partir de agora. Xero.

Eu nem ia postar esse cap, mas hoje eu e tia Malina tomamos café da tarde beeeeem gostoso com direito a muitos comentários sobre essa familinha e infelizmente nossa Bella não tava junto(mas a gente ligou) então, esse cap é pra minha RATINHA(no dos outros é refresco né?) Beijo.

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Dirigi o mais rápido que pude até o escritório de Alessandro, eu não podia guardar aquilo para mim, ele merecia saber, eu precisava contar a ele, assim como gostaria que ele contasse a mim.

Cheguei ainda chorando e com um desespero fora de mim nem sei como cheguei ao andar dele é muito menos a sua sala, atropelei a tudo e todos que estavam na frente e quando finalmente cheguei e abri aquela porta onde ele estava sentado completamente concentrado numa papelada eu liberei ainda mais o choro e as lágrimas que estavam presas dentro de mim.

Não demorou para que ele me amparasse com toda a preocupação do mundo.

-Amor... amor o que aconteceu? Simone fala comigo.

-Meu bem...

-Aconteceu algo com nossa filha? Com o bebê? Por Deus, Simone, fala!

-Eu preciso.. você precisa vir comigo.

-Tudo bem, mas antes toma essa água, por favor, se acalma pelo bem do bebê.

Tomei a água que me foi oferecida e descemos novamente. Ele pegou a chave da minha mão com a justificativa que não me deixaria dirigir naquele estado.

-Para onde vamos?

Eu nem o ouvia, nem sabia como contaria tudo a ele, mas ele precisava ver, ele precisaria entender, Deus, como pode ser tudo tão difícil?

-Simone, para onde vamos?

-Para o cemitério.

-Am? Alguém morreu?

-Vamos para o cemitério onde a Maria Clara foi enterrada.

-Meu bem...

-Só vamos, por favor.

Em todo o trajeto Alessandro ia conversando comigo e eu apenas pedia a ele para ficar calmo que eu iria explicar, o trânsito do rio estava congestionado o que nos fez demorar 30 minutos nesse percurso e foi o tempo suficiente para que eu me acalmasse mais, ele precisaria de mim.

-Chegamos.

-Ok, antes de mais nada, saiba que se eu pudesse eu trocaria de lugar, eu senti e sei como foi difícil mas eu vivi, eu tô aqui, e por Deus amor... se eu pudesse eu nada disso estaria acontecendo.

-Simone você não tá fazendo sentido nenhum.

-A bebê... a bebê que está enterrada aqui não é minha filha.

-Como? Amor pelo amor de Deus? O que você tomou?

-Viviane... Viviane trocou as bebês a pedido do Eduardo. Ele não queria uma filha, não queria ter contato sequer com a criança mas eu jamais imaginei que ele faria algo parecido. Viviane, a enfermeira que esteve no parto da Helena e que esteve no meu parto trocou as bebês.

-Você está querendo me dizer que...

-Eu sinto muito, eu não queria.

Choque.