- 05

19 3 12
                                    

Boa madrugada!


  No momento que ela terminou de ler aquela mensagem, o coração dela começou a bater forte, mas, como ela sabia lutar muito bem e era corajosa, ela se acalmou rapidamente e foi lá fora ver se tinha alguém

— Rafe, eu sei que é você, seu idiota! Se continuar com isso, saiba que eu vou chamar a polícia.

  Não tinha ninguém na rua, além de uma senhora que estava passando por ali e olhou pra moça confusa.

  Ela não entendeu muito bem, mas sabia que alguém esteve ali e estava pregando alguma peça de mal gosto com ela.

  Ela entrou em sua casa e olhou todas as portas e janelas para ter a certeza de que tudo estava fechado.

— Não tem jeito, amanhã eu vou ter que conversar com o rafe sobre isso, só sei que essa noite eu não durmo.

  Ela realmente passou a noite em claro, com medo daquela pessoa voltar e fazer algum mal com ela, ela daria uma surra nessa pessoa fácil, mas preferia tomar cuidado mesmo assim.

  Enquanto ela estava ocupada tentando não dormir, ela resolveu ir na cozinha pra pegar alguma coisa pra comer, ela se levantou da sua cama colocando os seus pés no chão de mármore gelado, e caminhou até a porta enquanto estava distraída em seus pensamentos

  No momento em que ela tocou na maçaneta da porta,  ela começou a escutar um barulho estranho, não tinha certeza se vinha do corredor ou de dentro do seu próprio quarto, era um som de alguém chorando, era uma voz masculina e a pessoa parecia estar chorando de dor ou de tristeza

  Naquele momento ela achou que era coisa da cabeça dela, e abriu a porta ligeiramente e foi andando pelos corredores sem acender nenhuma luz.

  A cada passo que ela dava, parecia que aquele choro estava seguindo ela, as vezes ficava alto e perto e as vezes ficava baixo e distante. Ela sentiu um arrepio surgir por todo o seu corpo e correu pra acender a luz

  Quando ela acendeu a luz, não tinha nada e nem ninguém ali, ela até olhou nos outros cômodos, mas não viu ninguém, então ela achou novamente que era tudo coisa da cabeça dela, era o que ela pelo menos tentou achar, como uma forma de se livrar do medo. Ela pegou um pote de sorvete e voltou ao seu quarto, se trancando lá.

  Ela estava começando a se acostumar com o silêncio, até começar a escutar alguém chorar novamente, parecia estar vindo de dentro do seu próprio quarto

— Por favor, se for alguém, me deixe em paz!

  Ela gritou pra que o que quer que seja, pudesse escutar, mas tudo que ela escutou foi aquele som se afastar e dessa vez parecia vir do corredor, que por sorte, ela deixou as luzes acesas pra tentar melhorar a iluminação daquele ambiente.

  Sem obter nenhuma resposta, ela começou a se beliscar pra ver se estava em um sonho, ela começou a tremer e rapidamente pegou o seu fone de ouvido, colocando a música mais alta que ela achou ali, mas por azar dela, o fone estava descarregado...

  Ela se deitou colocando sua coberta até sua cabeça enquanto tentava ignorar essa voz, ela ficou assim até o dia amanhecer, e foi quando realmente o silêncio tomou conta daquela casa novamente.

Dean Winchester...


  Quando o Dean saiu do trabalho, ele foi direto pra casa pra tentar saber mais sobre o caso que eles iriam resolver no dia seguinte.

  Quando ele chegou em casa, ele viu o pai dele na mesma poltrona velha de sempre, um copo de cerveja na mesinha ao lado que já estava quente de tanto tempo que ele capotou ali mesmo

  Ele pegou o copo dali e colocou na geladeira, aproveitando pra pegar uma coca pra beber. Ele foi até o seu quarto e entrou fechando a porta atrás dele.

  O quarto dele era escuro, a única luz que tinha ali já tinha queimado e ele nunca comprou outra, pois achava o escuro confortável. A única luz que tinha naquele quarto, era a luz do luar que quando não tinha nuvens cobrindo a lua, iluminava todo o quarto. Ali também tinha uma cama velha, uma cômoda velha também e um grande espelho ao lado, meio quebrado, mas dava pra se olhar muito bem.

  Ele se jogou na cama pegando seu celular pra pesquisar sobre o seu trabalho. O silêncio tomava conta daquele lugar e um vento gelado entrava pela janela, quando ele menos percebeu, ele pegou no sono.

  De repente ele acordou com um susto, e tudo estava muito escuro, não dava pra enxergar nada, era um vácuo, só tinha ele, a cama dele, a cômoda e o espelho no meio de tanta escuridão.

  Ele tentava se levantar mais sentia alguém segurar seus ombros forte, impedindo dele se levantar, ele encarava o espelho enquanto não desistia de tentar se levantar, foi quando uma sombra de um homem extremamente alto com braços longos que batiam em seu joelho começou a sair do espelho

  De repente a cômoda, o espelho e aquele homem começou a ficar bem distante, cada vez mais distante, tão distante que ele semicerrou os olhos pra conseguir enxergar

  E em questão de segundos aquela sombra de um homem alto, começou a correr muito rápido na direção dele, ele gritava e gritava, mas sua voz não saia, o som dos passos rápidos daquela coisa ecoava pelo escuro e era tão alto que o espelho e a cômoda se quebraram.

  Quando aquela coisa alcançou ele, ele acordou com um susto, seu corpo estava suado e seu coração só faltava sair do seu peito.

  Ele olhou o horário e já era de madrugada, ele se levantou pra beber água e voltou ao seu quarto, ainda se sentindo muito estranho, era normal pra ele ter esse tipo de sonho, mas dessa vez ele se sentia meio enjoado.

  Ele se olhou no espelho limpando o seu suor e por um segundo ele viu o reflexo do seu próprio pai atrás dele com os olhos escuros, fazendo ele se virar rapidamente, muito assustado.

  Ele deu um tapa na sua testa e coçou seus olhos enquanto se sentava na sua cama, ele realmente não queria arriscar se deitar e acabar dormindo e sonhando com coisa pior, então ele apenas se sentou na cama e procurou alguma coisa pra se distrair.

Tom Holland...

  Em uma madrugada totalmente perturbadora para seus amigos, lá estava o tom, novamente acordado com a sua amiga zoe, que chegou em sua casa dizendo que brigou com seus pais e precisava conversar.

  Ela falou pra ele que não conseguia dormir de novo e pediu a ele pra madrugar com ela, mesmo não querendo, ele aceitou, pois não conseguia recusar.

  A Zoe não parava de falar, ele se esforçava o máximo pra escutar, mas estava quase dormindo sentado.

  Em meio a tanta conversa, ele estava meio perdido no assunto e perdido em seus pensamentos, foi quando ele escutou uma voz vindo de fora, como se tivesse crianças brigando ali fora

  Ele começou a se estressar com qualquer coisa por mais simples que seja, aquelas crianças, a sua amiga, o som da TV...

  Meio atordoado ele se levantou enquanto deixou a garota falar sozinha e foi até a janela, olhando pra baixo e vendo uma menina brincar sozinha tão tarde, ele estranhou, mas quando estava prestes a gritar com aquela menina pra ela voltar pra casa dela, sua amiga gritou seu nome

— TOM! Por que está agindo assim? —

  O tom não respondeu, ele apenas suspirou revirando os olhos e se sentou no carpete enquanto voltou a escutar sua amiga falar e falar sem parar.

  Em meio a confusão na cabeça dele, tudo o que ele pensava era em como a mãe daquela menina permitiu que ela saísse de casa tão tarde, aquela menina parecia ter no máximo 12 anos.

To be continued...

𝐄𝐋𝐄 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀 Onde histórias criam vida. Descubra agora