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Isabella

— Sorria mais um pouco - escuto a voz e sorrio, mostrando os dentes dessa vez, enquanto escuto mais um clique.

— Ficaram ótimas, senhorita Castellani - o fotógrafo diz, enquanto eu me sento para ver minhas fotos.

— Estão perfeitas, obrigada - minha assessora diz.

— Não é, Isabella? - Ela torna a falar, e eu apenas aceno.

— Vamos, seu pai já está te esperando - ela diz, e eu me levanto para sairmos do estúdio.

— Estou cansada - falei para ela, que sorri.

— Foram muitas horas tirando fotos. Quando chegarmos na sua casa, converse com seu pai e vá dormir - por mais que às vezes ela pegue no meu pé, ela age como uma "mãe" para mim.

— Com certeza farei isso - falei, entrando no carro.

Minha assessora assume o volante para voltarmos para casa.

Encostei minha cabeça no banco e fechei meus olhos. Eu estava cansada de tudo isso.

Eu realmente amo o que faço, mas ultimamente está muito exaustivo.

Meu pai adora ser conhecido pela sua empresa, mas ama ainda mais ser conhecido como o pai da Isabella Castellani, a modelo mais famosa da Europa.

Por ele me cobrar demais, acabo pegando mais trabalhos no dia a dia. O que seriam apenas duas sessões de fotos acabam se tornando cinco ou seis, e o que seriam um ou dois comerciais por semana acabam sendo três ou quatro. É muita coisa para uma pessoa só.

(...)

Não percebo o caminho passar, e quando percebo, já estou em casa. Assim que desço do carro, acabo percebendo algo diferente.

Há muitos carros estacionados na porta de casa. Muitos mesmo.

Olho para minha assessora, que acena para mim antes de sair com o carro. Sério que ela vai me deixar sozinha aqui?

Arrumo minha bolsa no ombro e subo os degraus que levam à entrada da minha casa.

A porta estava entreaberta, então entrei e a fechei atrás de mim.

Olhei em volta, mas não vi sinal de ninguém, nem mesmo das empregadas.

Caminhei silenciosamente até o escritório do meu pai, e quando virei o corredor em direção ao seu escritório, me assustei. Havia no mínimo 15 homens ali.

— Quem são vocês? - Perguntei, mas não obtive resposta. Em vez disso, todos abaixaram a cabeça e abriram caminho.

Engoli em seco antes de passar rapidamente por eles.

Bati na porta e escutei a voz do meu pai dizendo para entrar.

Sem esperar muito, rodei a maçaneta e adentrei seu escritório.

— Papai, quem são esses homens? - Perguntei antes de encará-lo, e só então percebi que havia um homem ali.

Ele era alto, bem alto. Posso chutar que ele tem mais de 1,90m e tinha bastante músculos.

Proteção FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora